quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Definição de um Homem Espiritual

Somente o Espírito Santo pode fazer crentes espirituais. É seu trabalho levar os homens à espiritualidade. A fé em Cristo faz de alguém um crente regenerado; a obediência ao Espírito Santo faz dele um crente espiritual. Assim como o relacionamento correto com Cristo gera um cristão, assim o relacionamento adequado com o Espírito Santo produz um homem espiritual.

Nos preparativos do projeto redentor de Deus, a cruz realiza a obra de destruir tudo aquilo que vem de Adão, enquanto que o Espírito Santo executa a obra de edificar tudo aquilo que vem de Cristo. A cruz torna a espiritualidade possível aos crentes, mas é o Espírito Santo quem os torna espirituais.

O significado de ser espiritual é pertencer ao Espírito Santo. Ele fortalece o espírito humano com o poder a fim de governar o homem inteiro. Entendemos então que o propósito da habitação do Espírito Santo no espírito humano é “governar”. Em nossa busca da espiritualidade e do Reino dos céus nunca devemos esquecer o Espírito Santo.

Um crente espiritual difere de outros pela simples razão de ter todo o seu ser governado por seu espírito. Tal controle do espírito significa mais do que a autoridade do Espírito Santo sobre a alma e o corpo do homem; significa também que o próprio espírito do homem, após ser elevado à posição de “cabeça” sobre o homem todo por meio da operação do Espírito Santo e da cruz, não é mais governado pela alma e o corpo, mas é bastante poderoso para subjugá-los ao seu governo.

A Bíblia diz: “Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb. 4:12).

Estamos vivendo pela liderança intuitiva no espírito, ou pela boa ou má influência natural da alma? A Palavra de Deus é que deve julgar nesse sentido particular, pois somente a cortante Espada de Deus pode diferenciar a fonte de nosso viver. Assim como a faca do homem divide juntas e medulas, assim a Espada de Deus também penetra e separa o espírito e a alma que estão intimamente ligados.


A divisão destes dois órgãos é necessária para se entrar na vida espiritual. É aquela preparação sem a qual os crentes continuarão a serem afetados pela alma e por isso acabarão seguindo sempre um caminho misto: algumas vezes andando segundo a vida do espírito e outras segundo a vida natural da alma. Se a vida exterior de um crente for definitivamente separada de sua vida interior de tal modo que ele possa andar segundo a vida interior e não sofrer as influências da alma, então saberá distinguir com clareza o que é do espírito e o que é da carne. Ele entenderá que não apenas o pecado, mas tudo o que pertence à alma é corrompido e maculado e deve ser resistido.


A alma, a sede da personalidade do homem, pertence ao natural. Tudo o que ela pode e deve ser é um vaso para expressar o fruto da união entre o Senhor e o homem interior do crente. O apóstolo Paulo informou seus leitores que: “Qualquer que está unido ao Senhor, faz-se um espírito com Ele” (I Co. 6:17). Observe que ele não disse “uma alma com Ele”.


O Senhor ressurreto é o Espírito doador de vida (I Co. 15:45). Sua união com o crente é, portanto, uma união com o espírito do crente. Nada em nossa alma pode nos capacitar para essa união; é somente no espírito que tal união é efetuada. Se houver mistura do que é natural com o espírito, isso causará impureza para a união dos espíritos.


Visto que o Espírito do Senhor é puro, o nosso precisa ser igualmente puro, a fim de ser verdadeiramente unido com Ele. Se um crente se apega às suas idéias maravilhosas e não está disposto a por de lado sua preferência e opinião, sua união com o Senhor não será manifestada na experiência. A união dos espíritos não permite qualquer coisa que seja da alma.


A cruz é maravilhosa! Ela é o fundamento para tudo o que é espiritual. O propósito e fim de sua operação é unir o espírito do crente com o Senhor ressurreto tornando-os um espírito. A cruz deve penetrar profundamente para livrá-lo do que é pecaminoso e do que é natural dentro dele, a fim de que possa ser unido à vida ressurreta positiva do Senhor e assim se tornar um espírito com Ele.


Espírito é unido a Espírito, para tornar-se um espírito, e o resultado será: servir ao Senhor “em novidade de espírito”:


“Quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, realçadas pela lei, operavam em nossos membros a fim de darem frutos para a morte. Mas agora estamos livres da lei, pois morremos para aquilo em que estávamos retidos, a fim de servirmos em novidade de espírito, e não na velhice da letra” (Rm. 7:5-6).

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