sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

O Trabalho de Restauração Foi Consumado

“Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer”. (Jo. 17:4)
A vinda de Cristo a esta terra foi com a principal finalidade de salvar o que se havia perdido. Como o homem se rebelou e perdeu o Reino, deduz-se então, que a obra que Jesus veio realizar tinha a ver com a restauração do homem à sua posição original.
A morte de Jesus no calvário, o sangue que ele derramou na cruz e sua ressurreição dentre os mortos foi necessária para quebrar esse espírito de rebelião na humanidade. Afirmamos se tratar de um espírito porque rebelião é uma atitude muito comum na natureza interior de cada ser humano. O homem já nasce com ela; está enraizada dentro de nós.
A rebelião é caracterizada por um antagonismo ao reino dos céus. Esse estado de beligerância não iria desaparecer facilmente e nem poderia ser ignorado. Ele tinha de ser quebrado, e Jesus quebrou este poder, permitindo aos habitantes da terra submeterem-se ao governo de Deus.
Quebrar um espírito de independência é muito difícil, mas foi isso que Jesus realizou. Ele nos deu a capacidade de reconhecer que o Pai é o Rei e que nós devemos ser obedientes a Ele. A passagem do homem de um estado de desobediência para a obediência é uma obra importante no processo de restauração.  
Note que a “obediência” tem tudo a ver com o Reino dos céus. Conforme o dicionário Michaelis, obedecer significa: “Submeter-se à vontade; cumprir as ordens de; estar sob a autoridade de; ficar sujeito a; deixar-se governar ou conduzir por; cumprir, observar. Jesus exerceu seu ministério com o propósito de destruir a idéia de independência e rebelião, mostrando que isto leva a conseqüências mortais.
Por outro lado, dependência a Deus leva à vida abundante. Devemos depender dele para que ele nos auxilie a ser quem fomos criados para ser. Jesus disse: “Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Vocês também não podem dar fruto, se não permanecerem em mim”. (Jo 15: 4)
O sacrifício supremo em favor da humanidade rebelde foi consumado por Jesus Cristo, e está disponível para todas as pessoas. Contudo, cada ser humano tem de fazer uma decisão pessoal: Comprometer-se com a escola do reino onde o Mestre é Jesus, entrar no reino por meio da aceitação de Seu sacrifício feito para quebrar o espírito de rebelião, e desejar o estado de submissão ao governo dos céus. Conforme o homem vai fazendo isto, ele receberá a natureza do reino dentro de si.
Devo alertar que há um perigo entre os que buscam a vida no espírito de obediência. É o esquecer-se da necessidade de reduzir continuamente a carne. Tratar as obras da carne descuidadamente e não considerá-las um perigo sério para o seu crescimento espiritual, pode levar a um estado de espiritualidade carnal, da alma.
Não esqueça que a morte é o fundamento de toda a obra de restauração. Não nos enganemos pensando que somos tão avançados espiritualmente que a carne não tenha mais poder para nos atrair. Isto é uma tentativa do inimigo para nos retirar da base da cruz, a fim de fazer-nos exteriormente espirituais, porém, carnais interiormente. Devemos habitar constantemente na morte do Senhor.
Nossa segurança está no Espírito Santo. O caminho seguro é a nossa prontidão para sermos ensinados, temendo sempre ao Senhor. Devemos submeter-nos alegremente a Cristo e confiar no Espírito Santo, para que Ele aplique em nós o morrer de Cristo, a fim de que Sua vida possa ser manifestada.
Se vivermos por fé e obediência, podemos esperar que o Espírito Santo faça uma obra maravilhosa em nós. Se cremos que o Espírito Santo habita em nós; então andemos pelo Espírito, isto é nossa obediência: “Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito”. (Gl. 5:25).   

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