“Logo, assim como por meio de um só homem muitos foram feitos pecadores, assim também, por meio da obediência de um único homem muitos serão feitos justos” (Romanos 5: 19).
Consideremos a história de Adão e Eva em Gênesis capítulos 2 e 3. Depois que Adão foi criado, Deus deu a ele algumas instruções. Ele ordenou-lhe que não comesse do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Devemos perceber que não se trata meramente de uma questão de comer ou não comer do fruto proibido. Na verdade, Deus colocou Adão sob a Sua autoridade com a intenção de que ele se submetesse a ela.
Adão precisava aprender a submeter-se para que pudesse, então, exercer autoridade sobre toda a terra. Somente aqueles que se submetem à autoridade podem ser autoridade.
Deus, então, determinou que Adão fosse a autoridade e que Eva estivesse submissa a ele. Entre os dois, Deus colocou um para ser autoridade e o outro para submeter-se. Tanto na velha criação quanto também na nova criação, a ordem de precedência é a base da autoridade. Quem quer que seja criado primeiro é a autoridade, quem quer que seja salvo primeiro é a autoridade.
Por essa razão, aonde formos, nosso primeiro pensamento deverá ser o de verificar quem é aquele a quem o Senhor quer que nos submetamos. Onde quer que estejamos, temos de identificar a autoridade e também temos de nos submeter a ela.
A queda do homem veio da não submissão à autoridade. Eva não buscou confirmação com Adão; ela tomou a decisão. Ela viu que o fruto era bom e saboroso; então agiu indevidamente e tomou a decisão por si mesma. Antes de estender a mão para pegar o fruto, ela primeiramente usou a cabeça para pensar e para receber a tentação. Então assumiu o encabeçamento, ou seja, a autoridade.
A atitude de Eva ao tomar o fruto não veio da submissão, veio sim da decisão do “eu”. Ela não somente transgrediu a ordem de Deus como também desconsiderou a autoridade de Adão. Rebelar-se contra a autoridade representativa de Deus é rebelar-se contra o próprio Deus. Adão ouviu a palavra de Deus e mesmo assim tomou o fruto. Isso foi pior ainda; foi uma desobediência à ordem direta de Deus. Dessa maneira, Adão também desconsiderou a autoridade de Deus e foi rebelde.
Eva não somente estava sob a autoridade de Deus; ela também estava debaixo da autoridade que Deus estabelecera. Ela tinha de se submeter a um duplo comando e a uma dupla autoridade. O mesmo ocorre conosco hoje. Eva somente pensou no fruto como sendo bom para alimento e nem pensou, naquele momento, que deveria agir em submissão mesmo na questão do comer.
Desde o princípio, Deus quis que o homem se submetesse em vez de propor suas próprias idéias. O ato de Eva, no entanto, não se originou da submissão, mas da sua própria idéia. Ela propôs sua idéia, transgrediu contra Deus, e tornou-se caída. Agir sem submissão provoca a queda. Um ato que não tem a submissão como base é um ato de rebelião, não importa quão bom ele seja.
Ao deparar-se com alguma situação que exige ação da parte do homem, logo ela parte para resolver aquilo. O homem gosta de agir, não costuma ficar parado. Ele não se importa em saber se existe ou não a submissão. Por essa razão é que muitas obras, mesmo as ditas “obras de Deus” são feitas pelo ego e não pelo ouvir e obedecer.
O homem não deveria fazer nada proveniente do conhecimento de certo e errado. Antes, deveria fazer todas as coisas provenientes da obediência. O princípio do discernimento do bem e do mal é o princípio de viver pelo certo e errado. Antes de Adão e Eva tomarem o fruto, o seu discernimento estava em Deus. O certo e o errado deles era o próprio Deus.
Mas depois que o homem comeu da árvore do conhecimento do bem e do mal, ele achou outra fonte de discernimento entre o certo e o errado além de Deus. Por essa razão, depois da queda do homem não havia necessidade de que ele buscasse a Deus. Agora ele poderia seguir sozinho por si mesmo. Ele poderia isolar-se de Deus para julgar entre o certo e o errado. Isso é a queda.
A obra de redenção é produzir em nós uma reviravolta de tal maneira que nos voltemos para Deus para que Ele seja o nosso certo e errado. Mas existem muitos cristãos hoje nos quais não há nem mesmo um mínimo de preocupação com o conceito de submissão. Para eles tudo isso é besteira, com eles não há tal necessidade. Porém, tendo em vista o propósito original de Deus, devemos estar atentos para aprender essa lição: toda autoridade, qualquer que seja ela, procede de Deus. Ele está acima de todas as autoridades, portanto onde quer que estejamos, ofender a autoridade que representa Deus é ofender o próprio Deus. Um cristão deve submeter-se à autoridade.
1 comentários:
agradeço a Deus por todas essas mensagens que tenho recebido pois tem edificado minha vida e meu coração e quero cada dia me submeter a autoridade de Deus.
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