segunda-feira, 18 de abril de 2011

PROFECIA PARA OS TEMPOS DO FIM

“Profeta é alguém que permite a Deus usá-lo como um canal para falar às pessoas, não falando por si mesmo, mas pelo Senhor”.
Deus sempre tencionou falar com o homem que criara. No Jardim do Éden, Deus falava com Adão e este podia ouvir e compreender Sua voz, e também podia falar com Deus. Nessa época, Deus ainda falava direta e livremente com o homem. No entanto, pelo fato do homem ter caído e terem-se multiplicado os pecados da “raça criada”, o Espírito de Deus deixou de estar com o homem (Gn 6:3).

Teria, então, Deus desistido de Seu plano ao abandonar a raça criada? De modo algum. Logo após o grande pecado de rebelião praticado pelos homens ao edificar a Torre de Babel, Deus estabeleceu um novo começo em Seu plano eterno, em Sua economia. Ele escolheu um homem, Abrão. Esse homem, cujo nome foi mudado por Deus para Abraão, foi o início da “raça chamada” e foi também o primeiro homem a quem Deus chamou de profeta (Gn 20:7).

O próximo profeta mencionado na Bíblia é Moisés. Podemos ver nele, de forma mais clara do que em seus antepassados, alguém que fala por Deus. Moisés não era um homem propriamente capacitado para a função de falar já que se considerava pesado de língua. Porém o Senhor mostrou a Moisés que Ele é quem dá a capacidade de falar, Ele é quem dá eloqüência aos servos que chama para servi-Lo.

Há pessoas que se julgam inúteis para Deus por não serem eloqüentes, mas por entregarem-se a Deus sem reservas, Ele as capacita. Por reconhecerem que são incapazes essas pessoas em todo o tempo estão confiando e dependendo do Senhor. Isso aconteceu com Moisés, aconteceu com todos os homens genuinamente usados por Deus e precisa acontecer com todos os que hoje desejam ser úteis na obra de Deus.

Antes de querer falar por Deus, o profeta precisa ser um homem de Deus e ser governado pela visão do propósito imutável de Deus. Como homem de Deus, ele é Sua propriedade, por isso, não tem opinião própria ou ponto de vista pessoal quando ministra em nome de seu Possuidor; é alguém que não busca seu próprio benefício, mas sempre o do Senhor. Isso é manifestado de muitas maneiras práticas. Por exemplo, por amor ao seu Senhor, os profetas aceitam passar por tribulações, como as que o apóstolo Paulo experimentou, a fim de cumprir o ministério que lhes foi entregue.

Paulo foi fiel a Deus por toda a sua vida e Deus podia expressar-se completamente por meio dele. Isso era resultado de Paulo ser totalmente governado por uma visão (At 26:19). Ele recebeu de Deus a visão da Sua economia, a visão da igreja como o Corpo vivo e orgânico de Cristo, e as registrou em suas cartas. Graças a isso, hoje também podemos ser governados por essa visão. Se desejarmos falar pelo Senhor, precisamos dessa visão como base.   

Paulo foi profeta e mestre em Antioquia, juntamente com Barnabé (At 13:1). Ele fora salvo no caminho para Damasco, quando Jesus lhe apareceu em uma luz muito forte que o cegou por três dias. Até aquele momento Paulo estava perseguindo os cristãos, mas quando Jesus lhe disse que era a Ele que Paulo estava perseguindo, o apóstolo percebeu que havia uma relação de vida entre Cristo e os cristãos. Ele aprendeu que tocar nos cristãos era, na verdade, tocar em Cristo.

Depois dessa experiência, Paulo foi enviado por Deus para o deserto da Arábia (Gl 1:17), onde teve visões sobre a economia de Deus, e Seu propósito eterno (II Co 12:1-4). Paulo foi governado por essa visão por toda a sua vida e falou regido por ela, jamais lhe tendo sido desobediente (At 26:19). A economia de Deus estava no coração de Paulo e tudo o que ele fazia tinha como objetivo promovê-la. Ele sempre lutou fortemente contra tudo e todos os que ousaram contradizer a Deus e Sua economia, e tudo aquilo que trouxesse qualquer prejuízo à edificação da igreja.

Em II Timóteo 3:16-17, Paulo diz ao seu discípulo: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”. Isso indica que o homem de Deus no N.T. precisa ter revelação e uma visão clara da Palavra de Deus, daquilo que Deus deseja fazer nesta terra e como Ele fará isso.

Todos os que desejam ser realmente usados por Deus como Seus profetas devem buscar primeiramente obter revelação sobre a Bíblia e a visão da economia de Deus. Hoje os profetas precisam, antes de tudo, ter visão. Se permitirmos que a Palavra esteja em nós, seremos legítimos porta-vozes de Deus nessa era.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

CONFORMADOS À IMAGEM DE CRISTO

“Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Rm 8:29).

Como seremos conformados à imagem do Filho de Deus? Há um conceito sobre isso, correto, porém incompleto. Cristo é a fôrma e nós somos a massa colocada na fôrma que, sob pressão, toma sua forma. Quanto mais somos pressionados, mais conformados seremos à fôrma. A pressão representa o sofrimento. Assim, é preciso que soframos em nossa alma até tomarmos a forma completa da fôrma.

Esse conceito, no entanto, carrega uma forte conotação de ser a conformação algo apenas exterior. De fato, conformação significa ser amoldado a, adquirir a forma de; mas, espiritualmente falando, adquirir a forma de Cristo é algo interior, que ocorre no espírito, quando estamos em comunhão face a face com Deus. Isso pode ser comparado com a gestação de uma criança. Uma gestação completa dura duzentos e oitenta dias ou quarenta semanas. Após esse período de gestação a criança estará totalmente formada, está pronta para nascer.

Em Gálatas 4:19, o apóstolo Paulo se compara a quem está sofrendo as dores de parto pelos gálatas até que Cristo fosse formado neles. Quão crescido é Cristo dentro de nós? Será apenas um bebê frágil ou já é um homem crescido? Tudo isso indica claramente que ser conformado não é algo apenas exterior, mas muito mais interior. Precisamos de tempo para que sejamos totalmente conformados a Cristo, para sermos como Ele.

A Glorificação

“E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou” (Rm 8:30).

A consumação de todo o processo da salvação orgânica é a glorificação. Ser glorificado é tornar-se semelhante a Deus: “Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é” (I Jo 3:2). Este é o aspecto final da salvação completa de Deus. Deus tornou-se carne, assumindo e vivendo a natureza humana, a fim de levá-la para dentro da natureza divina. Esse é o Seu objetivo final em relação aos seus escolhidos, a glorificação dos filhos de Deus. Esta é a salvação completa de Deus para nós.

