segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A QUESTÃO DA LEI VERSUS FÉ

“Sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus” (Gálatas 2.16).

A carta aos Gálatas nos mostra que alguns na Galácia contendiam sobre não ser suficiente o homem ser justificado pela fé no Senhor Jesus; achavam que ele ainda devia guardar a lei. Eles não estavam dizendo que o homem não deveria crer. Eles certamente reconheciam que um homem é justificado em Cristo. Mas estavam também dizendo que ele ainda precisava guardar a lei.

Paulo estava dizendo uma palavra muito dura aqui. Ele estava dizendo que quem pensava assim estava dizendo que após termos crido no Senhor Jesus, nós ainda não fomos justificados, ainda somos pecadores, e ainda devemos guardar a lei para ser salvos. Era essa a questão que estava sendo discutida pelos cristãos da Galácia.

Paulo foi contundentemente contra esse argumento porque viu nele uma ameaça à doutrina da salvação pela graça. Em sua carta aos Romanos 3, Paulo fez outra afirmação clara. O versículo 28 diz: “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei”. Essa é uma afirmação conclusiva. Agora é uma questão de fé. Nada tem a ver com a lei, absolutamente. Graças ao Senhor! Jesus é suficiente. Para a Bíblia, dar atenção à fé é dar atenção à graça de Deus.

Isso nos mostra que tudo vem pelo receber. Alguns gostam de exaltar os homens em sua pregação do evangelho. Mas se conhecemos a Bíblia, veremos que fora de Deus o homem é totalmente desamparado. Lembre-se destas duas sentenças: o homem não é salvo pela lei, tampouco é salvo pela fé com a lei. Este é o primeiro e mais comum engano do homem. Ele misturou a fé com a lei.

Efésios 2.8 e 9 dizem: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”. Aqui a Palavra nos diz que a salvação é absolutamente pela graça e mediante a fé. É como dizer que a luz elétrica brilha pela eletricidade e mediante o fio condutor. É também como dizer que a água da torneira vem do reservatório no departamento de águas e mediante os encanamentos. O homem é salvo pela graça, mas o canal mediante o qual a salvação vem a nós é a fé.

O canal não são as obras, mas a fé. É somente mediante a fé e nada tem a ver com as obras. É preciso saber que a fé e as obras são basicamente opostas entre si. A graça do Senhor Jesus é baseada no amor de Deus. Quando cremos, a graça e o amor fluem para dentro de nós. Como resultado, somos salvos, temos vida, e somos justificados. Nada disso é transmitido a nós por meio das obras. Graças ao Senhor que não é por causa das obras! Por que não deveria sê-lo? A resposta aqui é: para que ninguém possa vangloriar-se.

Em Isaías 42.8 Deus diz: “Eu sou o Senhor, este é o meu nome! A minha glória a outrem não a darei”.  No caso da salvação, a obra foi totalmente realizada por Deus em Sua soberania. Porque, então Ele iria dividir a glória com os homens? A glória só pode ir para aquele que realizou a obra. Seria um absurdo alguém trabalhar e outro receber a glória. Por que Deus fez toda a obra de nos salvar? É para que Ele tenha toda a glória. Ele não quer que trabalhemos pela salvação para que não nos vangloriemos.

Vangloriar-se é glorificar a si mesmo. Se fizermos qualquer coisa que mereça alguma glória, não iremos agradecer e nem louvar a Deus diante Dele. Imediatamente diremos: “Sem dúvida, a salvação é concedida a mim por Ti. É a Tua obra. Mas acrescentei a minha parte a ela. Se não tivesse acrescentado minha parte, não seria salvo como o sou hoje”. O homem gosta de superestimar seus próprios méritos. Ele gosta de superestimar suas próprias virtudes. Se Deus dissesse que cumpriria noventa e nove por cento da obra de salvação e que deixaria um por cento para nós, este um por cento silenciaria os céus.

Eles iriam se gabar da maravilha de sua própria obra e diriam: “Eu passei por aquilo desta maneira ou daquela maneira. Como você conseguiu passar? Qual foi a sua contribuição? Cada um estaria se gabando de sua própria obra e Deus não teria possibilidade de obter a glória que Lhe pertence.

Agradecemos e louvamos ao Senhor! Ele não deixou uma única coisa para fazermos. Quando alcançarmos o céu, teremos de dizer que ainda somos pessoas desamparadas. Somente pudemos chegar lá por causa da graça “gratuita”. Essa palavra “gratuita” calará no céu todas as vanglórias e o encherá com ações de graça e louvor. Tudo será ações de graça e louvor, porque tudo é realizado por Deus.

Devemos aceitar que esta é uma verdade da Bíblia. A obra do homem e a graça de Deus não podem ser misturadas. Se o homem fizer algo, por menor que seja, para a sua salvação, isso entrará em conflito com a glória. Deus quer toda a glória, pois Ele realizou toda a obra!

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DA SALVAÇÃO

Nas páginas anteriores desse diário procuramos fortalecer no coração de nossos leitores a convicção de que a salvação de Deus é algo muito poderoso e que não podemos perdê-la por causa das circunstâncias da vida. Nessa página tentaremos mostrar alguns pontos que precisamos entender e diferenciar. São quatro coisas que devem ser distinguidas umas das outras.

 Se alguém quer entender a salvação, primeiro, ele tem de fazer distinção entre o cristão genuíno e o falso cristão. Segundo, ele deve distinguir entre a disciplina dos cristãos e a salvação eterna. A salvação eterna é uma coisa e a disciplina de Deus sobre Seus filhos é outra. Uma coisa é um cristão ser disciplinado nesta era; outra coisa é um incrédulo perecer na eternidade. Um cristão genuíno não perecerá eternamente, porém ele pode ser punido. Há muitos versículos que falam da punição de um cristão, porém, não se deve aplicar esses versículos à salvação.

Terceiro, há uma grande diferença entre o reino e a vida eterna. Em outras palavras, há uma grande diferença entre recompensa e dom. Uma coisa é você ser salvo; outra coisa é você reinar, governar, compartilhar da glória com o Senhor Jesus no milênio.

Há muitos trechos na Bíblia que falam sobre uma pessoa ser removida do reino. Aqueles que não estão esclarecidos acerca da diferença entre o reino e a vida eterna, entre galardão e a salvação, aplicam os versículos sobre reino à salvação. Muitos acham que ser removido do reino significa perecer. Essas coisas, entretanto, são totalmente diferentes. Um cristão pode perder sua posição no reino, porém não pode perder sua posição na salvação. Apesar de um cristão poder perder sua posição de reinar com Cristo, ele não pode perder sua posição de filho de Deus.

