quarta-feira, 19 de maio de 2010

A VIDA PELA FÉ

Hoje veremos como Cristo pode ser nossa vida de maneira prática e verdadeira. Para que possamos conhecer ao Senhor e ter contato com Ele, Deus, em determinado tempo, encarnou-se a fim de se tornar um homem. Por meio deste homem, percebemos como Deus é. Esse homem é ninguém mais que Jesus de Nazaré. Ele é Deus revestido de humanidade.

Fisicamente falando, o corpo de Jesus não era diferente do nosso. Mas a vida em Seu interior era de outra categoria totalmente diferente. Sua vida é puramente a vida de Deus; ela tem as características de Deus. Agora, o que Deus dá aos que estão em Cristo nada mais é que essa mesma vida corporificada em Jesus de Nazaré.

Entretanto, quando Jesus andava nesta terra, essa vida que Ele possuía ainda não podia ser transmitida a nós. Uma das razões para isso é que Sua vida estava limitada pelo tempo e pelo espaço; estava confinada a Ele mesmo. Ela não podia entrar nos crentes para ser a nova fonte da sua existência. Por essa causa, Cristo tinha de morrer na carne. Quando Ele morreu, o jugo da carne foi quebrado e Sua vida foi liberada.

Em João 12:24 o Senhor disse: “Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, produz muito fruto”. O Senhor comparou-se a um grão de trigo, em cuja semente há vida corporificada. Quando o grão de trigo cai na terra e morre, a vida em seu interior é liberada e muito fruto é produzido.

O objetivo da morte de Jesus não é somente dar a nós o perdão dos pecados, pois ao recebermos esse perdão somos simplesmente restaurados de volta ao estado antes da queda de Adão. Ele, então, ainda era um homem, e sua vida era meramente uma vida humana em um nível adequado. O que Deus deseja é muito mais do que isso. Deus quer dar-nos Seu Filho unigênito para que possamos receber vida eterna. Esse é o ponto máximo da salvação de Deus.

Deus está nos dando o que Adão nunca recebeu. Mesmo que ele não tivesse pecado, ele ainda seria meramente um ser humano; não teria nenhum relacionamento com a vida de Deus. Mas nós herdamos, em Cristo, algo muito mais excelente. Além da vida humana, temos uma nova vida adicional, uma vida da parte de Deus, que é o próprio Filho de Deus. Isso é a vida eterna.

Qual o significado da vida eterna? Simplesmente significa uma vida de eternidade. A vida do homem é transitória; ela não sobreviverá na eternidade. Somente a vida do Filho de Deus é que pode subsistir ali. Se pusermos nossas próprias vidas na eternidade, iremos murchar imediatamente. Não subsistiremos! A vida humana somente pode conduzir o homem por uma existência temporária nessa terra, mas não pode fazê-lo por toda a eternidade. Somente uma vida eterna pode sobreviver na eternidade.

A primeira Epístola de João 5:11-12 diz: “E o testemunho é este, que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no Seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida”. Aqui nos é dito que essa vida eterna está no Filho. Ela não é encontrada em nenhum outro lugar. Quem não tem essa vida do Filho de Deus é meramente humano; pode existir apenas na terra, mas não pode sobreviver na eternidade, pois não tem aquela vida que o qualifica para a eternidade.

João 5:13 continua: “Escrevi-lhes estas coisas, a vocês que crêem no nome do Filho de Deus, para que vocês saibam que têm a vida eterna”. Ele se tornou a nossa vida. Somos um novo homem; temos um novo começo e podemos viver uma nova maneira de vida. Tudo isso são obras de Deus realizadas em Cristo.

O homem nada pode fazer a esse respeito a não ser; crer e aceitar. Somente a religião comum é que pede que o homem melhore, trabalhe e mortifique-se. Mas Cristo está aqui para ser nossa vida. Aceitar a obra interior do Filho de Deus é sem dúvida muito melhor que os nossos próprios esforços.

Como obter essa vida? É muito simples. Deus deu e nós a recebemos; isso é tudo. Simplesmente receba e aceite, sem dúvida ou temor, aquilo que Deus deu. Quanto mais simples for, melhor.

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