Nesta última etapa nada poderá nos separar de Deus, pois estaremos totalmente mesclados com Ele. Os últimos versículos de Romanos 8 nos mostram que nada, seja na esfera física ou espiritual, poderá separar-nos do amor de Deus e de Cristo! Essa é a salvação completa, o evangelho de Deus para nós: fazer-nos iguais a Ele através de Sua vida que está em nós.

Para que isso se torne real para nós, precisamos praticar, precisamos exercitar-nos na experiência com a vida divina. Somente fazendo assim, essas palavras nos servirão de alento e encorajamento, a fim de preparar-nos para a segunda vinda de Cristo. Nosso anelo e busca deve ser que sejamos vencedores, sejamos arrebatados vivos à Sua presença, a fim de entrar triunfantemente na era vindoura como co-reis com Cristo para reinarmos com Ele por mil anos. Por fim, desfrutaremos com todos os santos da Nova Jerusalém pela eternidade.

“Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Pois estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 8:37-39).

Qual deve ser nossa atitude com relação à vinda do Senhor? Muitos aguardam Sua vinda passivamente e nada fazem para apressá-la. Pedro disse para aguardarmos a vinda do Senhor, apressando-a. Portanto, todos devemos dispor-nos a isso, exercitando o espírito a todo tempo e fazendo-o fervoroso. Deixemos a mornidão e a preguiça e sejamos diligentes e fervorosos!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

LINHO FINO BRANCO E RESPLANDECENTE

Apocalipse 19:7-8 descreve a noiva ataviada para as bodas do Cordeiro com vestes de linho finíssimo branco e resplandecente, sendo o linho finíssimo os “atos de justiça dos santos”. Se nós tivermos essa segunda veste, a veste nupcial, pronta à época da volta do Senhor, então seremos arrebatados vivos ao trono de Deus (Ap 12:5; 14:1). A Bíblia nos diz que o Filho do homem virá em Sua glória com os Seus anjos e retribuirá a cada um conforme suas obras (Mt 16:27). Ele virá na glória do Pai para julgar, e o juízo começa hoje pela casa de Deus (I Pe 4:17).

Se tivermos obras justas, receberemos a recompensa e entraremos no reino milenar para desfrutar das bodas do Cordeiro. Os anjos mencionados aqui não são os seres angelicais, mas se referem aos vencedores arrebatados antes da vinda de Cristo, os que já estavam preparados, os que já tinham seus vestidos bordados de linho fino branco e resplandecente. Na manifestação visível de Cristo em Sua segunda vinda, esses vencedores serão os que virão montados em cavalos brancos juntamente com Ele (Ap 19:13-14). O versículo 13 diz que o Senhor tem Sua veste manchada de sangue; note que este não é o sangue da redenção, e, sim, o sangue das uvas pisadas no lagar da ira de Deus, o sangue dos inimigos vencidos por Ele.

Para sermos os tais “vencedores” e os “exércitos de Cristo”, precisamos ter nossa veste pronta. Em que condição ela está hoje? Vamos apressar-nos em bordá-la para que estejamos prontos para a vinda do Senhor.

A Santificação do Cristão

O processo de salvação orgânica inclui a santificação, a qual, em um primeiro momento, está diretamente relacionada à justificação. Por meio da redenção de Cristo fomos santificados, pois nascemos de novo e, pela fé, fomos trazidos a uma posição santa diante de Deus. A partir daí continua o trabalho do Espírito em nosso interior para nos levar à plenitude da santificação, que é o acréscimo do elemento santo de Deus em nós.

Vejamos um exemplo. Uma xícara de água fervida recebe um saquinho de chá. Que vai ocorrer? As folhas do chá vão liberar sua essência que, pouco a pouco, se infundirá na água quente até que esta fique totalmente saturada dela. Assim também é o processo de santificação. A cada dia estamos recebendo mais os elementos santos de Cristo até sermos santos como Ele é. “Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo. Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo” (I Pe 1:13-16).

Renovação e Transformação

Romanos 12:2 diz: “Não vos conformeis com esse século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Esse versículo está relacionado à nossa alma, que é formada de mente, vontade e emoção. Nossa mente caída se apraz em pensar nas coisas deste mundo o qual nos seduz com suas atrações. Mas Paulo foi imperativo: não podemos conformar-nos com este mundo, mas nossa alma tem de ser transformada.

A transformação se inicia pela renovação da mente, a parte líder da alma. A mente influencia a emoção que, por sua vez, influencia a vontade. Por isso nossa mente precisa ser renovada pelo Espírito. Todo tipo de prática, tradição e conceitos religiosos, que tem impedido nosso avanço espiritual, deve ser derrubado. Muitos se apegam somente às revelações bíblicas do passado e não aceitam a nova luz e revelação que o Espírito tem dado nos últimos dias. Isso faz com que sua mente envelheça, tornando-se uma barreira que os impede e avançar. Não apenas na mente, mas também em nossa emoção e vontade podemos ter barreiras.

Em todas as áreas do serviço a Deus precisamos de uma mente renovada, e isso também diz respeito aos nossos bens materiais. Não devemos conformar-nos a este mundo. Sigamos o exemplo de Abraão, Isaque e Jacó que viviam em tendas mesmo já estando de posse da terra prometida, a terra de Canaã, pois não consideravam aquela terra como sua pátria. Eles aguardavam por uma pátria eterna e permanente, que é a igreja, a Nova Jerusalém. Portanto, não podemos aplicar nosso coração a esta terra. Tudo aqui é passageiro e temporário, incluindo a vida humana.

Ao consagrarmo-nos a Deus também estamos consagrando tudo o que temos. Nossas riquezas provêm de Deus, portanto, ofertar a Ele é um privilégio, um direito que temos. Muitas necessidades surgem na igreja e na obra do Senhor, mas muitas vezes não temos recursos para ofertar. Exercitemos a nossa fé e peçamos ao Senhor. Ele certamente atenderá a nossa oração. Se formos por Ele, Ele certamente será por nós. Portanto, ao usarmos nossos recursos financeiros, coloquemos em primeiro lugar as necessidades da obra do Senhor. Não nos conformemos com este mundo, antes despojemo-lo para aplicar no Reino de Deus!  

A mente renovada gera transformação. Como ocorre o processo de transformação? Em II Coríntios 3:18 lemos que ao contemplarmos o Senhor estaremos sendo transformados de glória em glória na Sua própria imagem. Isso significa que deixamos de ser pessoas naturais, que vivem de acordo com os impulsos da alma, e passamos a ser pessoas espirituais. Para isso precisamos negar a vida da alma, e é nesse momento que ocorre a transformação.  

