terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Porque devemos crer no reinado milenial de Cristo

“Mas nos dias destes reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído; este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos estes reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre” (Daniel 2: 44).
O primeiro livro apocalíptico foi o do profeta Daniel, e a preocupação principal dos apocalípticos é o fim desta era e o estabelecimento do Reino de Deus. Daniel viu quatro bestas levantarem-se do mar que representam uma sucessão de quatro impérios mundiais. Então ele vê um como que filho de homem vir do trono de Deus e receber um reino que ele traz à terra, e entrega aos santos do Altíssimo. Esta é a maneira de Daniel descrever o fim desta era e o estabelecimento do reino de Deus.
No Apocalipse de João, a besta do capítulo 13 é ao mesmo tempo a Roma da história antiga e um Anticristo escatológico. A primeira coisa que devemos perceber é que os acontecimentos de Apocalipse 20 seguem-se à visão da Segunda Vinda de Cristo, que é retratada no capítulo 19: 11-16. Nesta visão a ênfase recai plenamente na vinda de Cristo como Vencedor.
Ele é retratado montado num cavalo branco, como um guerreiro, acompanhado dos exércitos do Céu. Ele vem como “Rei dos reis e Senhor dos senhores” (Ap 19:16). Ele vem para batalhar contra o Anticristo, que foi retratado nos capítulos 13 e 17. É digno de nota que a única arma mencionada é a espada que procede de sua boca. Com ela Ele fere as nações (Ap 19:15). Isto é realmente um prodígio. Ele ganha suas vitórias apenas com a sua palavra que é “viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes” (Hb 4:12). Ele não vencerá pelo uso das armas militares do mundo, mas com sua palavra simplesmente. Ele falará e terá vitória. O tema do Apocalipse de João é o retorno do Senhor para consumar a obra iniciada no jardim do Éden.
Essa foi também uma característica de Cristo em sua primeira vinda a essa terra. Ele enfrentou o império romano e também os poderes religiosos judaicos apenas com a sua palavra e seu ensino sobre o Reino dos céus. Seu foco sempre foi realizar a obra de Seu Pai celestial.
“Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele” (Apocalipse 1:7).
Essa é uma doutrina central em cada porção do Novo Testamento. A Encarnação foi uma invasão divina na história na qual a majestade e a glória divinas foram reveladas através e na pessoa de Jesus. A Segunda Vinda será uma segunda invasão divina, na qual a majestade e glória de Deus serão reveladas. Apocalipse 19 é a única passagem no Apocalipse que descreve Segunda Vinda de Cristo. Se esta passagem for interpretada de modo diferente teremos a anulação do ensino teológico sobre o segundo advento de Cristo.   
Jesus utilizou a metáfora de um banquete de casamento para descrever a vinda escatológica do Reino (Mateus 22: 1-14). E comparou a hora da vinda do Reino – desconhecida – com a hora incerta da chegada do noivo (Mateus 25: 1-13). Paulo compara o relacionamento da igreja com Cristo com o de uma “virgem pura a um só esposo” (II Co 11:2). Aqui, a igreja ainda não é a esposa; o casamento, as bodas do Cordeiro, é a união escatológica.
Mais uma vez Paulo compara o relacionamento de Cristo e sua igreja com o de um marido e sua esposa (Ef 5: 25-33), mas o casamento mesmo é visto como futuro, quando a igreja é apresentada perante Ele “gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” (Ef 5:27). Além disso, Apocalipse 19: 6-10 anuncia as “bodas (casamento) do Cordeiro” – a união de Cristo com a esposa, a igreja, que acontecerá na volta de Cristo.
No Apocalipse, o casamento em si é uma maneira metafórica de mencionar o ato final da redenção, quando “o tabernáculo de Deus (está) com os homens, e Deus habitará com eles. Note que em nenhum momento é mencionado que nós iremos viver no céu, mas sim que Deus virá habitar com os homens:
“Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles” (Ap 21:1-3).
Para nós está bem claro: O tabernáculo de Deus descerá até nós, não diz que nós iremos subir até o tabernáculo. Somos feitos para esse planeta, temos um compromisso de dominar e governar essa terra, esse é o propósito eterno de Deus ao criar a terra e tudo que nela há. Cremos e desejamos que Deus não desista nunca deste propósito!   

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