Quarto, a Bíblia não somente diz que um cristão sofrerá disciplina hoje, e não somente diz que alguns cristãos podem perder o reino, mas também diz que no reino há punições definidas para um cristão. A Bíblia diz que muitos cristãos sofrerão disciplina nesta era. Eles perderão a recompensa na era vindoura e também sofrerão punição. Contudo, não se pode misturar a punição no milênio com a perdição eterna. Perdição eterna é uma coisa, punição no reino é outra.

Quando um cristão é punido, isso não significa que ele perecerá eternamente. A salvação é eterna. Punição é apenas uma disciplina em família. Se alguns filhos de Deus não foram bem disciplinados nesta era da igreja, eles o serão na era vindoura do milênio. Portanto, há quatro coisas aqui que precisam ser distinguidas umas das outras. As quatro coisas: os falsos cristãos, a punição nesta era, a perda do reino e a punição no milênio são diferentes da vida eterna e da morte eterna.

Quando lemos a Bíblia, devemos ler o que está nela, não o que não está nela. Se não tivermos mente sóbria, teremos problemas. A razão pela qual a mente humana não é clara é que o homem põe suas próprias palavras na Bíblia. Muitas pessoas acham difícil ler a Bíblia; não porque a Bíblia não seja clara, mas porque essas pessoas já têm idéias pré-concebidas em sua mente.
Volto a insistir que temos de distinguir duas coisas na Bíblia: a disciplina de Deus nos cristãos desta era e a salvação deles na eternidade. Hebreus registra a questão da disciplina dos cristãos genuínos. Agora devemos ver quais os tipos de pessoas que Deus disciplina e qual é a finalidade dessa disciplina.

O MOTIVO E O OBJETIVO DA DISCIPLINA

Hebreus 12.5-6 diz: “E já vos esquecestes da exortação que vos admoesta como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, e não desmaies quando por ele fores repreendido, porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo o que recebe por filho”.  Aqui vemos claramente que o motivo da disciplina é o amor de Deus. Aqueles que recebem a disciplina de Deus são os filhos de Deus.

Se uma pessoa não for filho de Deus, Ele não irá discipliná-la. Você nunca encontrará na Bíblia que Deus disciplina um incrédulo. Deus não gasta Seu tempo e energia para disciplinar todas as pessoas desta terra. Ocorre o mesmo conosco. Nós não disciplinamos os filhos de nossos vizinhos. Somente disciplinamos nossos próprios filhos. Portanto, a esfera da disciplina limita-se somente aos cristãos, e o motivo da disciplina é o amor.

O versículo 10 diz: Pois eles (nossos pais) nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade”. Isso nos mostra o propósito da disciplina. Não é porque gosta de disciplinar-nos que Ele o faz. Tampouco é por que Ele quer que soframos. Ele nos disciplina a fim de podermos participar da Sua santidade.


Portanto, a disciplina prova que pertencemos ao Senhor. Não há necessidade de disciplina para alguém que não pertença ao Senhor. Somente os filhos de Deus estão qualificados a ser disciplinados. A Bíblia nos diz claramente que após um cristão ser salvo, mesmo que esteja derrotado e caído, ele não perecerá eternamente e não perderá a vida eterna. Entretanto, ele receberá a correção de Deus, hoje, na terra ou na era vindoura do milênio.

 É isso que a Palavra de Deus nos diz. Mesmo que seja difícil entender isso, creia que Deus está no controle e em Sua soberania Ele concluirá a obra que começou. 

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A SALVAÇÃO COMPLETA

“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28).

Nas páginas anteriores do blog Diários do Reino, vimos que a obra que Deus fez e toda a graça que Ele nos deu quando fomos salvos, não podem ser anuladas com o passar do tempo. Podemos dizer ousadamente que fomos salvos para permanecermos salvos eternamente. Uma vez que Deus nos mostrou misericórdia, estamos eternamente debaixo da Sua misericórdia. Uma vez que temos a vida eterna do Seu Filho, jamais iremos perdê-la.

Embora sejamos muito ousados ao afirmar isso, nós ainda somos seres humanos. Até hoje muitos obreiros cristãos não têm o mesmo ponto de vista acerca desta questão. Como o coração do homem é enganoso e cheio da carne e de legalismo, eles não conseguem entender como a graça de Deus pode ser tão grande. É incrível demais para eles.

É natural o homem pensar dessa maneira. O homem está sujeito à carne e a carne está sujeita à lei. A carne conhece a lei; não conhece a graça. Qualquer coisa que se origine da carne é da lei. Mas tudo o que se origina de Deus, do Espírito Santo e da graça, é da fé.

No mundo nada sabemos sobre graça e dom. Tudo o que sabemos é barganhar. O dia todo, nossa mente está ocupada com o quanto devemos trabalhar e com quanto receberemos por nosso trabalho. Achamos que para ganhar algo, temos de trabalhar para isso. Essa é a nossa vida. A nossa vida é uma vida de barganha.

Pelo fato de vivermos dessa maneira, também pensamos que a graça de Deus e a vida eterna estão no mesmo princípio de barganha. Quando alguém ouve o evangelho, vê a luz por algum tempo. Percebe que a graça é gratuita e que não é uma questão de barganha. Mas essa percepção parece acontecer somente na hora em que foi salvo. Muitas pessoas ainda não foram libertadas do conceito de que a graça de Deus é um empréstimo. Eles pensam que se não agirem bem, Deus irá pedir de volta a graça que Ele deu. Mas se um homem conhece a Bíblia e tem clareza sobre a doutrina da salvação de Deus, ele, no mínimo deve admitir que tal coisa jamais poderia existir.

Ao ler a carta aos Romanos, capítulo 8, versículo 30, vemos os elos importantes de um mesmo propósito. Vemos que todos os que foram justificados serão glorificados. A glorificação aqui, na língua original, está no passado. Deus é um Deus eterno. Do ponto de vista de Deus, todos os que foram justificados já foram glorificados. Talvez, da nossa parte, tenhamos de esperar por mil anos para a nossa glorificação, mas da parte de Deus, em Seu propósito e em Seu plano, isso já se tornou história. Por isso Ele diz: “E aos que predestinou, a esses também chamou, e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou”.

Deus já os glorificou e eles já foram glorificados. A história já foi escrita e não há como mudá-la. Desde que Deus completou o escrito de nossa história futura e os acontecimentos futuros, Ele determinou cumpri-los para nós.