Esse processo não é imediato, mas é um lento processo de transformação. Todos nós, os filhos de Deus, somos inicialmente desprezíveis diante de Deus porque trazemos as características do velho homem. Mas, pouco a pouco o Senhor nos dá mais de Sua vida e nos põe em um lugar apropriado para facilitar esse processo, que é a vida da igreja, o Seu Corpo. O período para que a transformação se complete variará de pessoa a pessoa, dependendo da disposição pessoal e da busca ao Senhor. Mas, sem dúvida, depois de algum tempo estaremos plenamente transformados à imagem de Cristo. Esse é o resultado do operar do Espírito em nós.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

PARA ENTENDER A JUSTIFICAÇÃO

Enquanto na redenção judicial foi Cristo quem nos justificou tornando-se Ele mesmo nossa justiça, na ‘salvação orgânica’ a justificação é resultado de recebermos mais da vida justa de Cristo, a qual se manifestará em nós por meio dos atos de justiça por nós praticados. Justiça se contrapõe a pecado. Ter uma conduta injusta é ter uma conduta em pecado.

Efésios 1:13 diz: “Tendo nele também crido, fostes selados pelo Espírito da promessa”. Isso ocorreu no momento de nossa regeneração e estabelece um princípio espiritual: quando agimos no espírito, nossas ações estão de acordo com a justiça de Deus. Por isso somos selados pelo Espírito, isto é, recebemos Sua aprovação. Se vivermos e agirmos pela carne, poderá o Espírito nos selar e aprovar? De modo nenhum. Se agirmos na esfera natural da alma, poderá o Espírito aprovar nossa atitude? Certamente não. Mas quando fizermos algo no espírito, o Espírito confirmará, aprovará e selará nossa ação. Portanto, devemos manter-nos sempre no espírito, o que, espontaneamente, resultará em sermos aprovados pelo Espírito.

Vestes de Justiça

A justiça na Bíblia é representada pelas vestes. Quando Adão pecou, coseu para si uma veste de folhas de figueira para cobrir sua nudez. Fez isso como uma tentativa de justificar-se. Mas sua justiça própria fracassou e não durou muito tempo, pois as folhas murcharam e sua nudez foi novamente exposta. Deus, então, para redimi-lo providenciou uma veste de pele de animais, provavelmente de um cordeiro, e o cobriu. Esta veste preparada por Deus representa Cristo como a justiça do homem.

Nós, que antes éramos pecadores, fomos escolhidos, salvos e redimidos por Deus, e pela regeneração fomos feitos Seus filhos. Fomos, então, transferidos de ambiente; saímos do império das trevas e viemos para o reino de Deus. Por um lado, somos Seus filhos qualificados para ser Seus herdeiros (Rm 8:17) e, por outro, estamos sendo preparados como virgens puras para sermos desposados por Cristo (II Co 11:2).

Para o casamento, há a necessidade de a noiva preparar-se. Somente após essa preparação estará qualificada para entrar na presença do rei. O Salmo 45: 13, 14 apresenta, em figura, alguns detalhes desse fato. Esses versículos registram a história da filha do rei no interior do palácio real com duas vestiduras: uma é recamada de ouro e outra bordada. A primeira veste, recamada de ouro, representa Cristo que se fez nossa justiça. Essa veste nós recebemos assim que O aceitamos como nosso Senhor e Salvador. Receber essa veste não exigiu de nós nenhum esforço, pois foi Cristo que a “teceu” por nós pela redenção.

Mas existe outra veste, a qual nos dá direito de entrar na presença do Rei. Essa veste é bordada, e esse trabalho, feito ponto a ponto, é de nossa responsabilidade. Cada atitude nossa, aprovada pelo Espírito Santo, é como um bordado. Assim, ponto a ponto, nossa veste de justiça estará sendo confeccionada.

Bordar as Vestes Requer Sofrimento

Ser bordado implica sofrimento. Sem dúvida, todos os homens preferem uma vida livre de sofrimentos. Todos fogem dos sofrimentos. Somos como uma criança que foge da vacina pelo simples medo da picada da agulha; porém, mais tarde, quando entende que aquela é a maneira de impedir que ela contraia uma doença, aceita a picada sem medo. Para estarmos na presença do Rei Jesus no dia da Sua vinda, temos de viver no espírito e permitir que Ele nos limpe da vida da alma por meio das provações pelas quais nos permite passar hoje: “Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo” (I Pe 1:6-7). Isso nos poupará de sofrer os mil anos de disciplina nas trevas exteriores. Para isso, temos de bordar nossas vestes, isto é, ser aprovados e selados pelo espírito em tudo o que fazemos.

Negar a Vida da Alma

O caminho para isso é único: negar a vida da alma (Mt 16:24-25). Não nos basta falar ou saber a respeito, mas é necessário praticar. Negar a vida da alma é não agir conforme nossa própria vontade nem de acordo com a nossa própria emoção ou decisão. Isso, sem dúvida, nos faz sofrer. Mas ao olharmos para o que nos espera, o reino como a recompensa que Cristo nos preparou, veremos que vale a pena negar-nos agora. Se estivermos no espírito, não sentiremos os sofrimentos que nos sobrevêm; aceitaremos as agulhadas.

Finalmente, quando esse vestido estiver totalmente bordado, entraremos com alegria na presença do Senhor Jesus, nosso Rei, em suas recâmaras, juntamente com os demais vencedores, a noiva corporativa. Portanto, hoje precisamos conduzir-nos com atos de justiça. Se não tivermos a veste bordada até aquele dia, não poderemos entrar em Sua presença. Mateus 22 menciona um lugar chamado trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes. Esse lugar está preparado para os que se apresentarem ao Senhor Jesus sem as vestes nupciais. Isso é muito sério.

Cada filho de Deus tem de bordar sua veste nupcial com responsabilidade. Estamos muito próximos do final desta era, e o milênio chegará em breve, no qual Cristo reinará com Seus vencedores. Estaremos qualificados para participar dele? A pergunta, na verdade é: queremos realmente participar? Se queremos ou não, será demonstrado pelo quanto temos permitido que nossa veste seja bordada. O Senhor ainda não voltou porque Ele é longânimo conosco, e está esperando que concluamos a confecção dessa veste. Portanto, aproveitemos o tempo que ainda nos resta e nos esforcemos para bordar nossas vestes com muita atenção e responsabilidade, para não sermos envergonhados na era vindoura e sermos atirados às trevas exteriores.

“Em roupagens bordadas conduzem-na perante o Rei; as virgens, suas companheiras que a seguem, serão trazidas à tua presença. Serão dirigidas com alegria e regozijo; entrarão no palácio do Rei” (Salmo 45:14-15). 

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A REDENÇÃO JUDICIAL

O evangelho de Deus não é uma doutrina, mas uma pessoa, Jesus Cristo nosso Senhor. Portanto, pregar o evangelho não consiste em convencer as pessoas com uma série de doutrinas e mensagens sobre Cristo, mas é apresentar-lhes o próprio Cristo para que sejam salvas. Que é a salvação? É a entrada de Cristo, o Filho de Deus, no espírito do homem.

