quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Qual a sua motivação?

“O critério pelo qual toda conduta será finalmente julgada é o motivo”


Sabemos que a era do Reino milenar é um tempo especialmente preparado por Deus para recompensar os fiéis e punir ímpios. Aquele período será peculiar e especial. Será o tempo de exercer a justiça divina: “Para que sejam julgados todos os que não creram na verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade” (II Tessalonicenses 2: 12).
O Tribunal de Cristo é um fato bíblico que demonstra a importância que tem para o Senhor o agir com justiça em todas as suas obras. Seria incoerência dar aos cristãos, de forma indiscriminada, as recompensas prometidas sem que antes Ele considere os verdadeiros motivos que os levaram a praticá-las.
Como a água não pode subir mais alto do que o nível da sua fonte, assim a qualidade moral de um ato nunca pode ir mais alto do que o motivo que o inspirou. Por esta razão, nenhum ato procedente de um mau motivo pode ser bom, ainda que o resultado dele possa parecer bom. Toda ação praticada por ira ou despeito, por exemplo, poderá ser avaliada como uma ação do inimigo contra o Reino de Deus.
Infelizmente a natureza da atividade religiosa é tal que muita coisa que os cristãos praticam religiosamente pode ser motivada por razões não boas, como a raiva, a inveja, a ambição, a vaidade e a avareza. Toda atividade com esse ranço pecaminoso é essencialmente má e como tal será avaliada no julgamento.
Nesta questão de motivos, como em muitas outras coisas, os fariseus servem como claros exemplos. Eles foram os mais tristes fracassos religiosos do mundo, não por causa de erro doutrinário, nem porque fossem pessoas de vida abertamente dissoluta. Todo o problema deles estava na qualidade dos seus motivos religiosos. Oravam, mas para serem vistos pelos homens, e desse modo a sua motivação arruinava as suas orações e as tornava não somente inúteis, mas realmente más.
Contribuíam generosamente para o serviço do templo, mas às vezes o faziam para escapar do seu dever para com seus pais, e isso era um mal, um pecado. Assim era com quase tudo que faziam. Suas atividades eram cercadas de uma aparência de santidade, e essas mesmas atividades, se realizadas por motivos puros, seriam boas e louváveis. Toda a fraqueza dos fariseus era resultado da qualidade dos seus motivos.
Sabemos que aqueles religiosos formais e ortodoxos continuaram em sua cegueira até que finalmente crucificaram o Senhor da glória sem um pingo de noção da gravidade do seu crime.
Atos religiosos praticados por motivos errados são duplamente maus porque são praticados em nome de Deus. Isso é equivalente a pecar em nome daquele ser que é sem pecado, a mentir em nome daquele que não pode mentir, e a odiar em nome daquele cuja natureza é amor.
Os cristãos, principalmente os muito ativos, devem examinar frequentemente o seu coração para ter clareza quanto aos seus motivos. Muitos louvores são cantados para exibição; muitas pregações são feitas para provocar admiração e fama; muitas igrejas são fundadas a custa de divisões e contendas, quando não por ambição financeira.
Um bom modo de evitar a armadilha da atividade religiosa vazia é comparecer ante Deus, sempre que possível, com as nossas Bíblias abertas no capítulo 13 de I Coríntios. Nele o apóstolo Paulo enfatiza que o serviço religioso só será plenamente válido quando motivado pelo amor. Sem amor, profetas, mestres, cantores e músicos, praticantes de obras sociais e até mesmo mártires, serão despedidos sem recompensa.
Para resumir, podemos dizer simplesmente que, à vista de Deus, somos julgados, não tanto pelo que fazemos como por nossas razões para fazê-lo. Não ‘o que’ mas ‘por que’ será a pergunta importante quando nós comparecermos no tribunal para prestarmos contas dos atos praticados enquanto no corpo físico.  

1 comentários:

Luciano Mendes disse...

Louvo ao Deus de toda a criação,ao Rei dos reis por essa mensagem!Que palavra incrível e poderosa da parte do nosso Rei.Estava meditando na palavra de Deus e encontrei várias vezes a palavra coração, e infelizmente a maioria dos versículos que Deus fala a respeito do coração do homem, Ele denuncia a dureza, a maldade, etc.
E eu entendo que a questão da motivação passa pelo coração.Por isso não devemos confiar no nosso coração; a bíblia diz em (Jr cap17:9)"Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto;quem o conhecerá?"
Devemos balizar nossas vidas pelo Senhor e sua palavra porque Ele conhece os intentos do coração, devemos sempre checar com Ele as nossas motivações de estarmos trabalhando para o Senhor, porque podemos ter surpresas terríveis quando comparecermos diante do tribunal de Cristo, e descobrirmos que as motivações estavam todas erradas ou pelo menos parte delas.(ISaías cap 11:3"Deleitar-se-a no temor do Senhor;não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem reeprenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos;) devemos ponderar nisso.

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