Por causa disso, o início do versículo 31 diz: “Que diremos, pois, à vista destas coisas?” Se todos os justificados serão glorificados “que diremos, pois?” Nada diremos. “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” Deus já tomou a Sua decisão. Como pode o homem ser contra ela? “Aquele que não poupou seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com Ele todas as coisas”?

Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será a tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Aqui Deus está perguntando, bradando ao mundo inteiro: “Quem?”

Paulo usa “quem o fará” quatro vezes. Paulo sabia que não há possibilidade de ocorrer qualquer dessas coisas. Pode ser que um eleito de Deus possa até não amar a Cristo, mas quem pode levar Cristo a não amá-lo? Está escrito: Quer seja tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigos ou espada, nada disso pode nos separar do amor de Cristo.

O versículo 37 diz: “Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou”. Note bem que não é por amarmos o Senhor, mas por Ele nos amar. Se fosse por nós O amarmos, não teríamos nenhuma esperança. Se é por meio de o Senhor nos amar, então “em todas as estas coisas somos mais que vencedores.

Paulo diz: “Porque estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura, poderá separar-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (vs. 38 e 39).


Isso nos mostra clara e definitivamente que uma vez que Deus nos tenha dado a salvação, ela é nossa eternamente. Ninguém pode destruir esse fato. Essas palavras são muito elevadas, muito abrangentes e muito profundas. O que Deus faz, Ele faz integralmente. Deus é o Alfa e o Ômega. Ele nunca pára até que a obra esteja completa.   

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

OS CRISTÃOS SÃO PRESENTES DE DEUS AO SEU FILHO

“Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo. Eram teus e os deste a mim, e eles guardaram a tua palavra” (João 17.6).

Muitos cristãos não conseguem ver claramente o relacionamento entre Deus, o Senhor Jesus e nós, os pecadores. Por isso eles se confundem e pensam que podem perder a salvação. Porém, a Bíblia diz que nós, cristãos, os pecadores já salvos, somos os presentes dados por Deus ao Senhor Jesus. O Pai deu como presentes ao Senhor Jesus as pessoas salvas.

Se Deus nos deu como presentes ao Senhor Jesus, será que ainda há possibilidade de perdermos a salvação? Temos de considerar a questão sob dois ângulos. Por um lado, Deus nos deu ao Senhor Jesus como presentes. Se nos fosse possível perecer e perder a salvação, se nossa salvação não fosse eterna, o fato de Deus dar-nos a Jesus se tornaria uma brincadeira com o Senhor. Seria como ganhar de presente bolhas de sabão que são lindas, mas desaparecem em poucos minutos.

Se Deus não fosse onisciente, seria possível que Ele nos desse como uma bolha de sabão ao Senhor Jesus. Não posso imaginar que Deus daria ao seu Filho presentes que não iriam durar muito tempo e que explodiriam no ar como bolhas de sabão. Que aconteceria se um dia essas pessoas se perdessem? Não poderíamos culpar somente Deus por dar ao Senhor Jesus um brinde sem valor, mas deveríamos culpar o Senhor Jesus por não ser capaz de guardar aqueles que Deus Lhe deu.

Todos os salvos foram dados e presenteados por Deus ao Senhor Jesus. Jesus recebeu-os da mão do Pai e por isso sentiu-se responsável por eles. João 17.9 diz: “Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo”. O senhor Jesus não orou pelo mundo, mas “por aqueles que Me deste, porque são Teus”. O versículo 12 diz: 
“Quando eu estava com eles, guardava-os no Teu nome, que Me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição”

O Senhor Jesus afirmou que, exceto Judas, não pereceu nenhum dos que Deus Lhe dera.

Quando fomos salvos do mundo, Deus já nos deu ao Senhor Jesus. Por isso, todos os que Deus deu ao nosso Senhor, os que creram no Seu nome, serão guardados por Ele. Como pode um cristão perder a salvação novamente? Depois que Deus nos deu ao Senhor Jesus, como poderíamos perecer? A Bíblia diz que nem um dos que Deus deu ao Senhor Jesus pereceria.

Você conhece as palavras de Jesus em João 6.37? Nesse versículo o Senhor Jesus disse: “Todo aquele que o Pai Me dá, virá a Mim; e o que vem a Mim, de modo nenhum o lançarei fora”. Por que você creu em Jesus? Por que você veio a Ele? Você veio ao Senhor Jesus e O recebeu porque Deus deu você ao Seu Filho amado. “Todo aquele que o Pai Me dá, virá a mim”. Em outras palavras, todos os que vem ao Senhor são dados a Ele pelo Pai. “O que vem a Mim, de modo nenhum o laçarei fora”. Não há maneira de perdermos a salvação porque Deus já nos deu ao Senhor Jesus.

Há outra porção na Bíblia na qual Jesus se refere às Suas ovelhas. Ele diz em João 10.29: “Meu Pai, que as deu a Mim”. Quem são as ovelhas do Senhor Jesus? Nós somos as ovelhas. No Evangelho de João, nos é revelado que somos o presente dado ao Senhor Jesus por Deus. Deus não poderia dar-nos como uma prenda barata, e o Senhor Jesus não pode simplesmente jogar-nos fora após nos ter recebido. Não pensem que a nossa salvação é insignificante. Uma vez que não fomos salvos por fazer isso ou aquilo, também não podemos deixar de ser salvos pelo fato de fazer isto ou aquilo.

Agradeço a Deus porque anteriormente eu era um pecador condenado. Eu não pedia para ser salvo. Eu rejeitava-O e me opunha a Ele. Mas, inesperadamente, Deus restaurou-me e levou-me a aceitar a Palavra que eu havia rejeitado a princípio. Deus tomou-me e deu-me ao Senhor Jesus. Uma vez que fui dado, não tive mais como escapar. Daquele dia em diante, passei a estar nas mãos do Senhor.

Já que fomos dados por Deus e recebidos pelo Senhor Jesus, para onde podemos fugir? Se nós estivéssemos labutando por nós mesmos, se estivéssemos lutando e esforçando-nos para nos salvar, bastaria uma pequena negligência ou descuido e estaríamos terminados. Mas devemos perceber que foi Deus quem nos deu ao Senhor Jesus e Foi Ele quem nos salvou.

O senhor Jesus disse: “Aquele que vem a Mim, de modo nenhum o lançarei fora”. A expressão “de modo nenhum” na língua original é muito enfática. Significa a despeito do que quer que seja. “De modo nenhum” é uma expressão forte. Significa que a despeito de qualquer motivo, o senhor não nos abandonará. Não há absolutamente um único cristão verdadeiro a quem o Senhor Jesus tenha abandonado.


