segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Entrar pela porta e algo mais

Portanto, tornou Jesus a dizer: “Em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas” (João 10: 7).


O estilo de ensinar usado por Jesus em seu ministério era caracterizado por ilustrar as verdades do Reino comparando-as com símbolos ou coisas que faziam parte da realidade cotidiana das pessoas que ele queria ensinar. Isso permitia uma melhor compreensão. Esse era o objetivo: Que todos compreendessem.


A porta das ovelhas era uma estrutura por demais conhecida dos judeus, pois quem conhecia Jerusalém tinha na mente a imagem de centenas de ovelhas voltando dos campos, ao cair da tarde, tangidas pelos pastores e buscando sofregamente a segurança dos muros da cidade. Ali estariam abrigadas durante a noite e não seriam molestadas pelos predadores. Elas descansavam ouvindo o som do cajado bater nas pedras do aprisco.  


“Porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam” (Salmos 23).
Entrar pela porta das ovelhas era a salvação e a diferença entre a vida e a morte. 
Temos a noção de salvação profundamente influenciada por essa imagem bucólica de ovelhas descansando no aprisco do bom pastor e isso tem nos consolado nas inúmeras circunstâncias da vida. Porém é preciso dizer que a porta não é o alvo é apenas a entrada.


“Eu sou a porta. Todo aquele que entrar por mim, salvar-se-á. Entrará e sairá, e achará pastagens” (João 10: 9).


Uma porta é um portal através do qual nós passamos de um lugar a outro. Jesus é a porta através da qual nós passamos da morte para a vida, das trevas para a luz, da culpa para o perdão, da vergonha para a alegria, da discórdia para a paz, e da derrota para a vitória.
Se alguém fica parado na porta, nunca experimentará a plenitude do Reino que o Pai preparou para os seus filhos. Nós temos que pisar além da entrada, assim poderemos descobrir um mundo inteiramente novo de riquezas e glória que se encontram nele. O Reino é um lugar onde podemos experimentar a vida ao máximo.  


Jesus é o pastor que nos traz aos pastos abundantes do Reino do Seu Pai, mas o quanto nós desfrutaremos do alimento e refrigério depende de nós. O Senhor não nos alimentará à força. Ele quer que participemos plenamente das alegrias, benefícios e bênçãos de Seu Reino, mas não violará nossa vontade. O grau em que nós apreciamos a nossa cidadania do Reino depende do grau de prontidão em sermos audaciosos ao reivindicar o que é direito nosso.

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