Cristo, como o Filho Unigênito de Deus, veio à terra e tornou-se o Filho do homem para salvar a humanidade. Aqui viveu por aproximadamente trinta e três anos e meio e tudo o que Ele fez visava a nossa salvação. Primeiramente levou-nos a Deus, que é luz, tirando-nos das trevas, levando-nos a reconhecer nossos pecados e confessá-los. Levando-nos também ao arrependimento por meio de Sua Palavra para dar-nos entrada no reino dos céus. Isso se realizou em nós quando cremos Nele.

Pela fé, fomos redimidos e perdoados de nossos pecados pelo Seu precioso sangue derramado por nós na cruz e os registros dos nossos pecados foram apagados pelo Espírito Santo. Agora já não somos inimigos de Deus, mas fomos com Ele reconciliados. Cristo se fez nossa justiça e mudou-nos de posição, tirando-nos de uma condição vil e mundana para uma posição santa.

Estes são os passos da redenção judicial, cumpridos pelo Senhor Jesus. E como tudo isso se aplica a nós? Por meio da nossa fé. Crer é nossa única responsabilidade em relação a tão maravilhosa e graciosa redenção!

O Propósito da Redenção Judicial

Por que o Filho do homem teve de cumprir toda essa redenção tão complexa? Tudo isso teve de ser cumprido visando um propósito maravilhoso: regenerar o homem ao entrar em seu espírito como vida, crescer no interior do homem até levá-lo à plena maturidade, a fim de que o homem redimido possa expressá-Lo e representá-Lo no universo. Essa foi a intenção original de Deus ao criar o homem, como está revelado em Gênesis 1 e 2, e é o Seu propósito eterno, Sua economia.

Infelizmente muitos cristãos perderam essa meta ao longo dos séculos de história da fé cristã, satisfazendo-se apenas com o fato de terem sido salvos da perdição eterna. O evangelho de Deus, porém, não é tão limitado. Os passos vistos na redenção judicial são apenas o início de um processo maravilhoso que está se desenvolvendo em nós, ao qual vamos chamar de salvação orgânica. Ela inclui a regeneração, a reconciliação, a justificação, a santificação, a renovação da mente, a transformação, a conformação e, por fim, a glorificação. Todas essas fases da salvação orgânica estão ocorrendo em cada filho de Deus desde o dia em que foram alcançados pela graça da redenção. Em alguns essa salvação orgânica está ocorrendo mais rapidamente, e em outros mais lentamente, dependendo do empenho e da disposição de cada um.

Muitas pessoas estão satisfeitas com a redenção, mas não sabem claramente porque Deus as salvou. Por meio da salvação recebemos Deus, mas por que O recebemos? Seria somente para sermos salvos do lago de fogo? Seria isso suficiente para Deus e para nós? Certamente, não, pois esse não é o propósito eterno de Deus. Precisamos pensar seriamente: no momento de nossa regeneração, ganhamos a Deus, mas quantos de nós Ele tem ganho? Temos de perguntar-nos sempre: “Senhor, quanto de mim o Senhor já ganhou? Quanto tenho permitido que Tu ganhes de mim?”

Vale salientar que o processo da salvação orgânica exige nossa participação ativa e, por isso, somos co-responsáveis em seu desenvolvimento. Por ser orgânica, ela ocorre gradativamente, passo a passo. Podemos compará-la ao metabolismo que ocorre em nosso corpo. Metabolismo é um conjunto de reações internas necessárias ao organismo vivo, para a formação, desenvolvimento e renovação de suas células. Diariamente, novas células se formam, se desenvolvem e substituem as antigas. Para isso o organismo necessita da fonte de energia proveniente dos alimentos ingeridos.

Na salvação orgânica ocorre processo similar. A Palavra de Deus, como nosso alimento espiritual cheio de luz e vida, traz-nos novos elementos para a formação das “células” do novo homem e leva embora tudo o que pertence ao velho homem. É necessário que nos despojemos gradativamente das características do velho homem para que sejamos mantidos em novidade de vida, e é necessário que nos revistamos do novo homem criado segundo Deus, na justiça e santidade da verdade.

“Quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça, e retidão procedentes da verdade” (Ef 4: 22-24).

quinta-feira, 31 de março de 2011

A BASE E A ATITUDE DOS VENCEDORES

O capítulo 12 de Apocalipse fala sobre uma mulher dando à luz um filho, um filho varão. O versículo 5 diz: “Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações, com cetro de ferro”. Três vezes em Apocalipse, lemos: “reger as nações com cetro de ferro”. A primeira vez está em 2:26, 27: “Ao vencedor, e ao que guardar até o fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações, e com cetro de ferro as regerá”. Evidentemente esta passagem se refere aos vencedores na Igreja. A segunda vez nós vimos acima em Apocalipse 12:5.

A última menção desta frase está no capítulo 19, versículo 15: “Sai da sua boca uma espada afiada, para com ela ferir as nações; e ele mesmo as regerá com cetro de ferro”. Esta passagem se refere ao Senhor Jesus. A quem se refere a passagem no capítulo 12? Deve referir-se aos vencedores na Igreja. Os vencedores se diferem da Igreja, mas eles estão incluídos na Igreja.

O Arrebatamento do Filho Varão

O versículo 5 do capítulo 12 nos diz também: “E o seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono”. O significado da palavra “arrebatado” nesse texto é diferente da palavra arrebatado em I Tessalonicenses 4. Lá diz que serão arrebatados entre nuvens, enquanto aqui diz que foi arrebatado para o trono de Deus. Por que o filho varão foi arrebatado ao trono? Porque já havia alguém no trono. O “Cabeça” da Igreja está no trono. O propósito de Deus não é ter apenas um homem no trono, mas muitos homens no trono. Seu desejo original era ter um grupo de homens no trono para exercer Sua autoridade. Deus deseja que Cristo e a Igreja, juntos, cumpram Seu propósito.

Contudo, a maioria das pessoas na Igreja, naquele tempo, não estará capacitada a alcançar o trono. Somente uma minoria, chamada os vencedores, pode ir ao trono de Deus. Porque eles alcançaram o propósito de Deus, serão arrebatados ao trono.

Duas coisas acontecem imediatamente após o filho varão ser arrebatado: “E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias. E houve batalha no céu. Miguel e os seus anjos batalharam contra o dragão e os seus anjos” (vs. 6 e 7). Observe a palavra “e” que é usada duas vezes imediatamente após o filho varão ser arrebatado, no versículo 5. No versículo 6: “E a mulher fugiu para o deserto”. Então no versículo 7: “E houve batalha no céu”. Vemos através disso que tanto a fuga da mulher para o deserto com a peleja no céu são conseqüências do fato de o filho varão ter sido arrebatado.

