sábado, 5 de dezembro de 2009

A antiga questão da rebeldia

Antes que a humanidade pudesse ser plenamente restaurada ao Reino, a questão de nossa rebeldia contra Deus tinha de ser solucionada. Essa rebeldia é o que a Bíblia chama de ‘pecado’, e é algo presente na natureza humana, um legado ancestral da traição de Adão e Eva no Éden.
A vida e a morte de Jesus foram pautadas pela total obediência e submissão à autoridade de Deus. Esse foi o preço pago por nossa rebeldia para que pudéssemos ser restaurados a uma posição justa com Deus, nosso Rei, e recuperarmos nosso status original, como governantes do domínio terreno.
A mensagem do evangelho – as boas novas – não trata apenas da cruz. Esta é a porta que nos leva de volta ao Reino. A cruz de Crista aponta para a restauração do Reino de Deus. Ela diz respeito à restauração de poder e autoridade. Fala de recuperar um domínio e não de uma religião. Tratava-se de restabelecer nosso pleno direito como filhos do Rei.
Jesus Cristo não veio a este mundo para reunir um exército de servos, mas para restaurar os filhos do Rei à sua posição de direito – como governantes e herdeiros do Reino dos céus. Somos herdeiros e estamos destinados a exercer o domínio de nosso Pai, então devemos aprender sobre esse Reino e entender como ele funciona. Precisamos aprender a pensar, a falar e a viver como cidadãos do Reino.
O Reino de Deus é a mensagem mais importante de nossa era e a resposta para o dilema da sociedade humana, desde a antiguidade até os dias de hoje. De acordo com Jesus Cristo, todos tentam encontrar esse Reino e empenham-se ao longo da vida para possuí-lo:
“A lei e os profetas duraram até João. Desde então é anunciado o Reino de Deus, e todo homem emprega força para entrar nele” (Lucas 16: 16).
Fomos criados para reinar. Se Jesus veio a este mundo para nos restaurar o domínio que perdemos, e se desejamos estar preparados para reassumir nossa posição de direito como reis, então é melhor aprendermos a pensar, a falar e a comportar-nos como governantes, e também buscarmos um relacionamento apropriado com Deus, nosso Rei supremo.
Saiba que o rei é a figura central de seu reino, sem ele não existe reino. O território e os súditos podem existir, mas, a menos que sejam governados por um rei, não estarão em um reino. Essa é uma das distinções básicas entre um reino e um estado democrático. Em uma democracia, o líder do país, seja ele chamado de presidente, primeiro-ministro, ou qualquer outro designativo, não é o centro do governo. A constituição é o núcleo de tudo. Os parlamentares são substituídos a cada final de mandato, mas a constituição fornece a continuidade das leis e do governo. Em um reino, o rei é a constituição. A sua palavra é lei.
O rei é a única fonte de autoridade em seu reino. Logo, concluímos que Deus é autoridade exclusiva e absoluta no céu. Sua palavra é lei, e sua vontade é realizada até mesmo nos lugares mais distantes do Reino cuja dimensão é infinita. A autoridade absoluta e única do Rei é o que distingue o Reino dos céus de uma religião.
Pessoas religiosas prestam serviço ao Reino de Deus apenas da boca para fora, e então lhe dão as costas e discutem, murmuram, questionam e até mesmo acrescentam algo às leis divinas. Por exemplo, o Rei afirma que o comportamento homossexual é uma abominação (Levítico 18: 22), entretanto, um grupo de líderes da igreja que supostamente honra a lei do Senhor consagra um membro homossexual assumido ao pastorado!
No Reino de Deus, a Palavra de Rei é lei. Ela não está aberta para debates e discussões, nem para ser desafiada ou modificada. Isso define qual deva ser a atitude dos filhos de Deus. Se estamos sob o governo de um rei e alguém nos pergunta: “O que você pensa sobre determinado assunto?”, nós devemos responder simplesmente: “Não importa o que eu penso. Estou comprometido a seguir meu rei, e ele afirmou o seguinte...”, ou então: “Concordo com meu rei, e a opinião dele é a seguinte...”
Em uma democracia, os líderes políticos fazem campanhas e negociam apoios na tentativa de chegarem a um consenso para estabelecer leis e políticas de governo. Em um reino, o rei se pronuncia e ponto final; não há debates ou questionamentos. A autoridade do rei é tal que devemos dizer: “Deus disse, eu acredito e não se fala mais nisso” ou então: “Deus disse e não se questiona, quer eu creia ou não”.  
Jesus demonstrou essa autoridade régia quando afirmou inúmeras vezes: “Ouvistes o que foi dito... Eu, porém, vos digo...” Seu modo de falar a agir provocou admiração: “E aconteceu que, concluindo este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina, porquanto os ensinava com autoridade e não como os escribas” (Mateus 7: 28-29). O povo viu que Ele era um Rei com autoridade independente e soberana.

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