Se você pensa que a salvação vem do Senhor, mas preservá-la depende de nós, você descobrirá que ninguém pode preservar-se nem mesmo um único dia. Eu estou colocando o homem de lado; estou desprezando o homem, mas exaltando o salvador. Tudo foi cumprido por Ele. Isso é uma dádiva, é um presente. Nunca seremos rejeitados. 

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O SENHOR JESUS É O NOSSO SUMO SACERDOTE

“Por isso também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hebreus 7.25).

Nossa salvação só pode ser mantida porque o Senhor Jesus é nosso Sumo Sacerdote diante de Deus. Não é necessário mencionar os pecados antigos ou os de ontem. Tão somente os pecados que cometemos hoje são suficientes para perecermos. Podemos continuar salvos somente porque o Senhor Jesus está orando por nós. A intercessão do Senhor mantém-nos salvos.

A Bíblia nos diz claramente que o Senhor Jesus é capaz de salvar totalmente os que se chegam a Deus por meio d’Ele. Algumas pessoas podem dizer-nos que podemos perder a salvação ou que podemos ainda perecer. Se fosse este o caso o que pensar da oração do Senhor Jesus? Deus diz que o Senhor Jesus vive sempre para interceder por nós. Ele continua a viver para orar por nós. Portanto, tendo nós um tão grande intercessor diante de Deus, podemos crer que nossa salvação será mantida por meio d’Ele.  

O Senhor Jesus nos disse que Sua oração é por todos os que crêem; é por todos os que pertencem a Ele. Não é pelos que estão no mundo, (João 17.9). Aqui vemos a esfera da oração do Senhor; é pelos que creram Nele e não pelos do mundo.

O Pai está relacionado com o mundo, e o Filho com a igreja. O Novo Testamento nunca diz que Cristo ama o mundo; vê-se apenas que Deus ama o mundo. Por outro lado, vê-se que Cristo ama a igreja e a Si mesmo se entregou por ela. A esfera do Pai é o mundo e a esfera do Filho é a igreja. O resultado de Sua obra faz com que o mundo seja salvo; no entanto, Sua oração, Seu sacerdócio, é somente para os cristãos. Não é para os de fora. Ele ora por nós.

Qual o propósito de Sua oração por nós? Ele ora para Deus conservar-nos e proteger-nos a fim de sermos como Ele, a fim de sermos separados do mundo e a fim de sermos um. A oração do Senhor tem pleno poder; Ele é capaz de nos guardar. Se Deus não fosse um Deus que ouve as orações, nada aconteceria. Mas Deus ouve as orações.

Em João 11. 41-42, o Senhor Jesus disse: “Pai, graças te dou porque me ouviste. Eu sei que sempre me ouves...”. Se Deus continua a ouvir as orações de Seu Filho, será impossível não sermos salvos para sempre. Cristão, antes que você pereça, você primeiro terá de fugir da oração do Senhor Jesus.

 A oração do Senhor é agrade de proteção contra o inferno. Se quiser ir para o inferno, o cristão primeiro precisa pular essa grade. Se não pudermos derrubar a oração do Senhor Jesus e não pudermos livrar-nos da grade protetora da oração, Não temos como perecer. Graças a Deus! A oração do Senhor Jesus é digna de confiança.


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A SALVAÇÃO É OBRA DE DEUS

A Bíblia diz que Deus é eterno e o próprio Deus afirma que Ele é o princípio e o fim, o Alfa e o Ômega (Ap 22.13). Isso significa que o princípio e o fim de todas as coisas passam pela Sua soberania.

Sabemos que a salvação é obra de Deus. Foi Deus quem nos salvou. Assim, se a nossa salvação for incompleta, significa que Deus não pode concluí-la. Certamente nunca podemos imaginar que Deus possa parar na metade de Sua obra e deixá-la inacabada.
Filipenses 1.6 diz que foi Deus que começou a boa obra em nós. Uma vez que Deus a começou e Ele mesmo nos deu a salvação, Ele deve completar essa obra até o dia de Cristo Jesus. Os apóstolos criam nisso com forte convicção. O versículo 6 diz: “E eu tenho certeza de que Deus, que começou a boa obra em vocês, continuará ajudando-os a crescer em sua graça até quando sua tarefa em vocês estiver finalmente terminada naquele dia quando Jesus Cristo voltar”. Ou Deus não começa ou Ele terá de completar o que começou.

Se aprouve a Deus salvar-nos, não haverá o que possa impedir que Ele conclua Seu propósito. Por outro lado, se a obra de salvação tivesse de começar com Deus e continuada por nós, nenhum de nós estaria qualificado para ser salvo; Todo aquele que acha ser capaz de concluir a obra da salvação, não conhece Deus e não conhece a si mesmo. Se O conhecemos, perceberemos que não há maneira de acabarmos o que Ele começou.

Se realmente nos conhecermos, perceberemos que simplesmente não podemos dar-lhe continuidade. Toda a obra de salvação foi cumprida por Ele. Foi Ele quem nos deu a salvação. É Ele quem nos salvará totalmente. Nada podemos fazer para preservar nossa salvação a não ser confiar em Deus.

Assim, vemos duas coisas aqui: Primeira, porquanto a natureza da salvação é graça, é impossível que nós a percamos; segunda, desde que foi Deus quem começou a obra, quem nos conheceu de antemão e nos predestinou, quem nos chamou e nos justificou, quem nos salvou e quem nos introduzirá na glória, se perdermos nossa salvação poremos em dúvida os atributos de Deus.

Vamos agora considerar a salvação que Deus nos deu. Que Deus fez por nós e o que Ele nos deu? Todos nós sabemos que Deus nos deu Sua vida. Ele nos regenerou. A todos os que creram Nele e O receberam foi-lhes dado o poder de serem feitos filhos de Deus (Jo 1.12). Somos nascidos de Deus e temos o poder de sermos feitos Seus filhos (vs. 12-13). João 3 diz que nascemos de novo; foi o Espírito Santo quem nos regenerou (v. 6).

Após lermos a respeito desses três versículos, podemos perceber o que um cristão é. Nós, cristãos, somos filhos de Deus. Quando um pecador crê no Senhor Jesus ele é salvo e Deus lhe dá uma nova vida. Isso é regeneração. 

A Bíblia nos mostra em pelo menos três ou quatro versículos que ser regenerado é receber vida eterna. A Bíblia, nossa única regra de fé, repetidamente nos mostra que os que recebem vida eterna são os que crêem, e os que crêem têm vida eterna. Isso nos é mostrado repetidamente no Evangelho de João.

