segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Considerações sobre o Reino milenial de Cristo

Uma das doutrinas centrais do Novo Testamento, frequentemente negligenciada, é a do conselho celestial de Cristo, na qual é feita uma declaração a respeito da entronização de Cristo ao lado direito do Deus Soberano dos céus e da terra.
“Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas” (Hebreus 1: 3).
Este é um tema frequentemente reiterado no Novo Testamento. “De glória e honra o coroaste e o constituíste sobre as obras de suas mãos. Todas as coisas sujeitaste debaixo dos seus pés”. (Hebreus 2: 7,8).
“Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus, aguardando, daí em diante, até que os seus inimigos sejam postos por estrado dos seus pés” (Hebreus 10: 12, 13).
Temos aqui uma alusão clara ao Salmo 110: 1: “Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés”. A ‘direita’ é o lugar de preferência, de poder, de preeminência. Isto tem a ver com o domínio de Cristo como Rei messiânico.
A direita é, com efeito, do trono de Deus. “Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como Eu também venci e me sentei com meu Pai no trono” (Apocalipse 3:21). Cristo reina agora, do Céu, como vice-regente de Deus. O reinado de Cristo tem como objetivo subjugar qualquer poder hostil.
“E então virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder. Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte”. (I Coríntios 15: 24-26).
A verdade da presente exaltação e reinado de Cristo está expressa claramente na passagem cristológica – Filipenses 2: 5-10. Embora subsistindo em forma de Deus, Cristo não considerou esta igualdade com Deus algo a que devesse se apegar, como Adão tentou fazer. Ao invés, ele se derramou tomando a forma de um escravo, nasceu à semelhança do homem. Reconhecido em figura humana, ele se humilhou tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. É por isso que Deus o exaltou sobremaneira e deu a Jesus o título e a posição de Senhor. O objetivo de Deus é que ao nome de Jesus se dobre todo joelho e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor para a glória de Deus Pai.
A principal confissão de fé dos cristãos primitivos não era Jesus como Salvador mas de Jesus como Senhor:
“Se com tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo” (Romanos 10: 9).
Isto é mais do que uma confissão que Jesus é nosso Senhor. É, na verdade, uma confissão teológica na qual reconhecemos que Deus exaltou Jesus à posição de Senhor. Ele é o Senhor; ele foi exaltado à mão direita de Deus. Portanto, nós o fazemos nosso Senhor quando nos submetemos à sua soberania.
Senhorio e reinado são termos equivalentes. Isto se vê neste texto: “Deus é nosso “bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores”. (I Timóteo 6: 15). Por isso é que os apóstolos ensinaram e deixaram seus escritos mencionando Jesus como Senhor e Cristo. Cristo significa “ungido” e se refere a seu papel como Rei davídico. Senhor é uma palavra religiosa que significa soberano.
A Segunda Vinda de Cristo será nada menos do que a exibição ao mundo do senhorio e reinado que já são seus. Ele é Senhor agora à destra de Deus. Porém, seu reino presente só é visto com o olhar da fé. É invisível e irreconhecível para o mundo. Porém, quando Ele voltar, será então o desvendamento – revelação – a exibição do senhorio que já é seu. Será a manifestação da “glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus”.
O reino milenial de Cristo será a manifestação na história da soberania e reinado que já são seus. 

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