quinta-feira, 1 de março de 2012

VOCÊ TEM FOME DE JESUS CRISTO?


Há certas questões urgentes que todo cristão deve responder com total sinceridade. Você tem fome de Jesus Cristo? Você anseia passar um tempo sozinho com Ele em oração? Ele é a pessoa mais importante em sua vida? Ele preenche sua alma como uma canção alegre? Ele está em seus lábios como um grito de louvor? Ou Ele está sufocado por distrações, anulado pelo orgulho? Você consulta Suas memórias, Seu Testamento, para aprender mais sobre Ele? Você tem sede da água viva do Seu Espírito Santo? Você está se esforçando para morrer diariamente para qualquer coisa que iniba, diminua ou ameace sua amizade com Ele?

Para verificar onde você realmente está com o Senhor, recorde o que o entristeceu no último mês. Foi a consciência de que você não ama Jesus o suficiente? De que você não buscou a Sua face em oração com a freqüência necessária? Ou você ficou abatido por causa de uma falta de respeito, de uma crítica de uma figura de autoridade ou em razão de suas finanças, da falta de amigos, de medos sobre o futuro ou pelo aumento de peso?

De modo inverso, o que o alegrou no último mês? Uma reflexão sobre a importância de sua eleição para a comunidade cristã? A alegria de poder dizer suavemente: “Aba, Pai”? A tarde em que você se retirou durante duas horas, levando só o evangelho como seu companheiro? Uma pequena vitória sobre o egoísmo? Ou as fontes de sua alegria foram um carro novo, uma roupa de grife, um grande evento, o sexo, um aumento salarial ou a perda de meio quilo em seu peso?

Quando todos os cristãos se rendem ao mistério do fogo do Espírito que queima por dentro; quando nos submetemos à verdade salvadora de que alcançamos vida somente através da morte, assim como nos voltamos para a luz somente através das trevas; quando reconhecemos que o grão de trigo deve se enterrar no chão e morrer, assim como Jonas deve ser sepultado na barriga do grande peixe e o jarro de alabastro do “eu” deve ser quebrado para que os outros percebam a doce fragrância de Cristo; quando respondemos ao chamado de Jesus “vinde a mim”, então o poder ilimitado do Espírito Santo será liberado com surpreendente força na igreja e no mundo.

Mas isso só acontecerá se nos apartarmos da vida que estamos acostumados a viver, uma vida regida por nossos desejos de segurança, prazer e poder. São esses desejos que nos impedem de reconhecer a verdade de nossa necessidade da misericórdia de Deus. São esses desejos que nos impedem de tirar os resíduos embaraçadores de nossa vida sem Deus e nos obstruem a transparência.

SEGURANÇA

Em um sentido muito óbvio, o culto à segurança inclui os crentes que com freqüência adoram mais no altar do sucesso do que no altar do Deus vivo, que se curvam mais regularmente às vacas sagradas da segurança e do conforto do que ao domínio soberano de Jesus Cristo. A síndrome da segurança é facilmente reconhecível quando o assunto é dinheiro. Uma pessoa pode se sentir segura com apenas dez reais aqui e agora. Outra pessoa pode se sentir insegura com 100 mil reais no banco. A quantia não importa. O tipo de segurança que buscamos (financeira, de relacionamento, profissional) não tem importância. O que importa é a quantidade de tempo, energia, pensamento e atenção que investimos na desgastante luta para alcançar as condições que acreditamos ser indispensáveis para nos sentirmos seguros.

Os detalhes de nossas listas de compra são bastante arbitrários, mas o desejo de segurança é muito exigente e afasta nossa mente do chamado superior para que nossos pensamentos e nosso coração sejam habitados por Cristo Jesus. O Senhor passou pelo mundo como uma figura de luz e verdade, às vezes terno, às vezes bravo, sempre justo, amoroso e eficaz, mas nunca inseguro. Uma palavra, um gesto, umas poucas sílabas traçadas na areia, uma ordem como “venham, sigam-me!” e destinos foram mudados, espíritos renascidos. Ele conversou com samaritanos, prostitutas e crianças e lhes falou da verdade, da misericórdia e do perdão, sem nunca apresentar sequer um traço de insegurança a obscurecer seu semblante. Passando seu tempo com aqueles que eram desaprovados por todos, ele nunca vacilou em seu desejo de lhes oferecer seu reino.

Quando nos apegamos a um miserável sentimento de segurança, a possibilidade de transparência torna-se totalmente nula. Da mesma maneira que o amanhecer da fé exige o pôr do sol de nossa anterior incredulidade, de nossas falsas idéias e convicções equivocadas e circunscritas, assim também o amanhecer da crença exige o abandono de nossa ânsia pelas garantias materiais e espirituais. A segurança no Senhor Jesus implica o fim de nossos cálculos e estimativas de custo.

Viver na dependência da “segurança” derrota a alegre confiança na sabedoria e no amor de Deus, prejudica as relações interpessoais, impede a contínua renovação da comunidade e a união cristã e põe em desvantagem o cristão sério que busca atingir a mente de Cristo Jesus.  

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