Olhemos para a batalha no céu. Primeiro, há Miguel, cujo nome significa “Quem é como Deus?” Essa é uma excelente questão. A intenção de Satanás era ser igual a Deus, mas Miguel pergunta: “Quem é igual a Deus?” Satanás não apenas deseja ser igual a Deus, mas ele também tentou o homem para ser igual a Deus. Mas a pergunta de Miguel: “Quem é igual a Deus?” abala o poder de Satanás. Parece que Miguel está dizendo a Satanás: “Você quer ser igual a Deus? Você nunca o será!” Isso é o que o nome Miguel nos revela.

Imediatamente após o filho varão ser arrebatado, há peleja no céu. Em outras palavras, a causa da peleja no céu é devida ao arrebatamento do filho varão. Disso deduzimos que essa não é somente uma questão de alguns indivíduos sendo arrebatados, mas mais que isso, seu arrebatamento é para pôr fim à peleja que já dura por séculos e gerações. A velha serpente, o inimigo de Deus, tem lutado contra Deus por muitos milhares de anos. Quando essa peleja acontece no céu, Miguel e seus anjos primeiro lutam contra o dragão, que é aquela antiga serpente. Outrora, ele era uma serpente, mas agora foi mudado na forma de dragão. Ele tem aumentado continuamente seu poder. Contudo, uma vez que o filho varão foi arrebatado, o dragão não apenas está incapacitado de expandir-se, mas ele é lançado do céu.

Esse é o resultado da luta entre Miguel e seus anjos e o dragão e seus anjos decaídos: “Todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra e, com ele, os seus anjos”. O resultado dessa batalha é a derrota do dragão. Não mais houve lugar no céu para ele; todos eles foram lançados na terra.

Na cruz, a morte do senhor Jesus já tratou a posição que Satanás ganhou por causa da queda do homem. Em outras palavras, a redenção destruiu a posição legal de Satanás. Agora, o trabalho da Igreja é executar no Reino de Deus o que o Senhor Jesus cumpriu na redenção e, assim terminar completamente a destituição de Satanás.  A redenção é a solução de Cristo para a queda; o Reino é a solução da Igreja para a queda. O trabalho de julgar foi de Cristo, enquanto a tarefa de executar esse julgamento está na igreja. Satanás já foi julgado pela redenção; agora ele está sendo punido pelo Reino.

Após o dragão e seus anjos serem lançados do céu, é dito no versículo 10: “Então ouvi grande voz do céu proclamando: Agora veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo”. Isso é o reino. Quando Satanás for lançado e seus anjos lançados com ele e quando não mais houver lugar no céu para eles, esta é a salvação, e o poder, e o Reino de nosso Deus e a autoridade do Seu Cristo. Aqui vemos o cumprimento vitorioso do fato.

Ora, vem Senhor Jesus !

segunda-feira, 28 de março de 2011

AS PROMESSAS E OS FATOS DE DEUS

Na Palavra de Deus há algumas passagens que falam das responsabilidades que Deus exige do homem, e outras que falam da graça que lhe concede. Em outras palavras, há passagens que falam dos requisitos de Deus, e aquelas que falam da Sua graça. Por exemplo, há muitos mandamentos, leis e ensinamentos que são indicações de que Deus quer que o homem assuma responsabilidades. São os requisitos de Deus para o homem.

Por outro lado, há as bênçãos espirituais nos lugares celestiais: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de benção espiritual nas regiões celestiais em Cristo” (Ef 1:3). E a herança que é incorruptível, incontaminada, que não se desvanece, reservada nos céus para nós (I Pe 1:4). Essas são as coisas que Deus tem prazer em nos dar e que Ele cumpriu para nós; é a graça que Deus nos outorgou.

A Palavra de Deus, no aspecto da graça, pode ser resumida em três categorias: 1) as promessas de Deus para nós; 2) os fatos que Deus realizou por nós; e 3) as alianças que Deus fez com o homem, e que Ele mesmo vai, definitivamente, cumprir.

AS PROMESSAS DE DEUS

Agora vejamos o que se entende por promessas de Deus. Uma promessa é diferente de um fato. Promessa está relacionada com o futuro, ao passo que o fato está relacionado com o passado. Promessa é algo a ser feito, enquanto fato é algo já realizado. Promessa significa que Deus fará algo para o homem, enquanto fato significa que Deus já fez algo por ele. Na promessa pode haver condições. Se acatarmos as condições, receberemos o que foi prometido. Fatos não exigem nossa súplica; somente precisamos ver que são fatos e crer neles como tais.

Alguns exemplos ajudarão a mostrar com maior clareza as diferenças entre promessa e fato. Lembremos do que Jesus disse aos seus discípulos: “Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei” (Jo 16:7). Essa é uma promessa. Essa promessa tornou-se fato no dia da ressurreição do Senhor, quando Ele soprou nos discípulos e lhes disse: “Recebei o Espírito Santo” (Jo 20:19-22).

Novamente, o Senhor Jesus disse aos seus discípulos: “Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24:49). Essa é uma promessa! No dia de Pentecostes, o Espírito Santo veio sobre eles (At 2:1-4). Naquela época, a promessa tornou-se fato. Entretanto, era condicional: os discípulos tinham de permanecer na cidade.

Princípios acerca das Promessas de Deus

A Palavra de Deus nos mostra muitos princípios acerca de Suas promessas. Aqui estão alguns exemplos:

1)                  “Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra” (Ef 6:2-3). Essa promessa é condicional. Se uma pessoa não cumprir a condição mencionada aqui, não receberá a benção prometida de bem-estar e vida longa.

2)                 A promessa requer oração para ser cumprida: “Agora, pois, ó Senhor Deus, cumpra-se a tua promessa feita a Davi, meu pai” (II Cr 1:9). Isso significa que precisamos pedir a Deus que cumpra Sua promessa.

3)                 Se um homem é infiel para com a promessa de Deus e não cumpre as condições que a seguem, ela poderá ser revogada. Por exemplo: de todos os filhos de Israel que saíram do Egito, somente Calebe e Josué entraram em Canaã. O restante pereceu no deserto (Nm 26:65).

4)                Se um homem age pela força da carne ou acrescenta algo à promessa de Deus, é possível que ela se torne de nenhum efeito (Rm 4:13-14).

5)                 Precisamos perseverar até um determinado tempo, e então obteremos o que Deus prometeu: “Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis o que Deus prometeu” (Hb 10:36).


