quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A CRUCIFICAÇÃO DOS PECADORES COM CRISTO

O objetivo mais elevado na salvação de Deus é introjetar Sua vida no espírito do homem. Esse é o desejo final e máximo de Deus. É impossível viver uma vida piedosa meramente com nossa vida humana. A manifestação dela é apenas pecado. Somente participando da vida divina é que podemos ter um viver divino.

Quanto a isso, Deus primeiramente tratou de tal maneira com os nossos pecados e iniqüidades a ponto de, ao mesmo tempo, manter Sua justiça. Vimos que o Filho de Deus foi julgado com esse propósito, e que nós que agora estamos Nele, temos nossos pecados perdoados.

Mas a salvação de Deus não parou no perdão de pecados; ela foi mais fundo a fim de tratar com a fonte do pecado. Dissemos que os pecados do homem não são causados pelo ambiente em que vive. Em vez disso, eles se originam em sua própria pessoa. O modo de vida é meramente uma conseqüência natural do tipo de vida que se possui. Já que a vida humana é corrompida, o comportamento do homem não pode deixar de ser pecaminoso.

Nosso ambiente não pode desencadear algo que não existe dentro de nós. Toda conduta exterior é resultado direto de nossa vida interior. Portanto, as tentações no ambiente em que nos encontramos são meramente catalisadores para acelerar a exposição da nossa substância interior.

                         Deus Nunca Muda Nossa Vida

Podemos mudar a vida humana? Jamais! Não somente somos incapazes de mudá-la, como Deus tampouco quer mudá-la. A vida do homem natural é como uma fábrica de pecado que fabrica diariamente centenas de produtos. Portanto, além da obra do perdão, Deus tem de tratar com a fonte do pecado. Já que Ele não vai mudar nossa vida, qual é, então, a solução básica que Ele providenciou para salvar-nos? Vamos ver agora o segundo aspecto da Sua salvação.

Romanos 6:7 diz: “Porquanto quem morreu, justificado está do pecado.” Se alguém quer ser libertado do pecado, o único caminho é morrer. Quem morreu está livre do pecado porque não lhe é mais possível pecar. A salvação de Deus para o homem é a morte! Para entendermos isso vamos ver o versículo que precede aquele que lemos há pouco. Romanos 6:6 diz; “Sabendo isso, que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos”. Temos de ver essa passagem mais cuidadosamente.

A palavra “destruído” não está adequadamente traduzida. A palavra no grego tem dois significados: um é “desempregado” e o outro é “paralisado” ou “paralítico”. A idéia de desemprego é mais forte nesta passagem. Portanto, podemos traduzi-la da seguinte maneira: “Para que o corpo do pecado fique desempregado.” Há três agentes importantes nessa passagem. O primeiro é o pecado, o segundo é o velho homem e o terceiro é o corpo. O pecado aqui está personificado; ele é um amo. Trata-se de um poderoso senhor que prende, enreda e compele o homem a cometer pecado específico. O homem, por sua vez, torna-se escravo do pecado, sujeitando-se a tal tirano, e realizando tudo o que ele exige.

Talvez não sintamos muita pressão desse amo. Mas na hora em que decidimos vencê-lo, descobrimos que, não importando quanta energia reunamos, jamais conseguimos derrubar seu poder. Quanto mais alguém tenta controlar seu temperamento, mais perderá a calma. O pecado é o amo. Ele força o velho homem a se submeter. Sob tal arranjo, os dois procuram um instrumento e descobrem o corpo. O corpo, então, é usado. Dessa maneira, o corpo executa a ordem ditada pelo pecado e pelo velho homem. O pecado é o ditador, o velho homem submete-se às suas ordens e o corpo as cumpre praticamente na forma de transgressões. Esses três são um. Eles concordam um com o outro e o produto dessa colaboração é a multidão de pecados que cometemos.

A maneira de Deus lidar com isso, não é subjugar o pecado nem mortificar o corpo. Deus faz uma troca de pessoa. O velho homem é removido, e uma nova vida que abomina o pecado é introduzida em seu lugar. Quando a tentação vem, essa nova vida afasta-se dela. Dessa maneira, o corpo perde sua função de pecar.

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