quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O Reino expresso na mensagem e no ministério de Cristo

De muitas maneiras a mensagem e ministério de Cristo exibem os vários aspectos do Reino conforme é apresentado na profecia do Antigo Testamento. Apesar do ensino tão claro de Cristo, o Rei e seu reino foram rejeitados.
Na época do primeiro anúncio do Reino, Jesus compreendeu que havia condições. O oferecimento do Reino era genuíno, mas era também condicionado ao homem. Jesus encontrou oposição desde o princípio de seu ministério público. Ele foi repudiado em Nazaré (Lc 4. 28, 29). Na segunda páscoa, procuravam matá-lo (Jo 5. 18, 43). Até mesmo sua popularidade diante do povo simples variava de ocasião em ocasião. Num dia queriam fazê-lo rei, mas no dia seguinte o desamparavam (Jo 6. 15, 60, 66).
A oposição cresceu sempre até atingir proporções de crise. Ele foi acusado de blasfêmia e de estar de acordo com o diabo (Mt 9. 3, 34). Seu ministério no sábado agravou a situação (Mt 12. 2). Isso culminou finalmente na morte de Cristo, na rejeição do Reino e sua suspensão temporária. Tendo rejeitado o Rei, a nação de Israel rejeitou o Reino que ele veio estabelecer. Porém, um pequeno rebanho acreditou na palavra de Cristo e segui-o de forma confiante e esperançosa. A estes disse o Senhor: “Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino” Lc 12. 32).
Compreendendo que sua rejeição e de seu reino seria inevitável, Cristo procurou preparar seus discípulos para esse evento. Em uma série de parábolas ele esquematiza a forma de expansão do reino durante o período de rejeição por Israel. Haveria uma semeadura em antecipação ao estabelecimento futuro do Reino (Mt 13. 3-9). Isto resultaria em um crescimento misterioso (Mc 4. 26-30).
Um remanescente fiel permaneceria no campo para ser redimido (Mt 13. 44), e uma pérola de grande valor, a igreja, também no campo, será redimida (Mt 13. 45, 46). No fim dos tempos haverá uma separação do que é bom e do que é mau (Mt 13. 47-50).
Nessa hora Cristo revela planos para uma mudança de direção em seu ministério para cumprir o propósito do Pai para a época de rejeição do Reino. Ele vai edificar a igreja, uma nova sociedade de crentes (Mt 16. 13-20). Ele começa a instruir seus discípulos mais claramente sobre a necessidade de sua morte e ressurreição (Mt 16. 21; 17. 22, 23; 20. 17-22). Mas ele também lhes assegura que voltará em glória para estabelecer seu reino.
Na transfiguração ele lhes dá uma antevisão da sua aparência gloriosa (Mt 17. 1-8) e promete que eles participarão desse reino (Mt 19. 27-28). Nenhum elemento importante de instrução foi omitido por Cristo ao preparar os seus para o que estava por vir. Ele deixou claro a respeito do tempo em que seria    estabelecido o Reino (Lc 21. 7-19). Finalmente, ele fez um discurso profético esquematizando o curso dos eventos que ocorreriam antes de sua volta para estabelecer o Reino (Mt 24. 3-44).
Veio então a noite da traição, seguida de julgamentos. Em tudo isso Cristo nunca mudou suas posições, mas continuou a afirmar ser o Rei mediatório da profecia do Antigo Testamento.
“Jesus, porém, guardou silêncio. E o sumo sacerdote lhe disse: Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus. Respondeu-lhe Jesus: Tu o disseste; entretanto, eu vos declaro que, desde agora, vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu” (Mt 26. 63-64).
O Reino identificava-se de tal maneira com o Rei que rejeitá-lo era rejeitar o Reino. Os evangelhos dão uma explicação para a rejeição. Desde o princípio estava claro que os requisitos espirituais para a entrada no Reino eram elevados demais para serem aceitos facilmente (Mt 5. 20).
A veemência com que Jesus denunciou a religiosidade judaica, mostrando que era meramente externa, cerimonial, tradicional e carnal, irritou os judeus. O julgamento da liderança civil e religiosa de Israel perante o tribunal da verdade revelada constituiu razão para a rejeição.
Cristo e seu reino experimentaram uma rejeição completa por parte de Israel. Governantes, sacerdotes e povo uniram-se em uma totalidade como nação para rejeitar completamente o Rei e seu Reino.
Resta pensar: Será que essa geração atual de crentes irá aceitar e desejar o Reino dos céus?   

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