Como a Promessa de Deus É Cumprida em Nós

Toda vez que vemos uma promessa na Palavra de Deus, precisamos realmente orar. Precisamos orar até sentirmos profundamente que essa promessa é direcionada por Deus para nós. Se a promessa tiver certas condições, precisamos cumpri-las. Então chegaremos a Deus por meio de oração e Lhe pediremos que aja de acordo com a Sua fidelidade e justiça, e cumpra Sua promessa em nós. Quando tivermos orado a ponto de sentir a fé surgir em nosso coração, não precisamos mais orar. Pode começar a louvar e agradecer a Deus, pois logo veremos a promessa sendo cumprida em nossas vidas.

Por isso, acerca das promessas de Deus, precisamos louvá-Lo porque elas não irão desvanecer-se; cada palavra será cumprida. Embora os céus e a terra possam ser consumidos e as montanhas e montes caiam, aquele que crê no Senhor verá Suas palavras cumpridas.

OS FATOS DE DEUS

Embora não possamos encontrar a palavra “FATOS” nas Escrituras, ainda assim, na obra de Deus encontramos muitos fatos cumpridos. Em outras palavras, “fatos” são a obra de Deus que já foi cumprida. Deus jamais nos pedirá que façamos qualquer coisa a fim de obter Seus fatos. Tudo que Ele exige é que simplesmente creiamos. O que Deus realizou e o que já nos deu, em Cristo, jamais pode ser adiado para alguma época futura. Se houver demora, isso será uma contradição ao fato.

Considere este exemplo: Em Efésios 2:4-6, lemos: “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo – pela graça sois salvos, e, juntamente com Cristo, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus”. As coisas mencionadas aqui são promessas ou fatos de Deus? A Palavra de Deus nos diz que tudo isso são fatos. Foi Deus quem nos deu vida, nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais com Cristo. Tudo isso são fatos cumpridos. Uma vez que isso é assim, devemos louvar e agradecer a Deus.

Nossa atitude deve indicar que já ressuscitamos, já nos assentamos nas regiões celestiais juntamente com Cristo. Tudo isso são fatos cumpridos. Não precisamos pedir, somente precisamos reivindicar. Esse fato glorioso que Cristo consumou, já nos foi dado por Deus em Cristo! Por isso, o que é necessário não é que peçamos a Deus que faça algo, mas creiamos no que Deus já fez. Esse grande princípio na vida espiritual precisa ser lembrado.

quinta-feira, 24 de março de 2011

O TRIBUNAL DE CRISTO

A Bíblia nos revela que a segunda vinda de Cristo ocorrerá em duas fases, sendo que, na primeira o Senhor não irá pisar na terra, mas sim irá ao encontro da Sua noiva, a Igreja, a qual será arrebatada e irá imediatamente para um lugar onde será realizado “o Tribunal de Cristo”. (Rm 14:10 ; II Co 5:10 ; Ap 22:12 ; I Pe 4:17).

Alguém poderá perguntar: Mas por que Jesus vem buscar a Sua Noiva e a primeira coisa que faz é levá-la ao tribunal? A resposta a essa pergunta é que temos um Deus justo e maravilhosamente bom. Este tribunal, ou este julgamento, não será para condenar ninguém, mas antes para galardoar aqueles que se envolveram na Obra de Deus.

O crente salvo já foi julgado como pecador em Cristo. Aconteceu no passado, no Calvário, quando Jesus morreu por nós. Quando Deus nos deu a salvação pela graça, Ele o fez baseado na justiça. Jesus foi julgado e condenado por todos nós pecadores e foi por isso que Deus pode dar perdão sem cometer injustiça.

O crente é julgado como filho durante sua vida física. Depois, no Tribunal de Cristo, o crente é julgado como servo, tendo em conta o serviço feito para Deus. Não é um julgamento para dar salvação a quem merece, mas dar galardão a quem trabalhou e fez a vontade de Deus na terra. Nossa salvação foi ganha pelo Senhor Jesus Cristo, mas Deus quer recompensar os Seus servos, pois Ele não ficará devendo coisa alguma àqueles que o serve.

Naturalmente que o nosso Deus é Santo e Justo. Justiça e santidade são componentes da essência e natureza de Deus. Por isso, a justiça será aplicada a todos os homens tanto aos maus como aos bons. A Bíblia nos conta uma parábola sobre talentos em Mateus 25:14-19, por isso temos que fazer os talentos renderem para não sermos considerados como sevos maus e negligentes.

Jesus irá recompensar aqueles que se esforçaram na Sua obra, colocando os talentos para funcionar, contribuindo desta maneira para que outros possam conhecer a graça de Deus. A justiça começará pelos escolhidos de Deus, pelos salvos. Os galardões serão distribuídos antes dos cristãos entrarem nas Bodas do Cordeiro.

Fiquemos firmes, confiantes e envolvidos com a vontade de Deus no trabalho do Senhor, pois: “todos nós devemos comparecer ante o tribunal de Cristo” (II Co 5:10) e “cada um dará conta de si mesmo a Deus” (Rm 14:12).

segunda-feira, 21 de março de 2011

O SIGNIFICADO DE UMA ALIANÇA

Por que Deus faria aliança com o homem? Para compreender isso, precisamos começar com o primeiro exemplo de aliança entre Deus e o homem. Rigorosamente falando, no Antigo Testamento, o primeiro exemplo foi na época de Noé. Antes disso, Deus nunca fizera qualquer aliança com o homem. Por isso sabemos que a aliança que Deus fez com Noé foi a primeira.

Pela aliança com Noé, podemos verificar que o propósito de Deus é fazer o homem entender a Sua intenção. Na época de Noé, a raça humana cometia pecados ao extremo e, por isso, Deus tencionava destruir o homem pelo dilúvio; mas com essa intenção, Ele lembrou-se da família de Noé e também das muitas criaturas que Ele havia criado. Ele queria preservar a vida delas.

Por isso, fez aliança com Noé dizendo: “Contigo, porém, estabelecerei a minha aliança; entrarás na arca, tu e teus filhos, e tua mulher, e as mulheres de teus filhos. De tudo o que vive, de toda carne, dois de cada espécie, macho e fêmea, farás entrar na arca, para os conservares vivos contigo” (Gn 6: 18-19). Deus queria preservar a vida das suas criaturas e até pensou no sustento delas. Essa aliança mostra o amor de Deus para com o homem. Mas por que, amando o homem, Deus teria que tomar uma atitude tão radical? A resposta está em Gênesis 6:5-6: “Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era mau todo desígnio do seu coração; então, se arrependeu o Senhor de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração”. Vemos aqui como era realmente o coração de Deus.

Sem dúvida, o dilúvio deve ter causado uma impressão terrificante no homem. Hoje diríamos que o homem ficou traumatizado. Por isso, o desejo de Deus era mudar essa má impressão e mostrar ao homem a Sua verdadeira intenção. Ele não desejava destruir toda a raça humana que criara; Ele queria consolá-los. Ele queria que eles conhecessem a intenção do Seu coração. A forma encontrada pelo Senhor foi fazer com eles uma aliança.

