segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O Conflito Entre o Velho e o Novo Homem

É importante que uma pessoa regenerada possa compreender que mesmo tendo recebido o “novo nascimento” ela ainda permanece de posse de seus dons naturais. Mesmo tendo agora um espírito vivificado, o homem ainda continua tendo em si os elementos da carne.
Na carta aos Romanos podemos ver que os componentes da carne são principalmente “o pecado” e “o ego”. (Rm. 7:17-18) Se você quer compreender a vida espiritual, você deve estar bem esclarecido sobre esses dois elementos da carne.
Sabemos que o Senhor Jesus tratou com o pecado da nossa carne na Sua cruz. E a Palavra nos informa que o “nosso velho ego” foi com ele crucificado: “Pois sabemos isto, que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito a fim de não servirmos mais ao pecado”. (Rm. 6:6)
Com respeito ao pecado, não se exige que o homem faça coisa alguma. Ele só precisa considerar que o pecado já foi desfeito e que isso é um fato consumado e ele colherá a eficácia da morte de Jesus, sendo totalmente libertado do poder do pecado. (Rm. 6:14) Mas, em relação ao ego algo deve ser feito, precisamos negar o ego!
Saiba que a cruz de Cristo trata com o pecado e o Espírito Santo, por meio da cruz, trata com o ego. Cristo liberta o crente completamente do poder do pecado, através da cruz, para que o pecado não reine novamente, Cristo o capacita a vencer o ego diariamente e assim o homem pode obedecê-Lo perfeitamente. A libertação do pecado é um fato consumado; a negação do ego deve ser uma experiência diária.
Para conquistar vitória sobre o pecado o crente só precisa de um momento de fé e arrependimento sincero; para negar o ego, ele precisa de uma vida inteira. Saiba que Jesus não teve dificuldade nenhuma com relação ao pecado, contudo, durante toda a Sua vida, o Senhor negou-se a si mesmo. O mesmo deve ser verdade para nós.
“andai pelo Espírito e não haveis de cumprir a cobiça da carne. Porque a carne luta contra o Espírito e o Espírito contra a carne”. (Gl. 5:16-17)
A carne exige plena soberania, a vida espiritual também. A carne deseja que o homem esteja ligado a ela para sempre, enquanto que a vida espiritual quer ter o homem completamente submisso ao Espírito Santo. A carne e a vida espiritual diferem entre si em todos os pontos. A primeira é semelhante à natureza do primeiro Adão e a natureza da última pertence ao último Adão. A motivação da primeira é terrena, a da segunda é celestial. A carne focaliza todas as coisas no ego, a vida espiritual centraliza tudo em Cristo.
A carne deseja conduzir o homem a pecar, mas, a vida espiritual anseia por conduzi-lo à justiça. Visto serem estes dois tão essencialmente contrários, o homem vive o constante conflito entre sua velha natureza e o novo homem.
Em Romanos 7, Paulo exprime a angústia interior deste conflito: “Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço”. (v. 19) Muitos entenderão o porquê de seu grito de desespero: “Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte”? (v. 24)
É por meio deste conflito que Deus provoca o crente a buscar e assegurar a vitória contra a carne através de Cristo. Provarão, por fim, a alegria de experimentar o que Paulo experimentou: “Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor”. (v. 25) “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito, porque a lei do espírito de vida, em Cristo Jesus, livrou-me da lei do pecado e da morte”. (Rm. 8:1-2)
Saiba que ninguém obterá vitória contra a carne a não ser por meio de Cristo Jesus. Ele é a nossa vitória! 

2 comentários:

karita/humberto disse...

Comparável à luta interior entre a alma e o espírito!

Luciano Mendes disse...

Louvado seja o Senhor Jesus Cristo por essa palavra! Precisamos entender de uma vez por todas que a nossa suficiência não está em nossos esforços humanos e físicos para obtermos a vitória sobre o pecado, e o caminhar carnal.a nossa vitória está no Senhor das nossas vidas, Ele nos diz claramente na sua palavra: "porque sem mim nada podeis fazer".

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