Prezados leitores! Que a paz seja com todos!
Estamos editando o blog Diários do Reino a mais de 5 anos e somos gratos a todos os que apreciam as mensagens postadas. Esse blog tem como propósito divulgar o conteúdo que foi produzido ao longo dos tempos por inúmeros servos de Deus que escreveram sobre o tema e temos procurado reproduzir os conteúdos mais significativos.
Estamos dando um tempo para estudar e elaborar mais mensagens inéditas para compartilhar com vocês. Temos buscado sabedoria de Deus para discernir o tempo que estamos vivendo e para que tenhamos a revelação profética adequada e verdadeira a respeito do Reino celestial que está prestes a se manifestar. Peço vossas orações para que Deus nos dê saúde e disposição para pesquisar e resumir todo o conteúdo relativo ao assunto do Reino.
Estaremos retornando em breve. Enquanto isso, aproveitem para ler as mensagens que estão em nossos arquivos do blog.
Um abraço a todos e até breve, se Deus assim nos permitir.
terça-feira, 24 de junho de 2014
quarta-feira, 21 de maio de 2014
O TEMA CENTRAL DO
CRISTIANISMO
O amor é a característica
predominante da fé sadia. E o amor cristão não é um sentimento quente e
arrebatador, mas uma demonstração de cuidado e preocupação com o bem estar de
outra pessoa. O verdadeiro amor é uma poderosa força curadora. Ele valoriza as
pessoas por aquilo que elas são, não pelo que elas podem fazer.
Aqueles que experimentam o amor
genuíno ficam livres para amar os outros da mesma maneira libertadora. O amor
cria laços emocionais e espirituais positivos como nunca se viu.
O amor é o tema central do
cristianismo. Cristo demonstrou seu amor quando deu sua vida por nós na cruz. O
fato é que aquilo que Jesus fez na cruz dá-nos uma nova definição de amor.
“Nisso
consiste o amor”, disse João, “não em
que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho
como propiciação pelos nossos pecados” (1 João 4.10).
Ele sacrificou a
si mesmo não por causa de algo que tenhamos feito, não porque merecêssemos, mas
porque ele nos amou do jeito que somos.
Os cristãos sadios refletem seu
salvador e, portanto, estão cheios de amor. Seu amor cura e os ajuda a suportar
todas as provações. É o fundamento para um futuro eterno com Deus e para o
crescimento das relações com os outros. Ainda que os cristãos tivessem todos os
talentos do mundo, mas não tivessem um profundo e permanente amor, sua fé não
teria qualquer valor. Mas onde há amor, a fé cresce e as pessoas são atraídas
por Deus.
O amor é a marca que atesta a
qualidade da fé autêntica. De acordo com 1 Coríntios 13, o amor não guarda
recordações dos maus tratos que recebeu, não se lembra dos erros. Não se alegra
com a injustiça, mas se regozija com a verdade. Sempre protege, sempre confia,
sempre espera, sempre persevera. Ele não gera nem endossa um comportamento
pecaminoso, mas reconhece que estamos construindo nossa fé em Jesus Cristo. Ele
nos capacita a dizer a um companheiro de lutas: “Eu o amo o suficiente para ficar
a seu lado enquanto Deus opera em sua vida”.
O exercício de uma fé sadia
permite que uma pessoa seja paciente, confiando que Deus não vai abandonar ou
rejeitar aquele que vem a ele com sinceridade. Os cristãos sadios são pacientes
com os outros e consigo mesmos, à medida que permitem que Deus corrija as
falhas de seu caráter. Tal paciência é vista apenas no coração dos fiéis
saudáveis. Se nossa fé não nos leva à paciência, então ela não é sadia.
A fé sadia produz bondade para com os outros à medida que amadurecemos em amor. Cristãos sadios também são gentis consigo e não sentem necessidade de se punirem porque erraram o alvo. Essa bondade é tão atraente que outras pessoas se aproximam da fé por causa dela.
quarta-feira, 14 de maio de 2014
FORTES
LIGAÇÕES
Uma fé sadia baseia-se em
relacionamentos
“Consideremo-nos também uns aos
outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de
congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto
mais quando vedes que o Dia se aproxima” (Hebreus 10.24, 25).
“Juntos” é uma palavra chave na
vida cristã. O Novo Testamento deixa claro que os relacionamentos ocupam um
lugar de destaque na Igreja. Isso significa que a fé sadia é centrada nos
relacionamentos, não nas atividades ou nas tarefas. Ela valoriza o indivíduo
por aquilo que ele é como filho de Deus, não tomando por base aquilo que a
pessoa pode fazer ou com que pode contribuir.
A piedade depende de uma
crescente caminhada com um Deus pessoal, não da aceitação de determinados
códigos de conduta. A fé sadia tem em mente a instrução dos apóstolos:
“Nós sabemos que já passamos da morte para a
vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte” (1
Jo 3.14).
Deus nos tem mostrado que
quanto mais o amarmos, mais buscaremos os outros e manifestaremos seu amor em
nossos relacionamentos. Não ficaremos focados apenas na obediência aos
mandamentos da Palavra, mas também em desenvolver intimidade com os outros.
Compartilhar a fé e amar os outros desenvolve o relacionamento de uma pessoa
com Deus.
Cristãos orientados ao
desempenho concentram-se naquilo que fazem em nome de Deus e naquilo que
consideram recompensa imediata enviada pelo Senhor, em vez de colocarem sua
confiança em Deus. Dessa forma eles terminam confiando totalmente em suas
próprias habilidades para encontrar o favor divino.
Seu desempenho torna-se tudo, e
eles se cercam de pessoas que estejam dispostas a dizer que o seu desempenho é
excepcional. O desempenho é o que determina o valor da pessoa, mas a cada dia
terá que lutar para obter seu senso de valor pessoal.
O Novo Testamento acaba com
todos esses padrões de desempenho, assim como leves brisas conseguem dissipar
fumaças tóxicas. Jesus rejeitou claramente esse padrão na vida daqueles a quem
chamou para segui-lo. Em Mateus 18 lemos que:
“Jesus, chamando uma criança,
colocou-a no meio deles, E disse: Em verdade vos digo que, se não vos
converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no
reino dos céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o
maior no reino dos céus” (vs.
2-4).