Disse Deus a Noé e a seus filhos: Eis que estabeleço a minha aliança convosco, e com a vossa descendência, e com todos os seres viventes que estão convosco: as aves, os animais domésticos e os animais selváticos que saíram da arca, assim como todos os animais da terra. Estabeleço a minha aliança convosco: não será mais destruída toda carne por águas de dilúvio, nem mais haverá dilúvio para destruir a terra.

Disse Deus: Este é o sinal da minha aliança que faço entre mim e vós e entre todos os seres viventes que estão convosco, para perpétuas gerações: “Porei nas nuvens o meu arco; será por sinal da aliança entre mim e a terra. Sucederá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, e nelas aparecer o arco, então, me lembrarei da minha aliança, firmada entre mim e vós e todos os seres viventes de toda carne; e as águas não mais se tornarão em dilúvio ... Disse Deus a Noé: Este é o sinal da aliança, estabelecida entre mim e toda carne sobre a terra” (Gn 9:8-17).

Nessa aliança, Deus disse repetidamente que jamais haveria outro dilúvio. A fim de assegurar à família de Noé que não havia mais necessidade de temor, essa aliança foi dada para que pudessem se apegar às palavras d’Ele e nelas descansar. Após analisar essa aliança de Deus com Noé, vamos procurar entender qual é o sentido de uma aliança.

Uma aliança tem de ser executada rigorosamente de acordo com a fidelidade, justiça e lei. Se fizermos aliança com alguém, registrando claramente, por escrito, como vamos agir e, contudo não a cumprimos, isso quer dizer que nós invalidamos nossas palavras, tornamo-nos infiéis, injustos e desonestos. O nosso nível moral é imediatamente rebaixado. Além disso, a quebra de uma aliança normalmente é punida por lei.

Vemos com isso que Deus, ao fazer aliança com o homem, pôs a Si mesmo numa posição restrita, ou seja, a partir desse momento, Ele terá de cumprir o que foi claramente escrito. Se Deus não cumprir a aliança que fez com o homem, Ele se torna infiel e injusto. Ele precisa agir de acordo com a justiça. Nós podemos ficar tranqüilos. Deus jamais irá descumprir os seus acordos.

Veja o que Deus disse ao rei Davi: “Mas jamais retirarei dele a minha bondade, nem desmentirei a minha fidelidade. Não violarei a minha aliança nem modificarei o que os meus lábios proferiram. Uma vez que jurei por minha santidade (e serei eu falso a Davi?): A sua posteridade durará para sempre, e o seu trono, como o sol perante mim” (Sl 89:30-36). Que maravilha! Eis uma aliança que garante o que nós estamos aguardando com muita esperança: um dia, em breve, o Senhor irá restaurar o trono de Davi. A raiz de Davi, o Senhor Jesus Cristo, irá reinar sobre a terra. Tudo porque o Senhor não poderia desistir da aliança que fizera com Davi.

quinta-feira, 17 de março de 2011

APRENDER A SERVIR A DEUS NO ESPÍRITO

Vimos, anteriormente, a diferença entre o sacerdócio santo e o sacerdócio real. O sacerdócio santo é um grupo de pessoas que servem, que foram separadas do sistema satânico do mundo para o serviço de Deus. O sacerdócio real é um grupo de pessoas que gastam tempo na presença do Senhor, que foram ungidas e comissionadas com autoridade celestial, e assim ministram às pessoas como sacerdotes reais.

Agora chegamos a um ponto crucial, isto é, precisamos aprender a servir no espírito. Romanos 7:6 diz: “Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra”. Precisamos aprender a servir no espírito – não na lei, não em doutrina, mas no espírito.

A Segunda Epístola aos Coríntios 3:6 mostra que o serviço do Novo Testamento é uma questão relacionada ao espírito, não à letra: “o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica”. Tememos que muitos cristãos simplesmente não saibam o que significa servir no espírito. Antes de sermos salvos, estávamos mortos em nosso espírito. Por um lado, estávamos muito ativos na mente e na emoção; todavia estávamos mortos no espírito. Mas, graças ao Senhor, quando fomos salvos, Ele regenerou nosso espírito e o fez vivo. Desde aquela hora, precisamos aprender a viver, a caminhar e a agir no espírito, não na mente nem na alma.

Precisamos aprender não apenas a andar e a viver no espírito, mas também, a servir no espírito e a servir em novidade de espírito. Trata-se de algo prático, não doutrinário ou teórico. Não estamos falando do Espírito Santo, mas do nosso espírito renovado no qual o Espírito Santo habita. Nosso espírito foi renovado e o Espírito de Deus está agora habitando nesse espírito vivificado e renovado. Por isso, nosso espírito agora é um forte componente de nosso ser. Muitas vezes, por não termos o ensinamento adequado, simplesmente não percebemos a utilidade desse espírito renovado. No entanto, devemos ter alguma percepção por causa de todas as palavras no ministério a respeito desse assunto.

Porque o Espírito Santo está agora habitando em nosso espírito, precisamos viver no espírito e também aprender a servir no espírito.

ESCOLHER UM HINO NO ESPÍRITO

Suponha que você seja encarregado do louvor e por isso tenha de escolher um hino para uma reunião. Há duas maneiras de se escolher um hino – a da letra e a do espírito. Suponha que no domingo tenhamos um culto à maneira da letra, e que você esteja preocupado em saber sobre qual assunto o pregador irá falar para que possa escolher os hinos que devem ser cantados, talvez dois ou três, e então você os prepara e espera os irmãos chegarem. Essa é a maneira da letra. Você estará agindo apenas segundo a letra. Mas a maneira da letra é uma maneira de morte.

Então, qual é a outra maneira para se escolher um hino? Há uma maneira que não é segundo a sua mente, seu raciocínio, mas segundo o sentimento interior de seu espírito. Você precisará exercitar-se para perceber o sentimento interior do espírito. Se não houver uma confirmação em seu espírito, por determinado cântico, você não deve escolhê-lo. Quando tiver um hino adequado, você sentirá mediante o sentimento íntimo de seu espírito.

MINISTRAR UMA PALAVRA NO ESPÍRITO

Precisamos aprender a não agir ou servir segundo o conhecimento, mas devemos agir e servir segundo o sentimento mais interior. Suponha que você vá dar uma mensagem numa reunião. Você precisa aprender a lição de não falar apenas de acordo com o seu conhecimento. Não é muito fácil depender inteiramente do espírito para pregar. Nossa inclinação é falar ou pregar sobre assuntos conhecidos ou mesmo uma mensagem que está anotada em nosso caderno de mensagens.

