sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Vale a pena praticar a justiça?

É possível que você já tenha se perguntado: “De que adianta ser justo? Qual o benefício de tentar viver corretamente e fazer o que é certo? Afinal de contas, parece que as pessoas que vivem apenas para si mesmas se relacionam melhor com todas as demais. Elas mentem e enganam, realizam negócios desonestos e inescrupulosos, e aparentemente sempre se dão bem.
Enquanto isso, os que trabalham arduamente, procuram ser honestos e esforçam-se dia após dia para viver corretamente, aparentemente não vão pra frente. Se a justiça é tão importante, por que os ímpios prosperam?
Essa é uma pergunta bastante antiga. Asafe, o salmista hebreu, fez o mesmo questionamento. Quando percebeu os homens malignos obtendo sucesso, teve dúvidas se realmente valia a pena viver corretamente:
“Quanto a mim, os meus pés quase se desviaram; pouco faltou para que escorregassem os meus passos. Pois eu tive inveja dos soberbos, ao ver a prosperidade dos ímpios” (Salmo 73: 2-3)
Asafe ficou tão transtornado, por causa disso, que quase largou a fé. Ele ficou tentado a desistir de viver retamente, até que recebeu uma revelação de Deus. Quando passou a ver a situação do ponto de vista do Reino dos céus, sua perspectiva mudou radicalmente:
“Quando tentei compreender isto, fiquei sobremodo perturbado; até que entrei no santuário de Deus; então, entendi o fim deles. Certamente, tu os puseste em lugares escorregadios; tu os lanças em destruição. Como caem na desolação quase num momento! Ficam totalmente consumidos de terrores. Como faz com um sonho o que acorda, assim, ó Senhor, quando acordares, os desprezarás como fantasias” (Salmo 73: 16-20).
Os ímpios que aos nossos olhos parecem pessoas estáveis, bem sucedidas, saudáveis, ricas e livres de problemas, na verdade estão seguindo em direção à destruição. Essa estabilidade é apenas aparente. Como diz o salmista:
“Os ímpios não são assim, mas são como a moinha que o vento espalha” (Salmo 1: 4).
A situação é bem diferente para os que praticam a justiça. O mesmo salmo afirma que uma pessoa justa “tem o seu prazer na lei do Senhor e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo o que fizer prosperará” (Salmo 1: 2-3).
Esse salmo conclui com um contraste bastante marcante: “Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; mas o caminho dos ímpios perecerá” (Salmo 1:6). O que você prefere ser: uma palha soprada pelo vento ou uma árvore firmemente plantada, bem nutrida e frutífera?
Quais os benefícios da pratica da justiça? Ela nos dá a verdadeira estabilidade, o sucesso, a saúde e as riquezas duradouras que nos colocam em posição de vencer todas as dificuldades que a vida nos lança. A prática da justiça traz consigo benefícios pessoais bastante significativos.
A justiça atrai o interesse de Deus, porque Ele é justo. O Altíssimo contempla favoravelmente todos aqueles que procuram viver corretamente na fé. Assim como os súditos de reinos terrenos anseiam pelo favor dos reis deste mundo, nós também devemos buscar alcançar o favor do Rei. Precisamos aguardar até que Ele estenda o seu cetro para nós:
“Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino” (Hebreus 1:8).
Lembre-se de que o cetro é o símbolo da autoridade do rei. Todo aquele que está debaixo do cetro do rei recebe proteção e cuidado. Tradicionalmente, o rei segurava o cetro na mão direita. A Bíblia utiliza uma imagem semelhante para se referir a Deus. Aqueles que estão sob o favor do Senhor são descritos como estando à sua destra, enquanto que os que enfrentam julgamento ficam do lado esquerdo.
Se a mão direita do Senhor estiver sobre nós, isso quer dizer que Ele nos direciona sua autoridade e dá-nos acesso à sua presença. Se estivermos em consonância com a justiça de Deus, Ele nos estenderá a cetro, concedendo-nos graça e dando-nos, em alguns minutos, o que levaríamos uma vida inteira para conseguir.
A Bíblia afirma que a maneira de fazer com que a autoridade de Deus opere a nosso favor é levar uma vida justa. É por isso que Jesus nos diz para buscarmos em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e então tudo nos será acrescentado. Quando o Senhor decide dar-nos algo, nada no céu ou na terra pode impedi-lo.
Não desista de praticar a justiça e de buscar o Reino em primeiro lugar!
                                                                                                      

2 comentários:

Anônimo disse...

Quem tem sede de Justiça será saciado. Para essa saciação existe um caminho a percorrer. As consequências da prática da justiça não estão nesse reino terreno, não está nessa vida, mas na glória que virá, está lá no Reino dos Céus. Aqueles que praticam a justiça serão saciados no céu e não aqui. Quem escolheu andar no caminho da justiça, aqui na terra encontrará perseguição, sofrimento, morte. Jesus é o nosso padrão, Jesus andou nesse caminho, o que Ele teve antes de sua ressurreição? Segurança? Prosperidade? Paz? Conforto? A justiça de Deus foi saciada na cruz. Sabe quando seremos saciados? Quando formos pra cruz e morrer para o "eu" e se necessário morrer literalmente por Cristo, seremos saciados quando nos conformarmos (tomarmos forma) com Jesus em seus sofrimentos, assim como Paulo fez, assim como a igreja primitiva fez, assim como aqueles que entenderam o que é o verdadeiro evangelho fez.

Paz, belo blog.

Thiago disse...

Caro Fabricio, não pude deixar de comentar o seu comentário a respeito do Reino do Céus. Creio que nós precisamos nos atentar melhor ao fato de que Deus fez a terra para que nós pudéssemos habitá-la e viver nela da melhor maneira possível, de acordo com os princípios de Deus. Fomos criados para a terra e não para o Céu. Jesus Cristo reafirma esse propósito quando nos ensina a orar pedindo para que "Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu". Só assim viveremos na terra como Deus planejou. Essa idéia de vivermos no céu é mais um delírio da igreja Católica que permanece dentro da cultura evangélica, seria um atestado de incompetência divina abandonar o propósito original e nos levar para viver no Céu. Deixe Cristo te libertar dessa cadeia também.

Com amor em Cristo.

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