O que uma criança pode fazer
senão correr para os braços abertos de Deus? O que um menino ou menina pode
fazer senão aceitar a graça, o amor, a força e a ajuda de Deus de coração
aberto? Nada além disso. E Deus não requer nada além disso.
Numa igreja sadia os
relacionamentos crescem e florescem quando as pessoas estão concentradas no
relacionamento número 1, que é sua relação com Deus. Não creio que alguém seja
capaz de construir um relacionamento autêntico com alguém a não ser que,
primeiramente, tenha construído um relacionamento com Deus. A maneira como nos
relacionamos com os outros normalmente espelha a forma como nos relacionamos
com Deus,
Se realmente amarmos a Deus,
cultivaremos uma caminhada interior e pessoal com ele. Gastaremos tempo com ele
todos os dias. Vamos experimentá-lo diariamente no estudo bíblico, na oração e
na adoração. E se não pudermos fazer disso uma prioridade, também não
consideraremos prioritários os outros relacionamentos em nossa vida.
Muitas pessoas insistem que sua
fé e sua caminhada com Deus são coisas particulares, que elas não precisam
discuti-las com ninguém. Embora nosso relacionamento com Jesus possa ser íntimo
e profundamente pessoal, esse assunto é qualquer coisa, menos particular! Vejo
por todo o Novo Testamento passagens que nos levam a relacionamentos abertos. O
Novo Testamento não fala nada sobre o cristianismo do soldado solitário.
Tiago nos instrui claramente: “Confessai,
pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes
curados” (Tg 5.16). A confissão é uma ponte, algo que fortalece uma
relação e abre as câmaras da vergonha que escurecem a alma de uma pessoa, de
modo que ela possa experimentar uma medida maior de liberdade em Cristo.
A confissão a Cristo derruba a
parede da culpa que se ergue cada vez que agimos irresponsavelmente. Também põe
abaixo a parede de culpa que foi levantada entre nós e outros cristãos. Nosso
orgulho amplia essa parede, mas quando humildemente confessamos uns aos outros,
ela cai por terra, permitindo que a intimidade seja restaurada.
A fé do Novo Testamento não é meditação particular que repousa em algum canto de nossa mente. É uma certeza feliz – uma realidade sobre a qual se deve falar na presença de ouvidos atentos.
quarta-feira, 7 de maio de 2014
O MINISTÉRIO DA IGREJA É A
ORAÇÃO
“Em verdade vos digo que tudo o
que ligardes na terra, será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra
será desligado no céu” (Mt 11.18).
O ministério da Igreja é o
ministério do Corpo de Cristo, e esse ministério é a oração. Tal oração não
deve ser feita com objetivos devocionais, nem por necessidades pessoais; é mais
para o “céu”.
O que essa oração significa é:
Deus não agirá imediatamente, mas esperará até que a igreja ore a respeito de
algo e, então, fá-lo-á no céu. Se a Igreja tomar a responsabilidade de fazer
tal oração sobre a terra chegará a ocasião em que se fará aquilo que a Igreja
concordou em oração. Deus quer tomar certas atitudes, mas espera que a Igreja
ore.
Muitos assuntos estão
amontoados no céu, muitas transações permanecem sem efeito, simplesmente porque
Deus não encontra seu escoadouro na terra. Quem sabe quantos assuntos não
terminados existem no céu, os quais Deus não pode executar porque a Igreja não
tem exercitado seu livre-arbítrio de pôr-se ao lado dele para a realização do
seu propósito!
Entendemos que a tarefa mais
nobre da Igreja, a maior tarefa que ela poderia executar, é a de ser o
escoadouro de Deus na terra. Para isso a Igreja deve orar. Tal oração não é
fragmentária; é um ministério de oração – oração como obra. À medida que Deus
dá visão e abre os olhos das pessoas para verem sua vontade, elas se levantam
para orar.
O Senhor mostra-nos que a
oração individual é inadequada; são precisos pelo menos dois para orar: “Em
verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a
respeito de qualquer coisa que porventura pedirem, ser-lhes-á concedida por meu
Pai que está nos céus” (Mt 18.19).
Se não percebermos isso, não
saberemos a respeito de que o Senhor está falando. Em Mateus 18, é dada uma
condição numérica: pelo menos dois. Há necessidade de pelo menos dois porque o
assunto tratado refere-se à comunhão. Não é algo a ser feito por uma pessoa,
nem é uma só pessoa que serve como escoadouro de Deus, mas sim, duas.
O princípio de duas pessoas é o
princípio da Igreja, que também é o princípio do Corpo de Cristo. Embora tal
oração seja feita por duas pessoas, a “concordância” é indispensável. Concordar
é estar em harmonia. Esses dois indivíduos precisam estar em harmonia, precisam
permanecer no fundamento do corpo e precisam saber o que é a vida do corpo.
Estes dois aqui não têm senão um alvo, que é dizer a Deus: Queremos que tua
vontade seja feita na terra, como no céu.
Quando a Igreja permanece em
tal base e ora de acordo com ela, veremos que tudo o que pedirem será concedido
pelo Pai que está no céu. Quando verdadeiramente permanecemos sobre o
fundamento da Igreja e aceitamos a responsabilidade do ministério da oração
diante de Deus, a vontade de Deus será feita na Igreja em que estamos. Tal
oração, feita por poucos ou por muitos, tem poder, pois o grau de operação de
Deus é proporcional ao grau da oração da Igreja.
A manifestação do poder de Deus
não excederá a oração da Igreja. Por causa do amor e da graça de Deus, hoje, a
grandeza do poder de Deus está circunscrita ao tamanho da oração da Igreja.
Isso não significa, naturalmente, que o poder de Deus no céu tem somente o
tamanho da nossa oração, pois, no céu, obviamente, seu poder é ilimitado.
Somente na terra hoje é que a manifestação do seu poder depende de quanto a
Igreja ora. Somente pela oração da Igreja pode-se medir a manifestação do poder
de Deus.
Em vista disso, a Igreja deve
fazer grandes orações e pedidos. Como pode a Igreja fazer pequenas orações,
quando comparece diante do Deus que tem tão grande abundância? Ela não deve
fazer pequeninos pedidos diante de um Deus tão grande. Se a capacidade da
Igreja for limitada, ela não pode senão restringir a manifestação do poder de
Deus. Vir à presença de Deus é esperar que grandes coisas aconteçam.