Nosso relacionamento com Ele começa com a regeneração e termina com a vida eterna. Deus não somente nos gerou, Ele também nos deu vida eterna. Graças a Deus , pois Ele nos regenerou e nos deu vida eterna, que é a vida de Seu Filho. Se alguém pensa que um cristão pode tornar a perecer caso se torne fraco, e que somente um bom filho de Deus terá a vida eterna, enquanto um mau filho perecerá, essa pessoa não conhece a salvação de Deus.

Ele pensa que Deus é um cobrador de dívidas, vindo cobrar a vida eterna e a redenção. Se não agirmos bem, Ele as tomará de volta. Essa não é salvação de Deus. O princípio tem de ser Dele. A continuação também tem de ser Dele. Foi Deus quem nos deu salvação, como podemos perdê-la? Foi Deus quem começou esse relacionamento e a vida que recebemos é eterna, a qual jamais deixa de existir, então podemos crer que nunca poderemos tornar a perecer.

Somente os que não sabem o que é regeneração e o que é vida eterna conseguem dizer que a salvação pode ser perdida. Damos graças ao Senhor porque a vida eterna é um fato que não pode ser anulado. É uma história que nunca poderá ser destruída. O relacionamento entre Deus e nós é tal que podemos certamente dizer que nenhum poder na terra pode separar-nos Dele.


O senhor Jesus nos disse que nós estamos em Suas mãos e que o Pai é maior do que tudo. Estamos nas mãos do nosso Pai. Essas mãos estão nos sustentando e preservando, como podemos nos perder?  

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

DEUS PLANEJOU SALVAR-NOS

Deus salvar-nos é um acidente ou um ato proposital? A salvação de Deus é um acidente ou ela está de acordo com um plano determinado?

Os que não entendem a salvação podem pensar que a mesma é acidental. Mas os que compreendem a Bíblia e conhecem Deus percebem que a salvação foi planejada há muito tempo com um plano definido.

Romanos 8.29 diz: “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho”. O versículo 30, é uma palavra explicativa e diz:E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou”. A salvação sobre a qual estamos escrevendo envolve todas as coisas mencionadas nos versículos 29 e 30.

A história da nossa salvação começou com a justificação, no verso 30. Fomos salvos quando fomos justificados. Sabemos apenas que cremos em Jesus e que fomos salvos e justificados. 

Pensamos que a justificação é o nosso primeiro encontro com Deus. Pensamos que a primeira vez que tocamos Deus em nossa vida foi quando fomos justificados. Mas a Bíblia diz que Deus nos tocou há muito tempo. Ele conheceu-nos há muito tempo. Nossa justificação veio mais tarde. Deus conheceu-nos primeiro.

A Bíblia diz que antes de sermos salvos e justificados, Deus já nos conhecia. Aqueles que Deus conheceu há muito tempo, Ele marcou. Ser marcado significa ter em nosso nome uma marca de identificação, indicando que Ele nos reivindica para Si. Para qual propósito fomos marcados? Para que venhamos a ser como Seu único Filho, Jesus Cristo.

Ele não quer apenas um Filho, Jesus Cristo; Ele resolveu marcar-nos para que fôssemos idênticos ao Seu Filho. Assim, os que foram marcados de antemão, foram chamados. Os que foram chamados são os conhecidos por Ele; são também os que foram marcados por Ele. Então, Ele chamou os que de antemão conheceu e marcou. Após chamá-los, Ele os justificou.

Temos de saber que a história de nosso relacionamento com Deus não começa na justificação e salvação. Antes, ela começa na presciência de Deus. A presciência de Deus é o princípio de todas as coisas. Ser predestinado é o segundo passo. Então, ser chamado é o terceiro passo. Somente após o terceiro passo é que temos a justificação.

A conclusão é que, se um filho de Deus perdesse a sua justificação e se tornasse um pecador perdido novamente, seria o caso de questionarmos a onisciência de Deus. Uma vez que Deus nos conheceu de antemão e nos predestinou, como podemos ainda perecer após sermos salvos? Uma pessoa predestinada por Deus nunca poderá ser lançada no inferno como se fosse um pedaço de madeira.

Para nós que mudamos muito facilmente de opinião, seria uma decisão normal. Num minuto podemos estar no céu e no minuto seguinte, no inferno. É possível que mudemos de opinião a cada dia, nos 365 dias do ano. Mas como Deus é Deus, Sua presciência e predestinação não podem ser abaladas. 

O Deus que conhecemos e a quem adoramos não muda coisa alguma que Ele tenha decidido. Deus não pode anular a justificação sem afetar Sua presciência, predestinação e chamamento. Se perdêssemos nossa salvação, a presciência, a predestinação e o chamamento de Deus seriam todos anulados.      

Complementando, há outro item. A Bíblia diz: “E aos que justificou, a esses também glorificou” (v. 30). A não ser que Deus introduza na glória os que Ele justificou, Sua obra não estará completa. Se não pudermos entrar na glória eterna, a obra de Deus ficaria incompleta. Essa é a Palavra de Deus. O último elo da obra de salvação de Deus é a glória. Até estarmos na glória Deus não estará satisfeito e não irá descansar.

Agora preste atenção ao ensinamento desta doutrina: Deus diz que os que Ele justificou entrarão na glória incondicionalmente. Ele não diz que aqueles cujas obras são aprovadas podem entrar na glória. Nem diz que os que Ele justificou devem ser considerados salvos pelo homem antes que possam entrar na glória. Não há tais condições. Todas as coisas que são mencionadas aqui estão relacionadas com Deus.

Foi Deus quem nos conheceu de antemão. Foi Deus quem nos predestinou. Foi Deus quem nos destinou para sermos como Seu Filho e conformados à imagem do Filho. Foi Deus quem nos chamou e nos justificou. É Deus também quem introduzirá os justificados, na glória. E finalmente, é Deus quem os introduzirá no novo céu e na nova terra para herdarem a glória eterna.   


Não podemos ignorar um só item. São eles obras de Deus. Se fossem nossas obras, poderíamos salvar alguns por engano, porque não saberíamos quais deveriam ser salvos. Mas se são obras de Deus, não pode haver erro.

 Somente os que não conhecem Deus e Suas obras, podem pensar que há possibilidade de alguém se perder. Mas se conhecemos a Deus e Suas obras, perceberemos que ninguém pode ser subtraído ou acrescentado. A obra de Deus não pode parar na metade do caminho.  

