terça-feira, 10 de novembro de 2009

Um diálogo de Vida e Morte

“Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu Reino” (Lucas 23: 42).
Sabemos que dois malfeitores foram crucificados juntamente com Jesus, um à sua direita e outro à sua esquerda. Poderíamos chamá-los de ‘arruaceiros’, talvez eles fizessem parte de um esquema organizado para derrubar o governo romano. É provável que esses dois homens fossem os criminosos mencionados em Marcos 15: 7, que diz: “Um homem chamado Barrabás estava na prisão com os rebeldes que haviam cometido assassinato durante uma rebelião”.
Mateus nos conta que, inicialmente, ambos lançavam insultos a Jesus. “Igualmente o insultavam os ladrões que haviam sido crucificados com ele” (Mateus 27: 44). A palavra traduzida como “insulto” literalmente significa “blasfêmia”. Os dois homens gritavam palavras rudes, talvez até obscenas concernentes às coisas sagradas e ao estilo de vida adotado por Cristo. Em sua agonia eles lançavam suas maldições e insultos contra o Filho de Deus.
“Então você é o grande Messias, o rei dos judeus. Bem, pois salva-te a si mesmo e a nós”. Eles estavam preocupados em salvar a pele, não estavam interessados em Jesus. Eles queriam ser libertados. Porém, algo extraordinário aconteceu.
Um dos malfeitores mudou o seu comportamento. Ele ficou diferente e passou a dizer ao companheiro: “Você não teme a Deus, nem estando sob a mesma sentença? Nós estamos sendo punidos com justiça, porque estamos recebendo o que os nossos atos merecem. Mas esse homem não cometeu nenhum mal” (Lucas 23: 40-41).
O que provocou a mudança repentina deste criminoso? Podemos pensar em pelo menos duas razões para a mudança de coração desse homem agonizante. Primeiro, ele observou a placa acima da cabeça de Jesus: “ESTE É O REI DOS JUDEUS”. Esta declaração não fora escrita com a intenção de expressar uma verdade. De fato, os líderes judeus haviam dito a Pilatos:”Não permita que esta placa diga, “Este é o Rei dos judeus”. Eles queriam que fosse escrito: “Ele disse que é o Rei dos judeus”. Mas Pilatos permaneceu irredutível. “O que escrevi, escrevi”, ele disse.
Penso que o segundo ladrão, quando olhou para a placa, começou a acreditar que era verdade. O segundo fator que mudou seu coração foi ver o silêncio de Cristo – o modo como Ele lidou com todos aqueles insultos. A atitude de Jesus causou forte impacto sobre o malfeitor. Em seu silêncio e controle, Jesus ofereceu as boas novas (o evangelho) que têm poder de mudar uma vida. E aquele insensível e duro criminoso reagiu. Ele percebeu que Jesus não era alguém comum. Ele viu nele mais do que um simples homem e com um misto de desespero e fé, ele implorou:“Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu Reino”.
Como ele pode saber que Cristo tinha um reino? Ele leu a placa: “O Rei dos judeus”, e reis têm reinos. Ele compreendeu a verdade. Ele percebeu que aquele homem poderia mudar o seu destino eterno. Posso afirmar que não ficarei surpreso se eu encontrar esse ladrão no Reino dos céus. Por que eu penso assim? Porque ele se arrependeu e desejou ser um cidadão do Reino. Ele creu que Jesus era um rei e rogou por sua ajuda. Pode ter certeza que aquele homem não obteve apenas o paraíso, ele entrou no Reino dos céus.
“Digo-vos que todo aquele que me confessar diante dos homens também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus” (Lucas 12: 8).
Lembre-se da fé do ladrão na cruz. Sem saída, desesperadamente perdido, totalmente depravado, culpado de delito, condenado à morte por crucificação, incapaz de mudar qualquer coisa em sua história pessoal, com apenas poucas horas de vida, ele, com fé simples, diz: “Lembra-te de mim”.
Compreender o significado do Reino é fundamental para que o homem possa se tornar, pela fé, um cidadão do reino. Creia e faça você, como fez o ladrão na cruz.
“Arrependei-vos, porque é chegado a vós o Reino dos céus”!    

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