Portanto, Deus necessita de um
vaso através do qual possa realizar todas as suas obras aqui na terra. È
necessário que a Igreja faça tremendas orações a fim de manifestar Deus. E este
é o ministério da Igreja!
segunda-feira, 28 de abril de 2014
A RESPONSABILIDADE DE ORAÇÃO DA
IGREJA
Ficamos a pensar se Deus,
visitando nossas reuniões de oração, poderia confirmar se elas realmente
cumprem o ministério de oração da Igreja.
Precisamos ver que não é uma questão
de freqüência; é, antes, uma questão de peso. Se realmente vemos a
responsabilidade de oração da Igreja, não podemos deixar de confessar quão
inadequada é a nossa oração e como temos restringido e impedido Deus de
realizar o que ele deseja. A igreja tem falhado em seu ministério! Isso é
lamentável!
O fato de Deus ter ou não uma
Igreja fiel ao seu ministério depende da atuação do grupo de pessoas na
presença dele, desqualificando-se ou tornando-se verdadeiros vasos na
realização do seu propósito. Queremos assinalar que o que Deus procura é a
fidelidade da Igreja ao seu ministério.
O ministério da Igreja é oração – não
da espécie comum, que consiste de pequenas petições, mas do tipo que prepara o
caminho de Deus.
É Deus quem primeiro deseja
fazer certa coisa, mas a Igreja prepara o caminho com a oração de modo que Ele
possa ter uma estrada. A Igreja deve ter grandes orações, orações tremendas e
fortes. Oração não é assunto sem importância diante de Deus. Se a oração for
sempre centralizada no eu, em problemas pessoais e em pequenos ganhos ou
perdas, onde estará o meio pelo qual irá se manifestar o eterno propósito de
Deus?
Precisamos nos aprofundar neste
assunto da oração. Se não sabemos o que é o Corpo de Cristo, nem permanecermos
neste fundamento: “Se dois de vós” seremos, contudo, ineficazes. Mas se de
fato, temos a correta visão do Corpo de Cristo e permanecemos no correto lugar
no corpo – negando nossa carne e não pedindo para nós mesmos, mas que a vontade
de Deus seja feita na terra – veremos o potencial fabuloso de tal oração.
Desse modo, aquilo por que
oramos na terra será concedido pelo Pai que está no céu.
“Em
verdade vos digo que tudo o que
ligardes na terra será ligado no céu, e tudo
o que desligardes na terra será desligado no céu” (Mt 18.18).
“Também
vos digo que, se dois de vós concordardes na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, ser-lhes-á
concedido por meu Pai que está nos céus” (v. 19).
O Senhor quer dizer que, na
medida em que a terra ligar, o céu também ligará; e na medida em que a terra
desligar, o céu também desligará. Nesse caso, a medida da terra decide a medida
do céu. Não deve haver medo de ter uma medida demasiadamente grande na terra,
porque a capacidade no céu sempre será muito maior do que a da terra e,
portanto, não existe nenhuma chance de a medida da terra ultrapassar a do céu.
O que o céu quer ligar invariavelmente é muito mais do que a terra deseja
ligar, e o que o céu deseja desligar sempre excede ao que a terra desata.
Tal ação de ligar e desligar
está além da capacidade de qualquer pessoa. Só pode ser feito “se dois... concordarem
na terra acerca de qualquer coisa que pedirem” e, então, “será feito por meu
Pai, que está nos céus”.
“Porque onde estiverem dois ou
três reunidos em meu nome, aí, estou eu no meio deles”
(v.20).
O princípio dado por Jesus no
versículo 20 é mais amplo do que o do versículo 19, onde Ele diz que “se dois
de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem...” No v. 20
temos que, “onde estiverem dois ou mais reunidos em meu nome, aí, eu estou no
meio deles”.
Por que há tanto poder na
terra? Por que o orar em harmonia tem efeito tão tremendo? É porque sempre que
somos chamados a reunir-nos no nome do Senhor, a presença do Senhor estará ali.
Conscientizemo-nos de que somos chamados para reunir-nos. As pessoas que são
assim chamadas pelo Senhor para se reunirem são unidas no nome do Senhor. Vêm
por amor do nome do Senhor. Tais irmãos e irmãs podem dizer, onde quer que
venham a se juntar:
“Estamos aqui não por
nós mesmos, mas pelo nome do Senhor, pelo amor de glorificar teu filho”.
Se estivermos dispostos a
querer aquilo que o Senhor quer e não o que nós queremos, e, se rejeitarmos o
que o Senhor rejeita, então haverá concordância. Quando nós estamos reunidos em
Seu nome, é o Senhor que dirige tudo. Uma vez que Ele está ali, dirigindo,
iluminando, falando e revelando, então tudo o que for ligado na terra será
também ligado no céu, e tudo o que for desligado na terra será desligado no
céu. Isso acontece porque o Senhor opera juntamente com Sua igreja.
Quando o Senhor está presente,
a Igreja é rica e forte. Por meio d’Ele ela pode ligar e desligar. Mas, se o
senhor não está no meio dela, ela nada pode fazer. Somente a Igreja tem tal
poder; o indivíduo simplesmente não o possui em si mesmo.
segunda-feira, 21 de abril de 2014
TOZER: UMA VIDA À PROCURA DE
DEUS
Tenho um grande apreço e
admiração por Aidem Wilson Tozer. Seus escritos ajudaram a edificar milhares de
cristãos ao longo do tempo. Por isso,
esta página é dedicada a esse admirável homem de Deus.
Tozer nasceu em Pennsylvania,
em 1897. Embora tenha morrido em 1963, sua vida e legado espiritual continuam
atraindo muitos para um conhecimento mais profundo de Deus. Tozer tomou um
caminho na vida espiritual que poucos tentaram, caracterizado por uma perseguição
inexorável e amorosa de Deus. Ele desejou saber mais do Salvador, como servi-Lo
e adorá-Lo com todo o seu ser, e chamou os crentes para voltarem à posição
autêntica e bíblica que caracterizou o início da igreja, uma posição de fé e
santidade profundas.
A.W.Tozer pastoreou várias
igrejas da Aliança Cristã e Missionária, foi autor de mais de quarenta livros e
serviu como editor de Vida de Aliança, a publicação mensal da ACM. Pelo menos
dois de seus livros são considerados clássicos espirituais: À procura de Deus e
O Conhecimento do Santo, algo impressionante para quem não teve educação
teológica formal. A presença de Deus era sua sala de aula, seus cadernos e
ferramentas eram a oração e os escritos de cristãos e teólogos antigos: os
Puritanos e os grandes homens de fé.
