terça-feira, 8 de setembro de 2009

A Soberania de Deus

“A fé não é tanto a crença em uma palavra proferida, como a confiança naquele que fala” (O anônimo).

“Pela Sua muito sábia providência, segundo a Sua infalível presciência e o livre e imutável conselho da Sua própria vontade, Deus, o Grande Criador de todas as coisas, para o louvor da glória da Sua sabedoria, poder, justiça, bondade e misericórdia, sustenta, dirige, dispõe e governa todas as Suas criaturas, todas as ações e todas as coisas, desde a maior até a menor” (Confissão de fé, de Westminster, Capítulo V).

Deus é soberano. Esse é o tema de Isaías. É o tema da Bíblia toda, mas aqui encontramos a sua mais clara e mais nobre expressão:
“Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro” (Isaías 45:22).

Há um só Deus e Ele está sobre todas as coisas. Para pensar corretamente acerca de Deus, devemos pensar em Sua eternidade, onisciência, onipotência, onipresença, fidelidade, bondade, santidade, justiça, misericórdia e graça. Através de todos estes atributos refulge a Sua majestade.

O Deus vivo é Deus soberano, soberano sobre todas as obras das suas mãos, perfeitamente sábio e absolutamente livre. Se faltasse a Deus uma vírgula de conhecimento, liberdade ou poder, Ele não seria, não poderia ser Deus. Todavia, nada lhe falta.

“O Pai tem a vida em si mesmo! (João 5:26). É desse modo que o Senhor expressa esta verdade e, ao dizê-la assim, Ele ultrapassa os pensamentos do homem mortal. A vida de Deus não é dádiva de outrem. Ele próprio é a vida – um insondável oceano de vida, glória e bem-aventurança. Ninguém pode ditar-Lhe ordens. Ninguém pode compelí-Lo nem detê-Lo. Ele não precisa de permissão de ninguém para agir ou falar. Ele é o primeiro e o último, e além dEle não há deus.

Naturalmente não é desse modo que pensa o homem natural, do mundo. Quando lemos jornais, não vemos muito desse tipo de pensamento. Quando conversamos com os homens, geralmente, não conseguimos muita resposta se dirigimos o assunto para a soberania de Deus. É muito mais provável que alguma resposta seja dada alegando que Deus está morto. Deus não está no pensamento do homem comum da nossa geração. Realmente, pode-se dizer com verdade que esta geração é única no sentido de não ter nenhum fundamento teológico para o seu pensamento.

Os alicerces espirituais se despedaçaram. Os horizontes espirituais estão nublados, se é que existem. A sociedade secularizou-se. Uma cosmovisão secularista e militante domina os meios de comunicação, a política, o mundo dos negócios e cada vez mais as nossas escolas de ensino superior. Este é um fato da vida de hoje, e a Igreja tem que enfrentá-lo. A tragédia disso tudo é que a própria Igreja capitulou a essa atmosfera e não fala mais como Isaías falava.

Na verdade, é bem questionável se a Igreja crê realmente como Isaías cria nesse Deus soberano – isto é, se crê de coração, alma, mente e forças. Temo que a Igreja tenha se tornado secularizada, mundana, satisfeita por obter posição relevante no mundo, esquecida da soberana vocação do seu Senhor.
Não devemos ficar surpresos em face disso. O nosso Senhor nos preveniu de que seria assim. Ele disse aos seus discípulos que o amor de muitos se esfriaria e que a iniqüidade aumentaria. Eis a razão de Sua pergunta:
“Quando vier o Filho do Homem, porventura achará fé na terra?” (Lucas 18:8).

Cabe a nós responder afirmativamente!

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