terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A Constituição do Reino

Uma das coisas mais difíceis para os crentes entenderem é o Reino dos céus. O Reino dos céus não corresponde a qualquer conceito natural ou religioso. Para entendermos o Reino dos céus devemos livrar-nos dos conceitos tradicionais recebidos do nosso passado no cristianismo. Estudamos esse assunto por muitos anos e continuamos a estudá-lo diariamente para termos a certeza de que o que temos visto na Bíblia a respeito do Reino está correto.
O Evangelho de Mateus é o Evangelho do Reino dos céus e por isso estamos gastando algum tempo para compreendermos bem o seu conteúdo. Os capítulos 5, 6 e 7 são chamados de “a constituição do Reino dos céus”. Cada nação tem uma constituição. Certamente que o Reino dos céus deve ter uma constituição e nesses três capítulos, as palavras faladas pelo Rei do Reino dos céus nos declaram aspectos importantes dessa constituição.
A constituição do Reino dos céus é composta de sete seções:
·                     A natureza do povo do Reino – Cap. 5:1-12.
·                     A influência do povo do Reino sobre o mundo – vs. 13-16.
·                     A lei do povo do Reino – vs. 17-48.
·                     Os feitos justos do povo do Reino – cap. 6:1-18.
·                     O tratamento do povo do Reino com as riquezas – vs. 19-34.
·                     Os princípios do povo do Reino ao tratar com os outros – cap. 7:1-12.
·                     A base do viver e obra do povo do Reino – vs. 13-29.
Mateus 5:1 diz: “Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e como se assentasse, aproximaram-se dele os seus discípulos”. O novo Rei chamou Seus seguidores no litoral, mas subiu ao monte para dar-lhes a constituição do Reino dos céus. Isso indica que precisamos ir mais alto com Jesus para ter a percepção do Reino dos céus.
É muito significativo que a constituição do Reino tenha sido decretada sobre um monte. O mar significa o mundo corrompido de Satanás. Quando fomos alcançados pelo Senhor, estávamos no mundo corrompido de Satanás esforçando-nos para ganhar a vida. Mas após o Senhor Jesus nos chamar, Ele nos levou a um alto monte que representa o Reino dos céus.
Na Bíblia, um monte algumas vezes representa o Reino. Por exemplo, de acordo com Daniel 2:34-35, a pedra cortada sem o auxílio de mãos quebrou a imagem em pedaços e tornou-se uma grande montanha que encheu toda a terra. Essa montanha representa o Reino, especialmente o Reino dos céus.
Se quisermos ouvir o decreto da constituição do Reino dos céus, não podemos estar numa planície, mas devemos subir num alto monte. Devemos estar num nível alto para ouvir e entender essa constituição. No litoral, o Senhor simplesmente disse: “Segue-me”. Mas para decretar a constituição do Reino dos céus Ele levou-os ao cume de um monte. Seguir o Senhor pode ser fácil, mas ouvir e obedecer à constituição do Reino requer que subamos ao cume de um alto monte.
Nos versículos 1 e 2 vemos que o Senhor ensinou os discípulos, não as multidões. As multidões que se ajuntaram ao redor d’Ele eram o círculo externo, mas Seus discípulos eram o círculo interno. Embora você possa estar no monte, deve também estar no círculo interno, porque a constituição não é para os do círculo externo, é para o círculo interno.
Vamos ver agora a seção da constituição que fala sobre a natureza do povo do Reino. Os versículos 3-12 descrevem nove aspectos da natureza do povo do Reino: * Eles são pobres em espírito, choram pela situação presente, são mansos ao sofrer oposição, têm fome e sede de justiça, exercem misericórdia para com os outros, são puros no coração, têm paz com todos os homens, sofrem perseguição por causa da justiça e sofrem por serem difamados e injuriados.
Cada aspecto começa com a palavra: “Bem-aventurados”. Nas próximas leituras iremos analisar cada uma das bem-aventuranças para aprender como deve ser a nossa nova natureza no Reino dos céus. 

0 comentários:

Postar um comentário