Tozer converteu-se aos
dezessete anos, manifestando de imediato, uma fome e sede insaciáveis por Deus.
Uma área vazia no porão da casa da família se tornou o refúgio onde ele podia
orar e meditar na bondade de Deus. Tozer escreveu: “Descobri que Deus é sincero
e generoso e, em todos os sentidos, é fácil viver com Ele”.
A mensagem dele era tanto cheia
de frescor quanto inflexível. O único propósito de sua vida era conhecer Deus
pessoalmente, e ele encorajou outros a fazer o mesmo. Ele rapidamente descobriu
que uma relação profunda e permanente com Deus era algo que tem de ser
cultivado.
Enquanto pastoreava uma igreja
em Indianápolis, Tozer notou que seu ministério estava mudando. Apesar de não
afastar-se do tema do evangelismo, Deus começou a conduzi-lo a registrar seus
pensamentos em papel. Esta mudança, na verdade, revelou o escritor prolífico.
Os sermões de Tozer nunca eram
rasos, havia pensamentos sérios atrás deles, e ele forçava os ouvintes a pensar
com ele. Ele teve a habilidade de fazer seus ouvintes encararem suas próprias
atitudes à luz do que Deus estava lhes dizendo. O irreverente não gostava de
Tozer; o sério, que queria saber o que Deus estava dizendo, o amava.
Tudo o que Tozer ensinou e
pregou saiu do tempo que ele passou em oração com Deus. Era quando deixava o
mundo e sua confusão lá fora, e focalizava sua atenção só em Deus. “Nossas
atividades religiosas deveriam ser ordenadas de tal modo a sobrar bastante
tempo para o cultivo dos frutos da solidão e do silêncio”, escreveu Tozer.
Cedo em seu ministério, ele
percebeu que Cristo o estava chamando para um tipo diferente de devoção, que
exigia um esvaziar do ego e uma fome por ser preenchido até transbordar com o
Espírito de Deus. Essa devoção o consumiu ao longo de sua vida.
Certo autor disse de Tozer: “Eu
temo que nós nunca vejamos outro Tozer. Homens como ele não são gerados na
faculdade, mas ensinados pelo Espírito”.
A.
W.
Tozer morreu numa segunda feira, 12 de maio de 1963, quase uma semana depois de
pregar seu último sermão. A procura havia acabado, e o destino, alcançado. Um
epitáfio simples marca sua sepultura em Akron, Ohio: A. W. Tozer – Um Homem de
Deus.
A maravilhosa procura por Deus
é mais que um legado. É um modo de vida passado a nós para que nós também
experimentemos o que A. W. Tozer viveu. Você já começou sua procura por
Deus?
segunda-feira, 14 de abril de 2014
OS DONS DA GRAÇA
Quando fomos salvos, quando
recebemos a vida eterna por meio de Jesus Cristo, também recebemos uma porção
inicial da graça. A intenção de Deus, no entanto, é que essa graça cresça
constantemente. A isso, o apóstolo João chamou de “graça sobre graça”. Qual é o
caminho indicado na Bíblia para que isso ocorra? O caminho é colocarmos em
prática, é exercitarmos os dons.
Lembre-se que junto com a
graça, recebemos também os dons. Estes dons, à medida que são usados,
multiplicam-se e trazem-nos mais graça, e mais graça traz mais dons e assim por
diante. O resultado disso é que a igreja é edificada e nós nos tornamos
vencedores.
Estamos na era da graça,
vivendo sob a aliança da graça, a aliança perpétua que Deus fez conosco em
Cristo Jesus. Nesta era temos recebido graça sobre graça, como nos diz João
1.16. Por isso, precisamos aprofundar-nos na revelação divina a respeito da
graça para perceber quão prática ela é. Deus deseja que a graça aumente em nós
até a plenitude. Fomos salvos pela graça para servir a Deus, e a graça que nos
é dada é para que O sirvamos.
Quando estamos envolvidos com
Deus e a Sua graça, exercitando os dons espirituais que Ele nos deu, não temos
tempo nem lugar para cogitarmos de coisas pecaminosas. Todo o nosso ser –
corpo, alma e espírito – estará ocupado pela graça. Quando exercitamos nossos
dons recebemos mais graça, e à medida que a graça cresce em nós, mais nossa
mente é transformada e nossa disposição é santificada. Mais dom, mais graça e
mais graça, mais dom.
Em grego estas duas palavras
vêm de uma mesma raiz: graça é charis e dom é charisma. Isso comprova
ainda mais a íntima ligação entre graça e dons.
Lemos e Romanos 12.6-8: “Temos
diferentes dons, segundo a graça que nos é dada. Se é profecia, seja ela
segundo a medida da fé. Se é ministério seja em ministrar; se é ensinar haja
dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte,
faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exerce misericórdia,
com alegria”.
Os dons mencionados aqui não
são miraculosos nem sobrenaturais, mas são dons normais, ou seja, dons
concedidos indistintamente a todos os irmãos. São necessários continuamente na
vida da igreja. Eles nos parecem, à primeira vista, virtudes que todo cristão
deve esforçar-se por alcançar e praticar. Mas, na verdade, são dons da graça
que todos nós possuímos quando recebemos a vida de Deus e que devemos
exercitar: profetizar, ministrar, ensinar, exortar, ofertar, liderar, exercer
misericórdia, amar sem hipocrisia com cordialidade, ser fervoroso de espírito,
regozijar-se na esperança, compartilhar as necessidades dos santos e praticar a
hospitalidade (vs. 9-13).
Quando estes dons são
exercitados por todos os santos na igreja, temos a vida normal da igreja. Até
mesmo varrer o local de reuniões, preparar refeições para os irmãos ou servir
no ministério de literatura também são exemplos de dons normais que devem ser
exercitados na vida normal da igreja. Embora estes dons possam não parecer
importantes, eles são fundamentais na edificação do Corpo de Cristo.