Muitos pregadores gostam de preparar o sermão com bastante antecedência o que possibilita que eles pratiquem e releiam várias vezes até estarem bastante seguros. Essa maneira de pregar é totalmente da letra. É algo morto, segundo a Palavra de Deus, porque a letra mata, mas o espírito vivifica. O verdadeiro modo de pregar segundo o espírito é quando desenvolvermos uma total confiança em Deus de tal forma que, mesmo que você não saiba o que falar no culto, você tem fé e sabe que o Senhor te dará a mensagem.

A mensagem pode vir a você até mesmo no momento em que os últimos acordes do cântico estejam ecoando. Pode ser que você tenha um sentimento a respeito de um versículo, um capítulo ou mesmo um livro da Bíblia. Se você estiver sintonizado e confiante, palavra por palavra, frase por frase, a mensagem fluirá, não segundo a mente, mas segundo a unção. Isso é maravilhoso e isso é poderoso!

‘’ORAR NO ESPÍRITO

Da mesma forma há duas maneiras de orar na reunião. Uma é orar segundo o conhecimento, segundo uma rotina, muito semelhante a ir ao escritório fazer um trabalho rotineiro. Mas precisamos esquecer todos as coisas da rotina, todas as coisas do conhecimento e todas as coisas da letra. Quando nos reunimos para orar, precisamos exercitar nosso espírito para sentir a unção interior.

segunda-feira, 14 de março de 2011

O SERVIÇO DO SACERDÓCIO SANTO

Na vida cristã há sempre dois aspectos: o aspecto da vida e o aspecto do serviço. Como filhos de Deus, precisamos de uma vida espiritual adequada e precisamos do serviço espiritual adequado. Tal serviço espiritual é apresentado como o sacerdócio em 1ª Pedro 2:5: “Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo”.

O sacerdócio santo nesse versículo é a casa espiritual edificada com os santos. O versículo 9 da mesma carta continua a falar sobre o tema e diz: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”. Essas três questões são cruciais: a casa espiritual, o sacerdócio santo e o sacerdócio real.

Em Mateus 25, o Senhor Jesus apresentou duas parábolas, a parábola das dez virgens, que trata da vida cristã, e a parábola dos talentos, que está relacionada ao nosso serviço. No que se refere à nossa vida, devemos ser como as virgens com o testemunho da luz nas mãos para irmos ao encontro do Noivo. Isso é nossa vida, o aspecto da vida. Precisamos do óleo e precisamos do testemunho da luz. Precisamos sair desse mundo, esperar pela volta do Senhor e prosseguir para encontrá-lo em Sua volta. Essa é, em resumo, a vida cristã.

Imediatamente após essa parábola, o Senhor falou a parábola dos talentos, que está relacionada com o nosso serviço. Precisamos usar o talento, o dom que o Senhor nos deu, para fazer algum negócio e para fazer algo proveitoso para o Senhor. Precisamos crescer em nossa vida no Corpo com o óleo, com a luz e com o desejo de sair do mundo e ir ao encontro do Senhor em Sua volta. Também precisamos exercitar de maneira adequada o que o Senhor nos deu como um dom, como um talento.

SACERDOTES SANTOS E SACERDOTES REAIS

Nos Tipos do Antigo Testamento há duas ordens diferentes de sacerdotes: a ordem de Arão e a ordem de Melquisedeque. A ordem de Arão é a ordem santa. Ser santo é ser separado das coisas comuns, das coisas mundanas, para o Senhor. A ordem santa é uma ordem separada do mundo para o uso do Senhor. Ser separado para Deus é ser santo para Deus. Essa é a característica da ordem santa, o sacerdócio santo.

A ordem de Melquisedeque é a ordem real. Melquisedeque foi um rei e foi um sacerdote real. Por isso é que, por um lado, somos filhos de Arão, os sacerdotes santos separados do mundo para o Senhor; por outro, somos Melquisedeques, os sacerdotes reais.

Deixe-nos ilustrar da seguinte maneira. Suponha que a igreja onde congregamos vá realizar uma campanha evangelística para a pregação do evangelho. Antes de mais nada, precisamos ser edificados juntos como um corpo; devemos estar formados como um exército. Assim todos devemos ser separados do mundo para o Senhor. Todos precisamos ir ao Senhor e orar por algum tempo, como aqueles cento e vinte cristãos em Atos que oraram por dez dias. Eles se separaram das coisas mundanas e ficaram com o Senhor por dez dias. Como resultado, todos eles foram enchidos com o Senhor. Naquele momento, eles eram os sacerdotes santos. Após aquela experiência maravilhosa com o derramamento do Espírito Santo, eles saíram e foram às pessoas para dizer-lhes que Jesus é o Senhor, o Salvador. Isso eles o fizeram com realeza. Quando foram ao Senhor, eles eram santos. Quando vieram da presença do Senhor com a autoridade celestial, eles eram reis.

Quando nós, como um Corpo, formos ao Senhor e orarmos diante Dele, seremos sacerdotes santos. Após muita oração, nós seremos cheios da Sua presença e da Sua autoridade. Então sairemos como sacerdotes reais com a autoridade celestial para dizer às pessoas algo sobre o nosso Senhor. O que sai de nós não é meramente pregação da Palavra, do evangelho, mas pregação do evangelho do reino, com autoridade real, celestial. Vamos às pessoas, servindo-as, até mesmo ministrando o Senhor Jesus a elas.

Os sacerdotes segundo a ordem de Arão sempre trazem o necessário ao povo de Deus. Eles são santos. Mas um sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque traz algo de Deus para suprir os outros, para satisfazer a necessidade dos outros. Isso é sacerdócio real.

Resumindo o que vimos anteriormente, queremos lembrar a todos que, primeiramente há a necessidade de coordenação, de separação e de autoridade celestial. Necessitamos da coordenação do Corpo, precisamos que os sacerdotes santos separem-se do mundo para o Senhor e precisamos de autoridade celestial. Para termos o verdadeiro serviço da igreja, essas três coisas são vitais.

Se você tem o chamado de Deus para ministrar a Palavra à igreja, precisa primeiro verificar se tem sido edificado na realidade do Corpo e se estás em coordenação. Se não estiver, é como se você fosse um membro desconectado. Como, então, poderia funcionar. Por isso, você precisa verificar se estás separado para o Senhor e também se tem gasto tempo suficiente na presença do Senhor para orar. Sem isso, não estará qualificado para servir, porque você não é um sacerdote santo.   

Então, verifique o terceiro item: você tem a autoridade, a autoridade celestial? Tem, de fato, algo comissionado a você pelo Senhor? Se tem, você ministrará ao povo de Deus não somente pela palavra, mas pela autoridade. Todas as vezes que ministrar ou tudo o que você ministrar terá peso. A mensagem, a palavra e o ministrar, serão fortalecidos porque há a autoridade celestial do sacerdote real.

“A coordenação, a separação e a autoridade – essas três são as qualificações, o equipamento de que precisamos para ministrar!