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

POR QUE DEUS DEU SEU FILHO AO MUNDO?

Por que Deus deu Seu Filho ao mundo? Porque Ele nos ama. Por que Deus nos deu a vida eterna? Também porque Ele nos ama. Se enquanto pecadores Deus nos amou a tal ponto de nos dar a vida de Seu Filho, seria possível Deus rejeitar alguém que após tornar-se cristão se tornasse fraco e pequeno?

Se o Filho de Deus pôde morrer por nós enquanto ainda éramos pecadores, pode Ele recusar-se a amar-nos hoje, após termos crido n’Ele, meramente porque somos um pouco fracos? Se o amor de Deus não pode mudar, também não há possibilidade de Sua graça mudar. Anteriormente, Ele esteve disposto a dar Seu Filho unigênito para morrer pelos meus pecados e teve grande amor por mim que eu me pergunto: Será que desde o tempo em que Ele mostrou tal amor por mim, Ele mudou completamente?

Será que agora que me tornei cristão Ele decidiu mandar-me para o inferno e não amar-me mais? Se anteriormente Ele me amou tanto que morreu na cruz por mim, como poderia Ele ter tal mudança hoje? Como poderíamos nós ser “não salvos” de novo? Isso é impossível! Isso é impossível não somente de acordo com a razão humana, mas a Palavra de Deus também diz o mesmo.

João 13.1 diz: “Jesus... tendo amado os Seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”. Assim, não há mudança no amor com o qual Deus ama os homens. Visto que o Seu coração estava cheio de amor por nós quando Ele foi à cruz, do mesmo modo, Deus ainda está nos amando hoje. Seu amor não mudou. Sua graça também não mudou.

Se o homem pensa que existe a possibilidade de perder a salvação e a vida eterna, então temos de concluir que há possibilidade de o amor de Deus mudar. Mas isso é impossível! Se a fonte não pode mudar, então o fluir jamais mudará. Se a vida não muda, então o fruto produzido por essa vida não pode mudar. Devemos conhecer o coração do Senhor. Devemos entender que Deus não pode pedir o Seu Filho de volta, pois uma vez que Deus quis dar-nos Seu Filho, Ele não pode tomá-Lo de volta.

 O Filho de Deus é mais precioso? Ou a vida que recebemos é mais preciosa? Aos olhos de Deus, o salvador é mais precioso. Ele é mais precioso que a vida que recebemos. Assim, Romanos 8.32 nos diz que se Deus não poupou a Seu próprio Filho, antes, por todos nós O entregou, porventura não nos dará graciosamente com Ele todas as coisas.

Se Deus quis dar Seu Filho por nossos pecados e se Ele quis dar-nos esse Filho gratuitamente, pensaria Ele em nos tomar a vida eterna após algumas considerações? Ter tal pensamento não é apenas ignorância e falta de entendimento da graça e do amor de Deus, mas total insanidade mental. Somente os que têm mente obscurecida e insana diriam tal coisa.

Graças a Deus, Eles nos deu Seu Filho e não O pedirá de volta. Além de Seu Filho, Ele nos deu muitas outras coisas, tais como vida eterna e salvação. Deus nos deu Seu Filho e a vida eterna também. Se Ele não reclamará Seu Filho de volta, então Ele também não reclamará a vida eterna que recebemos.

Assim, de acordo com a graça de Deus, é impossível perder a salvação e a vida que recebemos. Essa é a palavra clara de Deus a nós.
Estou aprofundando este assunto porque vejo que muitos líderes cristãos estão pregando que se alguém cair em pecado, esta pessoa irá perder a salvação. Sei disso por causa da opinião de muitos cristãos evangélicos com os quais tive contato.

Sinto compaixão daqueles evangélicos que, como os cristãos católicos, vivem sempre ansiosos e com medo de perder a sua salvação. Eles precisam conhecer o amor de Deus e o Seu plano soberano de nos dar a salvação e a vida. Eles não só temem como também tentam convencer outros irmãos a duvidarem da graça de Deus. Alguns chegam a entrar em contendas doutrinárias e acusações infundadas contra aqueles que, nada mais querem, do que dar a Deus a glória.

Não sou insensato e sei que todo o pecado trás conseqüências terríveis, mas daí a dizer que o cristão em pecado irá para o inferno é um pouco demais. O que a Bíblia diz é que: “Porque o Senhor corrige a quem ama, e açoita a todo o que recebe por filho” (Hb 12. 6). Qual é o pai ou a mãe, que quando seu filho comete algo errado, condena-o imediatamente ao fogo do inferno? Será que não é melhor corrigi-lo para que não cometa mais tal coisa. 

Como diz a Bíblia: “Se vós que sois maus sabeis dar boas dádivas aos seus filhos, quanto mais o vosso Pai celestial dará o Espírito Santo”.


Espero ter convencido os que estão em dúvida porque não compreendem o amor e a soberania de Deus.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

DEVEMOS ACEITAR AS PALAVRAS DE CRISTO

Cuidemos de expor o nosso Senhor Jesus Cristo como o Mestre infalível, mediante Sua palavra inspirada. Não entendo a lealdade a Cristo que é acompanhada pela indiferença para com as Suas palavras. Como podemos reverenciar Sua Pessoa, se Suas próprias palavras e as dos Seus apóstolos são tratadas com desrespeito? Se não aceitamos as palavras de Cristo, não podemos aceitar Cristo; a não ser que aceitemos as palavras dos Seus apóstolos, não podemos aceitar Cristo; pois João diz: “Aquele que conhece a Deus ouve-nos; aquele que não é de Deus não nos ouve. Nisto conhecemos nós o espírito da verdade e o espírito do erro” (I João 4.6) - C.H.Spurgeon .

Nada pode ser mais estranho do que alguém que se diz discípulo de Cristo, ignorar ou até rejeitar os ensinamentos de Cristo. Este é um fenômeno muito comum em nosso meio “evangélico”. Pregar sobre determinadas doutrinas causa desconforto e até animosidade. Muitos pregadores foram rejeitados e considerados heréticos pelos cristãos rasos que nada conhecem, mas se acham capazes de criticar e julgar os servos de Deus. 

Há muitos casos de pessoas que deixam de seguir determinado líder por considerá-lo indigno de ser acatado como tal. Isso aconteceu com o Mestre Jesus: “Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com ele” ( João 6.66).