Em geral, os dons são associados
à idéia de falar em línguas estranhas ou a curas miraculosas. Contudo, é
interessante notar que o apóstolo Paulo coloca o dom de falar línguas no fim de
sua relação em 1 Coríntios 12.(vs. 8-10). Ele nos incentiva a buscar os
melhores dons (v. 31). No capítulo 14 desse livro, Paulo enfatiza várias vezes
que os melhores dons são aqueles que edificam a igreja, e que profetizar, no
sentido de ser porta-voz de Deus, é o melhor dom para isso (vs. 1, 3-5, 12, 17,
26).
A seqüência de dons no capítulo
doze de 1 Coríntios é a seguinte: palavra de sabedoria, palavra do
conhecimento, fé, dons de curar, operações de milagres, profecia, discernimento
de espíritos, variedade de línguas e interpretação de línguas. Que dom buscar?
Devemos procurar progredir buscando os dons espirituais que promovam a
edificação da igreja. Devemos buscar os primeiros da relação de 1 Coríntios 12,
isto é, procurar a palavra de sabedoria ou de conhecimento, e não estabelecer
como nossa meta os últimos da relação, como dom de línguas ou de interpretação
de línguas.
Palavra de sabedoria é o dom da
percepção da revelação do que está sob a letra da Bíblia; é a capacidade de ter
a visão das coisas de Deus, de ter revelação de Sua vontade e propósito.
Palavra de conhecimento é o dom de poder ministrar esta revelação, como um
mestre da Bíblia. Estes dons, por estarem relacionados à Palavra de Deus e ao
Seu propósito, levam à edificação da igreja e dos cristãos.
Paulo orienta os irmãos que a
melhor ocasião para exercitarmos nossos dons é a reunião da igreja. Ao
utilizarmos os dons, a graça nos é suprida abundantemente e a igreja é
edificada. Quanto mais pregarmos e ensinarmos a Palavra de Deus, quanto mais
louvarmos a Deus, quanto mais exercitarmos a hospitalidade, quanto mais formos
liberais em dar e ofertar, quanto mais exercermos misericórdia, quanto mais
exercitarmos a fé, quanto mais falarmos por Deus, mais “graça sobre graça” será
derramada sobre nós.
segunda-feira, 7 de abril de 2014
“ASSENTAR”
“Peço
que Deus abra a mente de vocês para que vejam a luz dele e conheçam a esperança
para a qual ele os chamou. E também para que saibam como são maravilhosas as
bênçãos que ele prometeu ao seu povo e como é grande o seu poder que age em nós,
os que cremos nele... ” (Ef 1.18-19).
“Esse
poder que age em nós é a mesma força poderosa que ele usou quando ressuscitou
Cristo e fez com que ele se assentasse ao seu lado direito no mundo celestial.
Cristo reina sobre todos os governos celestiais, autoridades, forças e poderes.
Ele tem um título que está acima de todos os títulos das autoridades que
existem neste mundo e no mundo que há de vir. Deus colocou todas as coisas
debaixo da autoridade de Cristo e deu Cristo à igreja como único senhor de tudo”.
(v. 20-22).
“Por
estarmos unidos com Cristo Jesus, Deus nos ressuscitou com ele para reinarmos
com ele no mundo celestial” ( Ef 2.6).
Estas passagens revelam o
segredo de uma vida celestial. Aqui vemos que a vida cristã começa com o
assentar. A era cristã iniciou-se com Cristo. Sobre Cristo ficamos sabendo que
depois de ter “feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se
à destra da Majestade nas alturas” (Hb 1.3). Com a mesma dose de verdade
podemos dizer que o crente inicia sua vida cristã “em Cristo”, isto é, quando
pela fé ele se vê assentado ao lado de Cristo nas alturas.
A vida cristã é engraçada! Se
logo de início tentarmos fazer alguma coisa, nada obteremos; se procurarmos
atingir algo, perdemos tudo. É que o cristianismo não começa com um grande
FAÇA, mas com um grandioso JÁ FOI FEITO. Assim é que a carta aos Efésios se
inicia com a declaração de que Deus “nos abençoou com todas as bênçãos
espirituais nas regiões celestiais em Cristo” (1.3) e somos convidados, logo de
início, a assentar-nos e usufruir de tudo quanto Deus já fez por nós. Não
devemos lançar-nos a tentar conseguir as coisas por nós mesmos.
Andar implica esforço, mas Deus
nos diz que somos salvos não pelas obras, mas “pela graça... por meio da fé”
(Ef 2.8). Estamos constantemente falando de “salvação pela fé”, mas que
queremos dizer com isso? Queremos dizer o seguinte: Que fomos salvos quando
repousamos em Cristo Jesus. Nada fizemos, absolutamente, para salvar-nos a nós
mesmos; apenas depositamos no Senhor o fardo de nossas almas sobrecarregadas de
pecado.
Iniciamos nossa vida cristã,
não dependendo de nós mesmos, de algo que fizemos, mas na dependência do que
Cristo já fez. Enquanto a pessoa não proceder assim, não é um cristão. Se
alguém disser: “Nada posso fazer a fim de salvar-me; mas pela sua graça Deus já
fez tudo para mim, em Cristo”, terá dado o primeiro passo na vida de fé.
A vida cristã, do início até o
fim, baseia-se no princípio da nossa total dependência do Senhor Jesus. Não há
limite para a graça que Deus deseja derramar sobre nós. Ele quer dar-nos tudo,
mas nada poderemos receber, a não ser que descansemos nele. Assentar é uma
atitude de descanso. Algo foi terminado; o trabalho é paralisado, e nós nos
assentamos. É paradoxal, mas verdadeiro: nós só avançamos na vida cristã se
aprendermos em primeiro lugar a assentar-nos.
Que significa de fato
assentar-nos? Quando caminhamos ou ficamos de pé, suportamos em nossas pernas
todo o peso de nosso corpo, mas quando nos assentamos, todo nosso peso descansa
sobre a cadeira, ou o sofá em que nos sentamos. Nós ficamos cansados depois de
caminhar, ou ficar muito tempo em pé, mas sentimo-nos repousados se nos
sentamos durante algum tempo.
Caminhando ou ficando de pé,
despendemos muita energia, mas quando nos sentamos, nós relaxamos
completamente, visto que o peso não recai sobre nossos músculos e nervos, mas
sobre algo fora de nós mesmos. Assim ocorre também no reino espiritual.
Assentarmo-nos equivale a depositar nosso peso total – nossa pessoa, nosso
futuro, nossas aflições, tudo – sobre o Senhor. Deixamos que Ele assuma a
responsabilidade e descansamos; deixamos de carregar aquele fardo.
