terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O Reino dos Céus é para os santos

Mas os santos do Altíssimo receberão o reino, e possuirão o reino para todo o sempre, e de eternidade em eternidade. (Daniel 7: 18).
Essa revelação que encontramos no livro do profeta Daniel nos diz, literalmente, que os santos do Altíssimo receberão o Reino e o possuirão para todo o sempre, porém, uma grande parte dos cristãos fica confusa a respeito da palavra “santos”. Alguns pensam que os santos são pessoas super-espirituais que viveram acima dos simples mortais e que foram premiados com esse título depois de sua morte.
No entanto, quando a Bíblia se refere aos santos ela se refere aos “filhos de Deus, cada um dos que entraram no Reino pela fé e confiança em Cristo como Salvador e Senhor. Pela fé você é um santo, e se você é um santo, você é um herdeiro do Reino de Deus.
A palavra santo vem da mesma raiz da palavra santificado. Ser santificado significa “ser separado para um determinado fim; ser reservado para um propósito especial”. Vemos esse conceito de forma clara em Deuteronômio:
Pois tu és um povo santo ao Senhor teu Deus. O Senhor teu Deus te escolheu para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra. (Deuteronômio 7: 6).
Portanto, ser santo é ser separado para Deus, é ter sido escolhido para pertencer ao Altíssimo. Da mesma forma que a nação de Israel foi escolhida no passado nós somos o povo escolhido da nova aliança. Como santos nós somos santificados e separados para o propósito especial de Deus. Coletivamente nos somos a Igreja, a ecclésia em grego, que também significa “os chamados”.
Nós somos os que receberão o Reino. Nós somos os que verão restaurados o poder, autoridade e domínio dos filhos do Altíssimo. O Reino não está reservado apenas para nós, mas para muitos, muitos outros que ainda estão fora e precisam ser trazidos para dentro. É por isso que quando Cristo nos salvou e nos trouxe ao seu Reino, Ele nos fez embaixadores para que pudéssemos ser enviados e trazer outros para ele.
Ser santo significa também que estamos equipados e fortalecidos para viver em vitória e exercer nossa autoridade de domínio agora, em nossa vida cotidiana. Não precisamos esperar até morrer ou até Jesus voltar para começar a desfrutar dos benefícios do Reino. Significa que não precisamos nos arrastar dia após dia equilibrando o orçamento apertado, jogando as contas para o próximo pagamento. Nós temos a autoridade do Reino e o Senhor quer que a usemos. Ele quer nos abençoar e nos levar ao pleno potencial que colocou em nós.
Ele espera que nós façamos uso, pela fé, de tudo o que deixou disponível para nós. A escolha é nossa. É uma questão de mentalidade, de aprender a pensar, falar e agir como realeza que somos, ao invés de sermos como escravos que o Diabo quer fazer o povo de Deus pensar que é.
Infelizmente a forma de pensar de uma grande parcela de cristãos é exatamente oposta ao que Deus quer. Muitos olham para sua luta diária com uma atitude de desespero ou resignação, assumindo que as suas circunstâncias nunca irão melhorar. Olham para as suas contas de luz, água, e outras e pensam que não darão conta de pagá-las. Cada dia é cheio de preocupação e tensão nervosa para fazer o dinheiro cobrir as despesas.
Esta é a forma de um rei pensar? Que tipo de rei se queixa ou se preocupa em ter que pagar contas? É tudo uma questão de mentalidade. A mentalidade do Reino diz: “Tragam os problemas. Vamos enfrentar os desafios. Eu nasci para isto. É este o meu tipo de situação. Jesus e eu estamos prontos para qualquer coisa. Venha, traga-os”.
A mentalidade do Reino é uma mentalidade de guerreiro. Quando necessário, reis vão à guerra para defender seu domínio. Estão dispostos a lutar até a morte a fim de preservar seu reino e derrotar um agressor. Realeza diz respeito à proteção, exercício de autoridade e recuperação de territórios. Algumas vezes isto significa até mesmo guerrear no território do próprio inimigo, como o fez Jesus Cristo.
O inimigo está sempre espreitando ao redor, procurando dividir e conquistar, para destruir nossas vidas e devorar nossas posses. Uma mentalidade escrava simplesmente se curva e se entrega à demanda do inimigo, assumindo que não tem outra escolha. A mentalidade do Reino encara o inimigo e diz: “Sem chance! Isto é meu, e você não vai me roubar nunca mais. Eu sou um rei e filho de Deus, e Ele deu este território para mim!”
Devemos estar dispostos a lutar por aquilo que sabemos que é nosso. Nós devemos estar prontos para ficar firmes, tomar a autoridade no nome de Jesus e recuperar o que é nosso por direito.

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