A deserção nesse caso foi por causa da doutrina. A verdade era dura demais para eles, não podiam agüentá-la. “Duro é este discurso; quem o pode ouvir?”. Um discípulo verdadeiro senta-se aos pés de seu Mestre e crê no que lhe é dito, mesmo quando não consegue compreender o sentido, ou não vê as razões pelas quais seu Mestre o diz; mas aqueles homens não tinham o espírito essencial de discípulo, e, conseqüentemente, quando seu instrutor começou a desvendar as partes mais profundas do rol da verdade, eles não quiseram ouvir Sua leitura delas.

Eles estariam dispostos a crer quando pudessem entender, porém quando não puderam compreender, giraram nos calcanhares e se foram da escola do Grande Mestre. Além disso, o Senhor Jesus Cristo tinha ensinado a doutrina da soberania de Deus e da necessidade do Espírito de Deus para que os homens fossem levados a Ele, “porque bem sabia Jesus, desde o princípio, quem eram os que não criam, e quem era o que havia de traí-Lo”. E dizia: “por isso eu vos disse que ninguém pode vir a mim, e por meu Pai lhe não for concedido”.  

Aqui o nosso Senhor proferiu um bocado da velha e antiquada doutrina da livre graça, doutrina da qual hoje em dia o povo não gosta. Chamam-na de “calvinismo”, e a colocam de lado, entre os velhos dogmas repelidos, dos quais esta época iluminada nada sabe. Que direito eles têm de atribuir ao pregador atual uma doutrina velha como os montes eu não sei.

Mas o nosso Senhor nunca hesitou em arremessar essa verdade no rosto dos Seus inimigos. Disse-lhes Ele: “Vós não credes porque não sois minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito”; “Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou o não trouxer”. Aqui Ele diz claramente que não poderão vir a Ele, a não ser que o Pai lhes dê a graça para virem. Essa doutrina humilhante eles não puderam aceitar, e por isso foram embora.

Quando Noé disse às pessoas que iriam afogar-se caso não corressem para a arca, elas acharam que ele era muito rude. Mas era por amor que Noé advertia as pessoas a seu redor para entrarem na arca. Da mesma forma, os pecadores irão perecer se não encontrarem abrigo no Senhor Jesus Cristo. Deus tem um plano de salvação para pecadores perdidos e destruídos, os quais merecem com justiça a condenação. Corram para o plano de salvação de Deus, ou vocês estarão perdidos para sempre.

A aceitação ou não, da doutrina apresentada pelo Senhor Jesus não muda e nem abala a soberania de Deus. Há algo na natureza das pessoas que faz com que tenham um bom conceito de si próprias. Elas também precisam que os outros as considerem bem. Deus, contudo, não tem tal necessidade. Deus é independente de tudo e de todos. Ele age de acordo com Sua própria vontade. Quando Ele diz: “Eu farei”, o que quer que diga será feito. Deus é soberano e Sua vontade, não a vontade homem, será feita.

Deus não precisa fazer-Se feliz ou aumentar Sua glória. O júbilo de Deus é completo em Si mesmo. Nem mesmo o louvor dos anjos é necessário para Deus. Se tivesse sido o desejo de Deus deixar toda a raça humana perecer, ninguém poderia tê-Lo questionado. Ninguém pode perguntar a Deus por que Ele faz isto ou aquilo. Quando Deus salva as pessoas, não é porque algo o compele a fazê-lo.

Deus salva os pecadores porque Ele quer salvar os pecadores. Eles estão perdidos e não há nada que obrigue Deus a salvá-los. Se Deus de fato os salva, deve ser “segundo o beneplácito de Sua vontade, para louvor da glória de sua graça” (Ef. 1.5-6).  Somos pecadores, decaídos, ímpios e condenados. Não há absolutamente nenhuma beleza em nós que faria com que Deus quisesse ter-nos como Seu povo.


Deus nunca nos amará por causa de nossa beleza. Mas Deus pode amar-nos ainda que não sejamos belos. Ele pode amar-nos apenas por causa de Sua própria graça voltada para nós. Eis a essência do ensinamento de Cristo e dos Seus discípulos. Devemos aceitar, pela fé, tais ensinamentos!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

A SALVAÇÃO NÃO DEPENDE DO QUE FAZEMOS

“A nossa fé não causa a salvação, nem a nossa esperança, nem o nosso amor, nem as nossas boas obras. A origem da salvação está na vontade soberana de Deus, o Pai; na infinita eficácia do sangue de Jesus – Deus o Filho; e na influência divina do Espírito Santo” C. H. Spurgeon.

A vocação, o chamado, é o ato de Deus pelo qual Ele convoca o pecador e o retira do reino das trevas. A vocação é eficaz porque traz consigo a graça salvadora e operativa, que renova interiormente aqueles que desta forma são chamados e os habilita a reagirem com a conversão – quer dizer, com arrependimento e fé.

A conversão é causada pela regeneração que, por sua vez, é relacionada com a vocação e com o propósito eterno de Deus. Podemos afirmar com toda a convicção que se um homem é salvo, não é porque ele quis ser salvo. Se algum homem é levado a Cristo, não é por algum esforço desse homem, mas a raiz, a causa, o motivo da salvação de qualquer ser humano, e de todos os escolhidos, só se acha no propósito da predestinação divina e na vontade distinta e soberana do Senhor nosso Deus

O homem crê, não se pode negar, porém esse crer é apenas um dos muitos resultados dos implantes da vida divina que Deus faz dentro da alma do homem. Assim, até mesmo a própria vontade de sermos salvos pela graça não é de nós mesmos, mas é dom de Deus. A menos que o Espírito o convença do juízo e constranja a sua vontade, o homem não tem coração para crer em Jesus para a vida eterna.

Se o Espírito Santo, que “opera em nós tanto o querer como o efetuar”, não agisse na vontade e na consciência, a regeneração seria uma impossibilidade absoluta, e, por conseguinte, a salvação também o seria. Conhecer estas verdades pode provocar em nós um sentimento de incapacidade, de impotência. Na verdade isso é bom. A gloriosa verdade é que é precisamente a desesperança do pecador que lhe mostra onde está a esperança.

São justamente as verdades que revelam a nossa desesperança que nos fazem buscar a nossa verdadeira esperança e revelam que há onipotente graça no Pai de misericórdias para fazer por nós o que não podemos fazer por nós mesmos. O propósito é de Deus, o dom é Seu, o meio é Seu, o poder é Seu – essa é exatamente a boa nova da qual necessita a alma pecadora que está desfalecendo.

A uma pessoa que não depende mais de si mesma e que sente o irremediável mal do seu coração, não poderia haver mensagem mais necessária do que aquela que a ensina a ver a livre graça de Deus e confiar nela.