O cristianismo na verdade
significa que Deus fez tudo em Cristo, e que nós apenas penetramos nessa
realidade para usufruí-la mediante a fé. A palavra chave aqui, observando o
contexto, é para que nos vejamos “assentados” em Cristo.
Paulo ora para que os olhos de
nosso entendimento sejam iluminados (1.18), a fim de compreendermos tudo a
respeito desse fato duplo: Que Deus, pelo seu infinito poder, primeiramente fez
com que Cristo “assentasse à sua direita nos céus” (1.20) e, depois, pela sua
graça, “nos fez assentar nas regiões celestiais, em Cristo Jesus” (2.6). A
primeira lição que devemos aprender, portanto, é esta: Que o trabalho não é
inicialmente nosso, mas do Senhor.
Não se trata de nós
trabalharmos para Deus, mas de Deus trabalhar para nós. Deus nos dá essa
posição de repouso. Ele nos traz a obra de seu Filho terminada e no-la
apresenta, dizendo: “Por favor, sente-se”. Penso que a oferta de Deus a nós
pode ser expressa de melhor forma nas palavras do convite para o grandioso
banquete: “Vinde, pois tudo já está pronto” (Lc 14.17). Nossa vida cristã
inicia-se com a descoberta das coisas que Deus já havia providenciado para nós.
Todas as novas experiências
espirituais se iniciam com a aceitação, pela fé, da obra realizada por Deus.
Este é um princípio da vida, algo que o próprio Deus determinou; e do princípio
ao fim, cada estágio sucessivo da vida cristã obedece ao mesmo princípio
estipulado por Deus.
Como posso eu receber o poder
do Espírito para o serviço? Devo pôr-me a trabalhar e esforçar-me a fim de
recebê-lo? Devo implorar a Deus que me conceda? Devo afligir minha alma com
jejuns e auto-negações a fim de merecê-lo? Jamais! Não é esse o ensino das
Escrituras. Pense um pouco: Como foi que recebemos o perdão dos nossos pecados?
Diz-nos Paulo que foi “segundo as riquezas da sua graça” que Ele “nos deu
gratuitamente no Amado” (EF 1.6-7). Nada fizemos para merecê-lo. Fomos
redimidos pelo sangue de Cristo, ou seja, temos redenção pelo que o Senhor fez.
Qual é, então, o critério de
Deus para o derramamento de seu Espírito? É a exaltação do Senhor Jesus (Atos
2.33). Porque Cristo morreu na cruz, meus pecados foram perdoados; porque Ele
foi exaltado e colocado no trono, recebo poder do alto. Nem uma dessas dádivas
dependem do que eu sou, nem do que eu faço. Jamais mereci o perdão, e jamais
mereci o dom do Espírito. Recebo tudo, não mediante o andar, mas mediante o
assentar, não pelo que eu faço, mas porque eu descanso no Senhor.
Daí se conclui que assim como
não há necessidade de esperar pela experiência inicial da salvação, tampouco há
necessidade de esperar o derramamento do Espírito. Posso lhe assegurar que você
não precisa implorar a Deus essa dádiva, você não precisa agonizar, nem engajar-se
em “reuniões demoradas de espera”. Essa dádiva lhe pertence não por causa de
algo que você tenha feito, mas por causa da exaltação de Cristo, pois “tendo
nele crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa” (Ef 1.13). Este
selo, tanto quanto o perdão de pecados, já vem embutido no “evangelho da vossa
salvação”.
Nossa história foi escrita em
Cristo antes que houvéssemos nascido. Você crê nesta realidade? É a verdade!
Nossa crucificação com Cristo é um glorioso fato histórico. “Estamos mortos
para o pecado”, “Fomos batizados na sua morte”. “Fomos sepultados com Ele”.
Deus “nos ressuscitou juntamente com Cristo” (Rm 6.2-4; Ef 2.5). Todos esses
acontecimentos estão descritos no passado. Por que? Porque o Senhor Jesus foi
crucificado Há mais de 2.000 anos, e eu fui crucificado com Ele. Eis um
grandioso fato histórico.
A experiência de Cristo
tornou-se minha história espiritual, e Deus pode referir-se a mim como já tendo
eu todas as coisas “Nele”. Tudo quanto tenho agora, eu o tenho “em Cristo” Nas
escrituras nós nunca encontramos estes fatos descritos no futuro, e tampouco
como sendo desejados no presente. São fatos históricos de Cristo, e nós, os que
cremos, penetramos neles pela fé.
Quando este fato penetra em
nossa consciência e nós repousamos nele (Rm 6.11), temos descoberto o segredo da
vida santificada.
segunda-feira, 24 de março de 2014
RESSURREIÇÃO POR CAUSA DE NOSSA
JUSTIFICAÇÃO
Já comentamos várias vezes que
o Senhor Jesus morreu por nós e por nossos pecados (Rm 5.8; 1 Co 15.3). Também
vimos como o Senhor cumpriu a justiça de Deus e, ao mesmo tempo, manifestou a
graça de Deus. No entanto, aqui cabe uma pergunta: Como sabemos que a obra
redentora do Senhor Jesus foi realizada? Como sabemos que tal obra foi aceita
por Deus?
Embora digamos que o Senhor
Jesus cumpriu as justas exigências de Deus, que Deus tem a dizer sobre isso? De
que modo Deus pode mostrar-nos que Seu Filho realmente cumpriu a obra de
redenção e verdadeiramente satisfez Suas exigências?
É verdade que o Senhor Jesus
morreu por nós e por nossos pecados e que Sua obra foi realizada. Na cruz,
antes de morrer, Ele disse claramente: “Está consumado!” (Jo 19.30). É verdade
que Ele consumou a obra de redenção que se propôs fazer na terra. Ele foi capaz
de dizer que estava consumado. Todos nós que olhamos para Sua salvação também
podemos dizer que ela está consumada.
Mas como sabermos que tal obra
de redenção foi aceita e aprovada por Deus? Como sabermos se o nosso Deus está
plenamente satisfeito com tal obra? Nós dizemos que a obra de redenção é
inteiramente justa, mas Deus também diria que ela é justa? Temos de perceber
que não há maneira de saber se Deus está ou não satisfeito baseados somente na
cruz do senhor Jesus.
