A profecia no Antigo Testamento começa com algumas referências esparsas e um tanto obscuras nos livros de Moisés. A maior parte destas citações está centrada no Reino mediatório, o que significa dizer que Deus exerce controle sobre este reino através de um representante divinamente escolhido que fala e age por Deus com o povo, por um lado, e por outro representa o povo perante Deus: Ele será o descendente da mulher (Gn 3. 15) que habita nas tendas de Sem (Gn 9. 27), vem através de Abraão (Nm 24. 17) e será um profeta como Moisés (Dt 18. 15).
A Davi é assegurado que sua casa, reino e trono, serão estabelecidos para sempre (I Cr 17. 1-4 e II Sm 7. 14). Isto terá cumprimento pleno em Cristo, que é seu descendente (Lc 1. 31-33). A profecia preditiva faz uma descrição clara do reino vindouro.
Será um reino literal no sentido pleno da palavra. Esse reino não é um ideal abstrato pelo qual os homens estão lutando, mas nunca atingirão. Será tão real quanto qualquer reino na face da terra, tão real quanto o reino histórico em Israel. O lugar verdadeiro, que será seu centro administrativo, é Jerusalém e suas vizinhanças (Ob 12-21).
Um Rei verdadeiro se assentará em seu trono material: “Os teus olhos verão o rei na sua formosura, verão a terra que se estende até longe” (Isaías 33. 17). As nações da humanidade participarão de seu ministério de bem estar e salvação: “porque o Senhor consolou o seu povo, remiu a Jerusalém. O Senhor desnudou o seu santo braço à vista de todas as nações; e todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus” (Isaías 52. 9-10).
Os reinos ímpios deste mundo serão levados a um fim repentino e catastrófico na vinda de Cristo, e seu reino os suplantará: “Mas nos dias destes reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído; este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos estes reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre” (Dn 2. 44).
Este reino será um reavivamento e a continuação do reino davídico histórico: “Naquele dia, levantarei o tabernáculo caído de Davi, repararei as suas brechas; e, levantando-o das suas ruínas, restaurá-lo-ei como fora na antiguidade” (Amós 9. 11).
Os profetas disseram também que um renovo fiel e regenerado de Israel será restaurado e feito o núcleo desse reino, e assim a aliança com Davi será cumprida: “Certamente, te ajuntarei todo, ó Jacó; certamente, congregarei o restante de Israel; pô-los-ei todos juntos, como ovelhas no aprisco, como rebanho no meio do seu pasto; farão grande ruído, por causa da multidão dos homens” (Mq 2. 12).
“Dos que coxeiam farei a parte restante e dos que foram arrojados para longe, uma poderosa nação; e o Senhor reinará sobre eles no monte Sião, desde agora e para sempre” (Mq 3. 7).
Jerusalém se tornará a capital do grande Rei, da qual ele governará o mundo: “Irão as nações e dirão: vinde e subamos ao monte do Senhor e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos e andemos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e a palavra do Senhor, de Jerusalém” (Is 2. 3).
A manifestação do Reino mediatório também é literal. É algo que faz parte do desenrolar progressivo dos eventos na sequência do tempo. Quando o reino for estabelecido, será precedido por uma série de julgamentos de âmbito mundial que repercutirão em toda a estrutura da natureza: Sol, lua, estrelas, terremotos, inundações, fogo, fome e pestilência, todos eles afetando as nações da humanidade: “O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor” (Jo 2.3).
Tudo isto significa que o estabelecimento do Reino não será um processo longo, estendido, mas será repentino, catastrófico, sobrenatural, na esfera da experiência sensível, de tal forma que toda a humanidade saberá que Deus está interrompendo o curso da História humana e introduzindo algo divino na ordem natural: “A glória do Senhor se manifestará, e toda a carne a verá, pois a boca do Senhor o disse” (Isaías 40. 5).
“De repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o Anjo da Aliança a quem vós desejais; eis que ele vem, diz o Senhor dos Exércitos. Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem poderá subsistir quando ele aparecer? Porque ele é como o fogo do ourives e como a potassa dos lavandeiros” (Ml 3. 1-2).
Essas são algumas das muitas evidências proféticas que comprovam o que queremos mostrar: A Bíblia é um livro que nos fala, do princípio ao fim, a respeito do Reino de Deus. Creia nisso e procure acatar o governo de Deus sobre sua vida hoje!
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