“O Senhor, quando visa salvar pecadores, não pára para perguntar se eles pretendem ser salvos, mas, como um forte e impetuoso vento, a influência divina varre para longe todo e qualquer obstáculo; o coração relutante inclina-se diante do poderoso vendaval da graça, e os pecadores que não estão querendo render-se, Deus os faz render-se”. C. H. Spurgeon.

Deus não pede o seu consentimento; mas o obtém. Ele não indaga; você quer ter isso? Mas o torna desejoso no dia do poder de Deus... O evangelho não carece de nosso consentimento; ele o consegue. O homem pode até dizer “Eu não quero ser salvo”; Cristo diz que ele o será. Ele mesmo disse: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer”.    

Nenhuma doutrina mais destruidora de almas poderia ser tão bem planejada do que a doutrina de que os pecadores podem regenerar-se a si mesmos, arrepender-se e crer simplesmente quando for do agrado deles. Como a verdade das Escrituras e da experiência mostram que o homem não renovado não pode fazer nada de si para assegurar a sua salvação, é essencial que ele seja levado a uma convicção prática dessa verdade. Quando ele é convencido dessa forma, e não antes, ele busca ajuda da única fonte da qual esta pode ser obtida.

Pode ser que você esteja argumentando que não consegue entender essa doutrina. Talvez não, porém lembre-se de que, nossa obrigação é dizer-lhe a verdade, mas não temos a obrigação de dar-lhe poder de entendê-la; e, além disso, este não é um assunto para entender, e sim para crer, porque é revelado na Palavra de Deus. É um dos axiomas da teologia que, se o homem se perder, não se deve culpar a Deus por isso; e é também um axioma da teologia que, se o homem é salvo, a Deus cabe toda a glória disto.


“Cremos que a obra de regeneração, conversão, santificação e fé não é um ato da livre vontade e do poder do homem, mas da poderosa, eficaz e irresistível graça de Deus”- Da “Declaração de Fé e Prática” sustentada pelos membros da Igreja da Rua do Novo Parque. 

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

ESTAMOS NAS MÃOS DE DEUS

“...Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei  misericórdia de quem eu tiver misericórdia. Assim, pois, não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece” (Rm 9.15-16).

Estamos nas mãos de Deus, esperando saber o que Ele vai fazer. Se Deus assim desejar, Ele pode salvar toda a humanidade, ou se Ele quiser, Ele pode decidir não salvar ninguém. Se Deus desejar, Ele pode, na Sua misericórdia, salvar um homem e deixar outro para sofrer a punição pelo seu pecado. Não há injustiça alguma da parte de Deus se Ele assim fizer. É direito soberano de Deus fazer o que Lhe aprouver.

Este ensinamento faz com que muitos fiquem zangados, porém, a ira deles não muda o fato de que a verdade da soberania de Deus mantém-se firme como uma rocha. Deus não tem de explicar ao homem o que Ele faz. Ele faz o que quer, nos céus e na terra.

No entanto, a doutrina da soberania de Deus traz grande alegria aos que crêem n’Ele. Nós nos regozijamos no amor de Deus que nos escolheu para sermos Seus filhos. Deus deixa as pessoas que Ele não escolheu seguirem seus próprios caminhos e perecerem no final. Por outro lado, Ele teve misericórdia de nós porque assim quis, mesmo antes de nós começarmos a orar e procurá-Lo. Este propósito eletivo de Deus é precioso.

Diferentemente do mundo onde precisamos pleitear, até com os poderosos, antes que eles nos dêem alguma coisa. Não tivemos que implorar a Deus. Todas as coisas preciosas que Ele nos deu, foi “segundo a sua vontade”. Deus se apraz na misericórdia e em dar livremente. O nome de Deus é amor e a natureza de Deus é amor. Tão natural como o sol enviar sua luz e calor, é coisa natural Deus enviar a luz de Sua eterna graça.

Louvemos ao Senhor que nos amou quando estávamos mortos em nossas transgressões e pecados. Glorifiquemo-Lo pela Sua misericórdia livremente demonstrada a nós. Não merecíamos a misericórdia de Deus e alguns de nós resistimos a misericórdia de Deus por longo tempo. Vamos agradecer-Lhe pelas Suas misericórdias que duram para sempre. É maravilhoso perceber que, devido Deus assim o desejar, Ele teve compaixão de nós. O grande privilégio que Deus nos concedeu é que, através do poder divino do Espírito Santo,  nós nascemos de novo.

Nascemos de novo, regenerados pelo poder divino e nosso segundo nascimento é uma obra de Deus, tão grande quanto nosso primeiro nascimento, nossa criação natural. “Segundo a sua vontade” Deus nos deu uma nova vida, e nos fez novas criaturas. Acaso temos certeza de que nascemos de novo? Sabemos que somos novas criaturas em Cristo? Talvez  tenhamos dúvidas se somos nascidos de novo. Mas o homem que nasceu de novo sabe que há uma mudança nele. Sonde seu próprio coração e deixe que esta oração venha de seus lábios e coração: “Sonda-me, ó Deus, e prova-me”.

Devemos lembrar que viver uma vida boa e bem comportada não nos dará entrada para o Reino de Deus. “Necessário vos é nascer de novo” (João 3.7). Estas palavras estão no portal do Reino. Até mesmo as pessoas mais destacadas na Igreja ou na nação devem nascer de novo, para serem admitidas no Reino dos céus. Só entrará quem nascer de novo – o Espírito Santo deve operar esta transformação sobrenatural em cada um de nós. Esta mudança é o resultado do eterno propósito, poder e amor de Deus.

Aqueles que têm parte neste precioso privilégio são felizes. Embora estivessem mortos em transgressões e em pecado, agora eles estão vivos. Embora fossem carnais e terrenos, agora são espirituais. Eles estavam distanciados, mas foram trazidos para perto de Deus. Todos estes privilégios são exclusivamente devidos à soberana vontade de Deus. Se você nasceu de novo, agradeça a Deus de todo o coração e humilhe-se diante d’Ele.

A maneira que esta mudança foi operada em nossos corações é claramente expressa: “Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade”  (Tiago 1.18). O que é essa Palavra de Deus que traz vida nova à pessoa? A palavra é a pregação da doutrina da cruz. Ninguém jamais nasceu de novo através da pregação da lei. A Bíblia diz: “...Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados” (II Co 5.19). As pessoas não serão salvas se esta doutrina não for pregada.


Nós, crentes em Jesus, devemos olhar para trás com gratidão e esperança pelo que Deus fez. “Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas”.