Se houvesse apenas a cruz, se
tivéssemos somente a morte do Senhor por nós e, no entanto o sepulcro do Senhor
não estivesse vazio, nunca saberíamos o que a morte do Senhor realizou por nós.
Ao olhar a obra redentora do Senhor, não há somente o aspecto da cruz, mas
também o aspecto da ressurreição.
Qual é, então, o propósito da
ressurreição de Cristo? Deus ressuscitou o Senhor Jesus dentre os mortos como
uma prova de que a obra de redenção foi cumprida. Agora Ele está satisfeito. A
ressurreição do Senhor é o sinal de “tudo bem” de Deus na obra e na morte do
Senhor Jesus. Isso significa que esta morte está agora aprovada. O problema do
pecado do homem está agora resolvido.
Se o Senhor não tivesse ressuscitado,
embora a redenção tivesse sido cumprida, nosso coração seria mantido em
suspense. Ainda haveria certa inquietação em nós, pois apesar de sabermos que a
redenção tinha sido cumprida, não saberíamos se ela tinha sido aceita. Em que
momento percebemos que fomos totalmente redimidos de nossos pecados? Quando vemos
que o Senhor Jesus ressuscitou. A ressurreição é a prova. Ela nos mostra que a
cruz foi justa e a redenção foi aprovada.
A ressurreição é a prova de que
a obra da cruz foi aceita e recebida por Deus. Se a obra da cruz do Senhor não
fosse adequada ou correta, Deus não O teria ressuscitado. Ele ressuscitou
porque nós fomos justificados!
Que significa para nós o fato
de sermos justificados? Significa que Deus reconheceu a redenção feita por meio
de Jesus, Seu Filho. Sem justificação, Ele não poderia ressuscitar. Eis porque
dizemos que a ressurreição é o recibo passado por Deus pelo sacrifício que o
Senhor Jesus ofereceu. Ela prova que Deus reconhece que o pagamento de nossa
dívida foi adequado.
A razão de eu ter segurança de que meus pecados foram perdoados e que fui salvo pela fé é que eu creio na ressurreição de Jesus Cristo. Sua ressurreição mostra-nos que a cruz satisfez o coração de Deus. Com a ressurreição, ganhamos a prova do perdão e um veredito de inocentes. Graças ao senhor pela ressurreição!
segunda-feira, 17 de março de 2014
DEUS DESEJA SALVAR OS HOMENS DE
FORMA JUSTA
Deus, sem dúvida, deseja
dar-nos graça e salvar-nos. Sem dúvida, Ele quer dar-nos Sua vida. Deus é cheio
de amor, e Ele está mais do que desejoso de que sejamos salvos. Mas se Deus vai
salvar-nos, Ele tem de fazê-lo de modo excelente. Por isso a salvação dos
pecadores é um grande problema para Deus.
A grande questão é saber qual o
método a ser usado por Ele para que o homem possa ser salvo da maneira justa.
Que método há que seja o mais racional? Que método há que se compare com Sua
própria dignidade? É simples ser salvo, mas é difícil ser salvo justamente. Eis
por que a Bíblia fala muito sobre a justiça de Deus. Ela nos diz repetidamente
que Deus salva o homem de maneira compatível com Sua própria justiça.
Que é a justiça de Deus? A
justiça de Deus é o modo de Deus agir. Amor é a natureza de Deus, santidade é a
disposição de Deus e glória é o próprio ser de Deus. Justiça, no entanto, é o
proceder de Deus, Sua maneira e Seu método. Uma vez que Deus é justo, Ele não pode
conceder graça ao homem meramente conforme Ele quer. Ele não pode salvar o
homem meramente conforme o desejo do Seu coração.
É verdade que Deus salva o
homem porque o ama. Mas Ele deve fazê-lo de um modo que esteja de acordo com
Sua própria justiça, Seu próprio proceder, Seu próprio padrão moral, Sua
maneira própria, Sua própria dignidade e Sua própria majestade. Sabemos que
para Deus é fácil salvar o homem, mas não é fácil para Deus salvá-lo de maneira
justa.
Se a questão da justiça não
fosse um problema, não haveria dificuldade alguma. Se a justiça não contasse,
Deus poderia dizer: “Você pecou? Tudo bem, apenas não cometa o erro novamente”.
Deus, assim, poderia ignorar nossos pecados. Ele poderia dispensar-nos e
mandar-nos embora. Se Deus não julgasse o pecado do pecador e tratasse seus
pecados conforme a lei, mas perdoasse descuidadamente, onde estaria Sua
justiça? Aqui reside a dificuldade.
Sem dúvida alguma, Deus é cheio
de amor para conosco. Deus quer salvar-nos. Mas Ele também deseja fazê-lo
legalmente. O amor de Deus é limitado por Sua justiça. Deus não agiria
contrariamente a Si próprio, declarando irresponsavelmente que nossos pecados
estão apagados, que tudo está bem e que podemos considerar-nos livres. Se
agisse assim, que lei, que justiça e que verdade seriam deixadas no universo?
Tudo estaria acabado.
Deus não pode salvar-nos às
custas de se envolver em injustiça. Deus quer salvar-nos preservando Sua
justiça. Como isso pode ser feito?
Há um livro na Bíblia, o livro
de Romanos, que nos diz como Deus trata especificamente com este problema.
Vejamos Romanos 3: 25-26, começando com a segunda parte do versículo 25:
“Deus
o propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça
pela remissão dos pecados dantes cometidos sob a tolerância de Deus; para
demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e
justificador daquele que tem fé em Jesus”.
Enquanto Deus justifica os
que creem em Jesus, Ele demonstra ser justo, e o homem deve reconhecê-Lo como
sendo justo.
Amor, pecado e justiça não
podem coexistir facilmente. O amor é um fato; o pecado também é um fato e a
justiça é uma necessidade. Por esses três estarem juntos, Deus deve agir de tal
maneira que possa nos salvar e satisfazer Seu coração de amor, ao mesmo tempo
preservar a Sua justiça. Cumprir tal obra seria uma obra-prima.
A salvação que Deus nos
preparou em Seu Filho Jesus é tal obra-prima. Ele é capaz de nos salvar de
nossos pecados e demonstrar Seu amor, e é capaz de fazê-lo da maneira mais
justa. Isso Ele faz pela obra redentora do Senhor Jesus.
Porque Deus ama ao mundo e ao
mesmo tempo é justo, Ele teve de enviar o Senhor Jesus até nós. Por ser justo,
Ele teve de julgar o pecado. Porque Ele é amor, suportou o pecado do homem
sobre si. Devo enfatizar essas duas declarações: Deus deve julgar porque é
justo. E Deus sofre o julgamento e a punição devidos ao homem, porque Ele é
amor.
Sem julgamento não vemos
justiça; com julgamento, não vemos amor. Contudo, o que Ele fez foi suportar o
julgamento em nosso lugar. Dessa forma, Ele manifesta tanto Seu amor quanto Sua
justiça. Ele estava disposto a pagar preço tão alto como o ter Seu Filho
pregado na cruz. Deus não estava disposto a desistir de Sua justiça. Se Deus
estivesse disposto a esquecer Sua justiça, a cruz teria sido desnecessária. Por
não estar disposto a abandonar Sua justiça, Deus preferiu que Seu Filho
morresse.
A cruz cumpre tanto a exigência
da justiça, como a exigência do amor. Nossa salvação hoje não é “mercadoria
contrabandeada”; não a recebemos de modo fraudulento ou impróprio. Nós não
fomos salvos ilegalmente. Fomos salvos de modo claro e definitivo por meio do
julgamento de nossos pecados em Cristo Jesus. Nós fomos julgados; então, depois
disso, fomos salvos. O amor de Deus está aqui e a justiça de Deus também está
aqui.
“Bem-aventurados aqueles cujas
maldades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos. Bem-aventurado o homem a
quem o Senhor não imputa o pecado” (Romanos 4:7-8).
segunda-feira, 10 de março de 2014
COMPREENDA O CONCEITO DE
CONSTITUIÇÃO
É interessante notar que a
primeira atividade governamental consiste em elaborar uma constituição. O
processo de edificação de uma nação não pode seguir adiante até que sua
constituição esteja terminada e aprovada por todos os líderes envolvidos no
processo de elaboração da mesma.
O cerne de todas as nações, os
impérios e os reinos é a constituição. Não existe nação ou reino sem ela. Em
uma república, a constituição é a aliança que o povo faz consigo mesmo e pela
qual escolhe pelo voto um congresso de governantes para preservar a aliança. Em
um reino, a constituição é a aliança do rei com seus súditos, a qual contém as
aspirações e os desejos do monarca para o seu reino.
Essa é a principal distinção
entre um reino e uma república democrática. Nestas, geralmente, a constituição
começa com as seguintes palavras: “nós, o povo...” Entretanto, quando lemos a
constituição do Reino de Deus, registrada nas Escrituras, ela sempre diz: “Eu,
o Senhor, digo...”
Como em qualquer outro sistema
governamental, todo reino tem uma constituição. A carta magna de qualquer nação
está relacionada à maneira como o governo é organizado, principalmente sobre o
modo como o poder soberano é exercido. Em uma república ou democracia, o poder
está com o povo. Este elege líderes para representá-lo e, então, manda que
essas autoridades criem leis e políticas que beneficiarão os cidadãos.
Em uma democracia, os líderes
têm de dar satisfação ao povo. Quando alguém viola a confiança dos eleitores
pode ser retirado do cargo e substituído. Por meio de seus líderes eleitos, o
povo estabelece sua própria constituição. Em um reino é diferente. Nesse
sistema, todo poder reside no rei. Ele é o monarca. Portanto, é aquele que
estabelece a constituição para seu reino.
A constituição de um reino
registra a vontade, os propósitos e o intento do rei em forma de documento. Ela
expressa os desejos pessoais do rei e estabelece princípios sob os quais o
reino operará, além de instituir a maneira e as condições pelas quais o rei se
relacionará com o povo e vice-versa. A constituição de um reino traz em si a
essência da natureza, do caráter e da personalidade do rei.
Registrar a constituição na
forma escrita estabelece um padrão que pode ser medido facilmente, além de
tornar suas condições e seus termos claros a todos. Por isso, no Reino dos céus
temos um livro chamado Bíblia. Ela é a vontade do Rei em forma escrita. É a
constituição de seu Reino. As palavras do rei se tornam a lei da terra. Elas
não produzem o contrato, pois são o próprio contrato. E por meio deste – dessa
constituição – vem a lei. É esse documento que estabelece os termos, as
condições, os direitos e os deveres de vida no reino.
A constituição é a vontade e o
testamento do rei para seus súditos. Vontade
e testamento são duas palavras diferentes, porém relacionadas, e ambas têm
importância. A vontade é o que está na mente da pessoa – seus desejos e
intentos. O testamento é o documento que registra a vontade da pessoa,
descrevendo seus desejos e intentos de forma legal.
Exatamente por isso chamamos a
Bíblia de constituição do reino dos céus. Ela está dividida em duas seções
conhecidas como o Antigo e Novo Testamento.
Portanto, as Sagradas Escrituras compreendem os pensamentos de Deus,
documentados, com relação aos seus súditos. A Palavra traz a vontade, o desejo
e o intento do Senhor para a raça humana que Ele criou à sua própria imagem.
Portanto, podemos pegar as
Sagradas Escrituras e dizer: “Isso é o que o meu Rei me garantiu”. Então, o Rei
diz: “De acordo com a minha palavra, seja feito a você”.
A Palavra de Deus, escrita e
impressa no livro que chamamos de Bíblia, é o documento mais poderoso que
possuímos. Ela é a constituição do Reino dos céus, o testamento da vontade do
Rei para seus súditos.
Algumas pessoas religiosas
acham que a constituição do Reino dos céus precisa ser alterada ou interpretada
para ficar de acordo com os tempos e valores modernos. Ao contrário, a constituição
do Reino é um padrão imutável com base no qual devemos medir os valores, a
moral, as crenças e as idéias modernas. Sem um padrão confiável, justo e
imutável, a sociedade entra em colapso. Podemos ver sinais disso ao nosso
redor.
A constituição de Deus contém
os estatutos do Reino. Certa vez, Jesus disse: E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til da lei (Veja Lc
16:17; 23:33). Quem somos nós para achar que temos direito ou autoridade
para mudar ou desprezar os estatutos que o Rei dos céus estabeleceu? Os
religiosos podem fazer isso sempre que desejarem, porque não estão realmente no
Reino. No entanto, os súditos do reino não podem. Nossa constituição declara: “A
Palavra do Senhor permanece para sempre” (1 Pe 1.25ª)